INTRODUÇÃO:
Gostaria de fazer algumas perguntas incômodas: Você se lembra
do que seria melhor esquecer? Quando alguém lhe faz algum mal, você permite que
o Espírito de Deus apague esta ofensa? Ou se agarra a um ressentimento,
acrescenta o nome da pessoa a sua lista negra e espera pela oportunidade certa
para se vingar? Essas perguntas, José teve que enfrentar.
EXPOSIÇÃO:
FOME EM CANAÃ
Conforme a interpretação do sonho estava acontecendo – fome e
escassez em todo lugar. Apenas no Egito havia alimento.
A fome chega em Canaã e atinge a família da aliança (vs. 1-3). Então, Jacó mandou todos os
seus filhos para o Egito, exceto Benjamim (filho de Raquel).
Aqueles homens não sabiam que o irmão que eles venderam como
escravo a mais de 20 anos era o primeiro-ministro do Egito. Tudo que sabiam era
que deveriam obedecer as ordens do pai para trazer alimento.
O ENCONTRO COM JOSÉ
Sendo assim, os 10 filhos de Jacó vão para o Egito e ao
chegar lá são introduzidos na presença do governador do Egito (vs. 5-9). O relato bíblico nos diz:
“José reconheceu-os, porém não se deu a conhecer”.
E, não havia razão para os irmãos reconhecerem José. Muitos
anos haviam se passado, ele não usava barba, falou com eles em egípcio. Aos
olhos dos seus irmãos, ele era apenas um oficial egípcio.
Além disso, José lhes falou asperamente (vs. 7). Embora estivesse conversando com seus irmãos, a poeira de
20 anos foi soprada de sua memória, e ele
se lembrou de seus sonhos passados (vs.
9).
Talvez tenha sido
tentador pra José revelar-se naquele momento e lembrar-lhes de seus sonhos.
Sonhos pelos quais zombaram dele e o odiaram. Mas, José não o fez.
José faz a mesma acusação 3 vezes dizendo: “vocês vieram nos espiar” (vs. 9, 12, 14). E os filhos de Jacó
tentam se explicar e a cada tentativa falam mais sobre Jacó e Benjamim. Era o
que José queria saber.
JOSÉ PÕE SEUS IRMÃOS À
PROVA
Há um meio de vocês provarem a sua inocência, provarem que
estão dizendo a verdade: “tragam-me seu
irmão mais novo” (vs. 15), disse
José.
Depois de propor este plano, José colocou todos na prisão
durante 3 dias. No terceiro dia, José alterou o plano e disse que ficaria
apenas um deles como refém, os outros poderiam voltar a Canaã para buscar o
irmão mais moço (vs. 18-20).
Depois disso, acontece
algo muito interessante – os irmãos de José são despertados do seu pecado do
passado. A consciência cauterizada começa a ser ativada (vs. 21 – 24).
Na língua original, o nós na conversa deles é enfático: “Nós somos culpados, nós lhe vimos a
angustia da alma e nós não lhe acudimos”. O crime cometido contra o irmão já
tinha mais de 2 décadas, mas eles ainda sentiam a angustia da ação, o tempo não
apaga a angustia, a culpa, o medo pelo pecado que fora cometido.
Antes de partirem, José cumpriu um ato de graça (vs. 25-28). Os irmãos de José ficaram
surpresos quando na primeira parada para descanso, verificaram que o dinheiro
de cada um deles estava na boca dos respectivos sacos. E, ao invés de se
alegrarem, ficaram como medo (vs. 28).
Eles não apenas sentem o peso da culpa, mas sentem também a mão de Deus nisso
tudo. Ou seja, a perspectiva está mudada.
LIÇÕES PRÁTICAS:
A Passagem do Tempo Não
Apaga Uma Consciência Culpada.
Os irmãos de José não sabiam que ele estava vivo, tudo o que
sabiam é que estavam passando por aflição e de repente, lembram-se da aflição
que haviam causado ao irmão há mais de 20 anos atrás.
A Passagem do Tempo Não Apaga Uma Consciência Culpada. A dor
se arrasta - mesmo depois que todos na família cresce; mesmo depois que certas
coisas feitas em segredo não são percebidas por ninguém; mesmo depois que um
ato não foi considerado crime por um tribunal; mesmo depois que o divórcio foi
homologado e você foi embora, sem justificativa bíblica.
Assumir a
Responsabilidade pala Culpa Pessoal é o Caminho do Perdão.
Os irmãos não culparam o pai por ser passivo. Não culparam
José, por ser orgulhoso ou favorito. Não diminuíram o erro alegando que eram
jovens demais. Eles usaram o pronome adequado quando concordaram juntos: “nós
somos responsáveis”.
Para que você receba o perdão cometido no passado é preciso
reconhecer-se culpado, assumir a responsabilidade pelo erro, esse é o caminho
do perdão.
Apenas o Perdão é Capaz
de Apagar Uma Consciência Culpada.
Quando cometemos um erro contra alguém, se não passarmos pelo
processo necessário para redimir as coisas com essa pessoa e com Deus, nos
tornamos vítima da mesma angústia que causamos na outra pessoa. Por isso,
necessitamos do perdão de Deus apara que tenhamos a consciência tranquilizada,
pacificada (Sl. 32: 3, 4).
O Perdão é Um Ato da
Graça de Deus Através de Jesus Cristo.
Os irmãos de José não mereciam nenhum cereal, nenhum
dinheiro. Mereciam castigo, em vez disso receberam liberdade, um saco cheio de
cereal e todo dinheiro de volta.
José foi gracioso e perdoador com eles, guardadas as devidas
proporções, é assim que Deus faz conosco. Através de Jesus Cristo, Deus nos é
favorável e perdoa as nossas transgressões e nos dar a paz, apagando a culpa em
nossa consciência.
CONCLUSÃO:
Quando olhamos para a vida de José percebemos um caráter
perdoador. Isso só foi possível porque José andava com Deus, ele não tinha uma
lista negra, ele perdoava.
IRMÃOS, nós que estamos em Cristo, andamos com Deus. Sendo
assim, devemos fazer todo esforço necessário para perdoar e ter paz com todos
os homens.
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