quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

José Perdoa seus Irmãos - Gn 42

INTRODUÇÃO:

Gostaria de fazer algumas perguntas incômodas: Você se lembra do que seria melhor esquecer? Quando alguém lhe faz algum mal, você permite que o Espírito de Deus apague esta ofensa? Ou se agarra a um ressentimento, acrescenta o nome da pessoa a sua lista negra e espera pela oportunidade certa para se vingar? Essas perguntas, José teve que enfrentar.

EXPOSIÇÃO:

FOME EM CANAÃ

Conforme a interpretação do sonho estava acontecendo – fome e escassez em todo lugar. Apenas no Egito havia alimento.

A fome chega em Canaã e atinge a família da aliança (vs. 1-3). Então, Jacó mandou todos os seus filhos para o Egito, exceto Benjamim (filho de Raquel).
Aqueles homens não sabiam que o irmão que eles venderam como escravo a mais de 20 anos era o primeiro-ministro do Egito. Tudo que sabiam era que deveriam obedecer as ordens do pai para trazer alimento.

O ENCONTRO COM JOSÉ

Sendo assim, os 10 filhos de Jacó vão para o Egito e ao chegar lá são introduzidos na presença do governador do Egito (vs. 5-9). O relato bíblico nos diz: “José reconheceu-os, porém não se deu a conhecer”.

E, não havia razão para os irmãos reconhecerem José. Muitos anos haviam se passado, ele não usava barba, falou com eles em egípcio. Aos olhos dos seus irmãos, ele era apenas um oficial egípcio.

Além disso, José lhes falou asperamente (vs. 7). Embora estivesse conversando com seus irmãos, a poeira de 20 anos foi soprada de sua memória, e ele se lembrou de seus sonhos passados (vs. 9).

Talvez tenha sido tentador pra José revelar-se naquele momento e lembrar-lhes de seus sonhos. Sonhos pelos quais zombaram dele e o odiaram. Mas, José não o fez.

José faz a mesma acusação 3 vezes dizendo: “vocês vieram nos espiar” (vs. 9, 12, 14). E os filhos de Jacó tentam se explicar e a cada tentativa falam mais sobre Jacó e Benjamim. Era o que José queria saber.

JOSÉ PÕE SEUS IRMÃOS À PROVA

Há um meio de vocês provarem a sua inocência, provarem que estão dizendo a verdade: “tragam-me seu irmão mais novo” (vs. 15), disse José.

Depois de propor este plano, José colocou todos na prisão durante 3 dias. No terceiro dia, José alterou o plano e disse que ficaria apenas um deles como refém, os outros poderiam voltar a Canaã para buscar o irmão mais moço (vs. 18-20).

Depois disso, acontece algo muito interessante – os irmãos de José são despertados do seu pecado do passado. A consciência cauterizada começa a ser ativada (vs. 21 – 24).

Na língua original, o nós na conversa deles é enfático: “Nós somos culpados, nós lhe vimos a angustia da alma e nós não lhe acudimos”. O crime cometido contra o irmão já tinha mais de 2 décadas, mas eles ainda sentiam a angustia da ação, o tempo não apaga a angustia, a culpa, o medo pelo pecado que fora cometido.

Antes de partirem, José cumpriu um ato de graça (vs. 25-28). Os irmãos de José ficaram surpresos quando na primeira parada para descanso, verificaram que o dinheiro de cada um deles estava na boca dos respectivos sacos. E, ao invés de se alegrarem, ficaram como medo (vs. 28). Eles não apenas sentem o peso da culpa, mas sentem também a mão de Deus nisso tudo. Ou seja, a perspectiva está mudada.

LIÇÕES PRÁTICAS:

A Passagem do Tempo Não Apaga Uma Consciência Culpada.

Os irmãos de José não sabiam que ele estava vivo, tudo o que sabiam é que estavam passando por aflição e de repente, lembram-se da aflição que haviam causado ao irmão há mais de 20 anos atrás.

A Passagem do Tempo Não Apaga Uma Consciência Culpada. A dor se arrasta - mesmo depois que todos na família cresce; mesmo depois que certas coisas feitas em segredo não são percebidas por ninguém; mesmo depois que um ato não foi considerado crime por um tribunal; mesmo depois que o divórcio foi homologado e você foi embora, sem justificativa bíblica.

Assumir a Responsabilidade pala Culpa Pessoal é o Caminho do Perdão.

Os irmãos não culparam o pai por ser passivo. Não culparam José, por ser orgulhoso ou favorito. Não diminuíram o erro alegando que eram jovens demais. Eles usaram o pronome adequado quando concordaram juntos: “nós somos responsáveis”.

Para que você receba o perdão cometido no passado é preciso reconhecer-se culpado, assumir a responsabilidade pelo erro, esse é o caminho do perdão.

Apenas o Perdão é Capaz de Apagar Uma Consciência Culpada.

Quando cometemos um erro contra alguém, se não passarmos pelo processo necessário para redimir as coisas com essa pessoa e com Deus, nos tornamos vítima da mesma angústia que causamos na outra pessoa. Por isso, necessitamos do perdão de Deus apara que tenhamos a consciência tranquilizada, pacificada (Sl. 32: 3, 4).

O Perdão é Um Ato da Graça de Deus Através de Jesus Cristo.

Os irmãos de José não mereciam nenhum cereal, nenhum dinheiro. Mereciam castigo, em vez disso receberam liberdade, um saco cheio de cereal e todo dinheiro de volta.

José foi gracioso e perdoador com eles, guardadas as devidas proporções, é assim que Deus faz conosco. Através de Jesus Cristo, Deus nos é favorável e perdoa as nossas transgressões e nos dar a paz, apagando a culpa em nossa consciência.

CONCLUSÃO:

Quando olhamos para a vida de José percebemos um caráter perdoador. Isso só foi possível porque José andava com Deus, ele não tinha uma lista negra, ele perdoava.


IRMÃOS, nós que estamos em Cristo, andamos com Deus. Sendo assim, devemos fazer todo esforço necessário para perdoar e ter paz com todos os homens. 

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