segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

O verdadeiro Significado do Natal- Lc. 2: 1 – 20


INTRODUÇÃO:
É Natal, o maior evento da Cristandade. As cidades e ruas estão mais iluminadas, o comércio bem mais movimentado, as confraternizações entre amigos acontecendo, as casas estão enfeitadas, os seres humanos estão mais propensos à reconciliação.

            Há ainda uma ênfase toda especial na pessoa de Papai Noel, As crianças desde a mais tenra idade são acalentadas com as mentiras em torno de Papai Noel. Há uma cumplicidade entre os adultos para que a mentira permaneça. Muitas crianças são ensinadas a conversarem com Papai-Noel e a pedirem presentes a ele.

Porém, Natal é tempo de festejar o nascimento do Salvador, do Messias, do Príncipe da Paz, do Deus Forte, do Emanuel. Contudo, a ênfase que o mundo tem dado, descaracteriza o Natal, desviando as pessoas do seu verdadeiro significado.

TEMA: O VERDADEIRO SIGNIFICADO DO NATAL

1. Significa a Concretização do Plano Divino (vs. 1-5).

            Após a Queda do homem no Jardim do Éden, Deus prometeu que enviaria Jesus Cristo (Gn. 3:15).

            O interessante é que o Todo-poderoso afirma em sua Palavra que o Messias nasceria em Belém (Mq. 5:2). O casal escolhido para contribuir com o cumprimento da profecia morava em Nazaré, na Galiléia. Entre Nazaré e Belém há uma distancia grande, inicialmente não existia nenhum motivo para que o casal se transferisse para Belém.

Mas, César Augusto, em seu interesse político e econômico, decreta o alistamento obrigatório, para que cada um fosse se alistar em sua própria cidade. Cumprindo uma lei humana e de interesse puramente material, acham-se José e Maria na cidade onde havia de nascer o Cristo prometido.

Algo notável nas Escrituras é o fato de que a soberania de Deus atua de tal forma no mundo, que os próprios inimigos e homens alheios a suas obras, de forma involuntária e sem perceber, contribuem para que os planos divinos se realizem perfeitamente.

Portanto, é sim uma verdade indiscutível que o Natal traz como significado a concretização do plano divino. Assim, de fato, veio o prometido destruidor da serpente.

2. Significa Salvação para os Pecadores (vs. 8-12).

O anjo é um mensageiro sobrenatural de Deus, que surgiu com o propósito de tranqüilizar os homens apavorados, e foi adiante usando termos enfáticos para descrever a grande alegria e as boas novas que lhes estava anunciando.

E o anuncio consistia no fato de que o Messias Salvador havia chegado, Jesus Cristo veio justamente trazer salvação aos pecadores (conforme: Mt. 1:21), o próprio nome de Jesus significa “Iaweh é salvação”.

A humanidade estava no pecado, nas trevas, caminhando para a perdição, e o profeta Isaías descreve a corrupção humana de forma dramática (Is.59: 3, 4), essa é uma descrição completa de como se encontram os seres humanos sob o domínio do pecado.

Nada do que fazem tem qualquer validade para o bem, apenas para o mal, nenhuma glória humana pode sobreviver a uma descrição como essa, a verdade é que essa é uma radiografia da alma humana, todos os homens são igualmente pecadores.

É por isso, que Jesus veio trazer Salvação das conseqüências drásticas e danosas do pecado (Rm. 6:23).

3. Significa Adoração a Deus (vs. 13, 14, 20).

            No nascimento de Cristo uma multidão de anjos da milícia celestial surgiu e louvavam a Deus, dando glórias ao Todo-poderoso.

            Vs. 20 = Os pastores retornaram bendizendo a Deus, louvando e glorificando por tudo que tinham ouvido e visto.

            Então, neste dia especial precisamos nos concentrar em Deus e buscar adora-lo de todo nosso coração, com a consciência do que Deus fez por nós ao enviar Jesus.

            Em Belém da Judéia, Deus veio em busca do homem, hoje podemos comemorar e louvar ao Senhor por ter rompido a barreira que nos separava.

APLICAÇÃO

  1. Deus de Forma Soberana Cumpre o Seu Propósito Salvífico em Jesus Cristo.
Deus é Rei Soberano, Criador, Senhor de tudo  e de todos, foi o Senhor que forma Soberana prometeu a vinda do Salvador e cumpriu essa maravilhosa promessa, sendo assim, podemos descansar em Deus, sabendo que a nossa salvação irá concretizar-se.

  1. O Verdadeiro Natal é Evidenciado Pela Adoração a Jesus Cristo.
            Nessa época natalina, devemos evitar que elementos pagãos (Papai Noel) ocupem o lugar de Jesus em nossos corações. Coisas aparentemente inofensivas podem se tornar abominações diante de Deus se de alguma forma nos desviam a atenção da centralidade e da primazia de Jesus.

CONCLUSÃO

Qual o significado do Natal pra você? Será que alguma coisa está ocupando o lugar de Jesus neste Natal em sua vida? O que tem sido mais importante para nós: as festas, os presentes, os enfeites, ou o significado da vinda do nosso Salvador?        

domingo, 16 de dezembro de 2012

O Sétimo Mandamento: O Adultério é Muito mais do que Sexo


Texto: Êxodo 20:14 "Não adulterarás"

Introdução:

Quando essas palavras foram escritas (há mais de três mil anos) as pessoas sabiam muito bem o que elas significavam. Por isso a sentença: “Não adulterarás” não precisou de maiores explicações.

Nos dias atuais, as pessoas racionalizaram o conceito bíblico de adultério. De modo, que hoje ouvimos termos mais leves tais como: “fulano tem um caso extraconjugal, ou que ele ou ela tem um amante”. O fato é que o termo adultério foi deixado de lado, talvez por ter um cunho religioso. O que é defendido basicamente hoje, é que tanto o homem, quanto a mulher tem direitos sobre o seu próprio corpo e que ambos só querem ser felizes, ou seja, para a sociedade moderna o adultério é meramente uma questão de satisfação sexual.

A fim de que tenhamos uma compreensão bíblica do que significa o sétimo mandamento, nesta noite eu gostaria de falar sobre o seguinte tema:

Tema: O Adultério é Muito mais do que Sexo

Antes de tudo precisamos definir o que é adultério: antes mesmo que a bíblia fosse escrita, os códigos de leis antigas como os códigos de Lipt-Star e o código de Hamurabi proibiam toda forma de relação sexual fora do casamento, pois se isso acontecesse a integridade da família e do clã estariam comprometidos.

No AT o termo usado para adultério é nã’ap e seus derivados e significava: Toda relação sexual extramarital envolvendo mulher ou homem casados, ou até noivos.

No NT o termo para adultério é moicheia e está ligado intimamente a toda sorte de imoralidade sexual. Isto posto, passemos as razões por que o adultério não é meramente uma questão de satisfação sexual.

1-O Adultério é um Pecado contra Deus:

         Quando Davi adulterou e concomitantemente cometeu um homicídio ele confessou: 

Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é mal à tua vista” 
(Sl 51:4).

         O casamento foi instituído por Deus, sendo assim, é uma aliança (Ml 2:14) ele é símbolo da aliança de Deus conosco:

Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá a sua mulher; e serão dois numa carne. Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja” (Ef 5:31-32).

De modo, que quando alguém adultera contra o seu conjugue está revelando uma atitude de traição primordialmente para com Deus e com a sua aliança. No AT o povo de Deus por diversas vezes o traiu seguindo deuses estranhos:

Todos eles são adúlteros” (Os 7:4a).

Oh! se tivesse no deserto uma estalagem de caminhantes! Então deixaria o meu povo, e me apartaria dele, porque todos eles são adúlteros, um bando de aleivosos”. (Jr 9:2).

         Sempre que alguém quebra essa aliança ele também está revelando que é um idólatra, pois existe algo que ele ou ela prefere seguir, a seguir as ordens de Deus.

         A seriedade desse pecado diante de Deus é revelada no fato dEle prescrever a pena capital para as pessoas que estivessem envolvidas:

“Quando um homem for achado deitado com mulher que tenha marido, então ambos morrerão, o homem que se deitou com a mulher, e a mulher; assim tirarás o mal de Israel” (Dt 22:22).

“Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera” (Lv 20:10).

         Alguns tentando justificar os seus pecados dizem que isso é coisa do AT. Uma passagem que é frequentemente usada para dizer que Jesus modificou a lei de Deus é João cap.8, o caso da mulher que cometeu adultério. Contudo, o v. 6 nos mostra qual era a motivação deles: “Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar”. Eles estavam longe de querer fazer cumpri a lei de Deus nesse texto. A verdadeira intenção deles era apanhar Jesus em alguma armadilha, pois se Cristo aprovasse aquele tribunal estaria passando por cima do governo Romano, que inclusive, não admitia nenhuma execução sem a permissão deles, Cristo teria sido acusado de se levantar contra Cesar. Os judeus (inclusive Jesus) não estavam mais no seu estado teonômico, eram cativos de Roma. Além do mais, o julgamento estava todo errado, pois eles só apresentaram a mulher, e a lei dizia claramente: “o adúltero e a adúltera” (Lv 20:10).

No Brasil, o artigo 240 do código penal classificava o adultério como crime até 2005, quando uma nova lei revogou a antiga (distanciando ainda mais o país da palavra de Deus!).

2-O Adultério é um Pecado contra o Próximo:

         A segunda tábua da lei de Deus resume os deveres que temos para com o nosso próximo. Resume o mandamento de “amar o nosso próximo como a nós mesmos” (Lv 19:18).
         A pergunta é: como eu digo que amo ao meu próximo e destruo o seu casamento? Ou como amar o próximo desejando algo que lhe pertence? Ou como eu digo que amo meu próximo o fazendo pecar?

         O catecismo de Heildelberg na sua P-109 nos diz:

Mas Deus, neste mandamento, proíbe somente adultério e outros pecados vergonhosos?

R. Não, pois como nosso corpo e nossa alma são o templo do Espírito Santo, Deus quer que os conservemos puros e santos (1). Por isso, Ele proíbe todos os atos, gestos, palavras (2) , pensamentos e desejos (3) impuros e tudo o que possa atrair o homem para tais pecados (4).

         O catecismo maior de Westminster respondendo a pergunta 139 diz:

Quais são os deveres exigidos no sétimo mandamento?

Castidade do corpo, mente, sentimentos, palavras e comportamento, a vigilância sobre os olhos e todos os demais sentidos. Temperança, companhia de pessoas castas, o vestir-se recatadamente, o casamento, o amor conjugal, o repelir todas as ocasiões de impureza, resistir as tentações.

         O ensino de Jesus no evangelho nos diz como devemos evitar esse pecado, e consequentemente como devemos evitar que o nosso próximo também caia:

“Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela. Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno. E, se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti, porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que seja todo o teu corpo lançado no inferno”. (Mt 5:27-30).

O que Cristo critica nesse texto não é o mandamento, mas sim, a interpretação distorcida (tradição oral interpretativa) que os judeus faziam desse mandamento. Os judeus não tinham desculpa para restringir esse mandamento somente ao ato físico e final de adultério, pois o próprio décimo mandamento deixa claro que a lei de Deus governa tanto sobre o corpo como sobre a mente, dizendo: “Não cobiçarás a mulher do teu próximo” (v. 17). Isto é, não somente devemos não tomar, mas não devemos nem mesmo cobiçar.

3-O Adultério é um Pecado contra a Família:

         A família é uma instituição divina, ela foi planejada para ser o meio pelo qual o reino de Deus fosse estabelecido no mundo através de uma semente santa, foi planejada para ser inquebrável e indissolúvel.

                  Vivemos num tempo em que a família está sob acirrado ataque. O número de divórcios envolvendo cônjuges cristãos não é menor do que envolve casais que não tem nenhum compromisso com Deus, e o motivo desses divórcios não é de maneira alguma àquela exceção (a infidelidade conjugal) que a bíblia prescreve como uma alternativa (a outra é o perdão) para por fim a um relacionamento.

         Frequentemente, o que se ouve de casais cristãos é o mesmo que se ouve de casais não cristãos: “Eu não o amo mais” ou “Eu tenho direito a minha própria felicidade” ou “Eu simplesmente segui o meu coração”. Infelizmente o mundanismo invadiu também a igreja, sim, isso é mundanismo! Ao contrário do que muitos afirmam mundanismo não é vestir uma calça (no caso das mulheres) ou uma bermuda, ou brinco etc.

Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”. (Tg 4:4).

Aplicação:

1-Deus instituiu o casamento como uma aliança (Ml 2:14) de modo, que ele não deveria ter fim). Bonhoiffer disse a dois jovens que tinham acabado de se casar: “a partir desse dia, a aliança sustenta o amor, e não o amor, a aliança”. Por isso, o cristão não pode usar o padrão que o mundo usa para quebrar a aliança.

2-O adultério é um pecado muito específico, mas também um pecado muito comum, pois pode estar frequentemente em nossas mentes e corações. No caso de um crente sincero, isso pode ser um verdadeiro pesadelo, pois ele deve lutar contra isso. Contudo, o adultério não é o pecado imperdoável. Se alguém arrependido e contrito a Cristo vier, com certeza alcançará o perdão (não significando que o seu pecado não terá consequências temporais).

3-A nossa incapacidade de cumprir perfeitamente o sétimo mandamento nos dirige para Cristo: Ele cumpriu perfeitamente para nós este mandamento. Ele é completamente fiel para com a sua esposa, a Igreja. Mesmo quando nós caímos em pecado, Ele permanece fiel. Lemos em 2 Timóteo 2:13, “Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo”. Não temos condições para cumprir este mandamento perfeitamente, mas unidos com Cristo, nos já temos cumprido perfeitamente esta lei.

Conclusão:

Que Deus nos ajude a conservar em mente que o adultério é um pecado contra Ele, contra o nosso próximo e contra a família. E que ele nos conserve puros e afastados de tão detestável pecado contra a sua palavra. Amém!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Abraão, Alvo da Graça Redentora para o Estabelecimento do Reino de Deus- Gn 11: 27 – 12: 1 – 9


INTRODUÇÃO:

Estudamos a semana passada sobre a rebelião em massa contra Deus através da Torre de Babel. Ao invés de se espalhar pelo mundo, o povo resolveu edificar uma cidade e erigir uma torre que chegasse até aos céus, tornando assim, célebre o seu nome.

Eles queriam ser famosos, mais uma vez o pecado humano coloca em perigo o bom reino de Deus. Mas, Deus desfez essa rebelião humana confundindo-lhes a língua e espalhando-os por toda a terra.

Com o propósito de restabelecer o seu reino na terra, Deus decide recomeçar com uma terceira pessoa: primeiramente Adão, depois Noé e, agora Abrão.

1.       Abraão Era Um Personagem Improvável Para o Estabelecimento do Reino.

Na tarefa de estabelecer o Reino de Deus, Abrão é um candidato improvável, ele é casado com Sarah, que era estéril (vs. 30). Era filho de Terá, que foi adorador de ídolos, então, consequentemente, Abraão também era um idólatra (Josué 24: 2).

João Calvino afirma: “Abraão estava imerso na imundícia da idolatria, e agora Deus Gratuitamente estende a sua mão para trazer de volta o peregrino” (Comentário de Gênesis I, pg. 343).

Abrão não é merecedor de nada. Mas, Deus o usa para dar continuidade a sua igreja e expandir o seu reino na terra.

2.       Abraão Atendeu o Chamado de Deus Para o Cumprimento do Seu Propósito.

Deus quer que Abrão rompa completamente com o seu passado e parta para um começo novo com Deus (vs. 1).

Com certeza não foi fácil para Abraão atender o chamado de Deus. Na antiguidade as pessoas permaneciam em seus países, onde era território familiar, onde havia segurança, onde estava o seu meio de vida.
Deixar a casa de seu pai era o mesmo que abandonar sua própria identidade, a casa de seu pai é a sua casa, os bens de seu pai são os seus.

 E ainda, “para uma terra que eu te mostrarei”, ou seja, inicialmente Abrão não sabia para onde teria que ir. Decisão difícil, mas ele atendeu o chamado de Deus.

3.       Abraão Evidenciou Fé Nas Promessas de Deus.

Nesse processo, Deus encoraja Abraão, prometendo-lhe 3 bênçãos: primeiro Deus conta a Abraão as grandes coisas que planeja pessoalmente para ele: "Farei de você um grande povo, e o abençoarei. Tornarei famoso o seu nome, e você será uma bênção” (vs. 2).

Em seguida, Deus amplia a bênção de Abraão para os seus contemporâneos: “abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem”. E por fim, Deus amplia a bênção de Abraão a todas as nações: “em ti serão benditas todas as famílias da terra” (vs. 3).

Abraão obedeceu por fé (vs 4). “Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia” (Hebreus 11:8).

4.       Abraão Ergueu Altares ao SENHOR Quando Chegou à Terra Prometida.

O Servo de Deus e Sarah andaram cerca de 740 km com rebanhos e gado atravessando a terra de Canaã de Norte ao Sul, até chegar ao Carvalho de Moré – provavelmente a árvore de algum adivinha onde os cananeus iam ouvir os oráculos de seus deuses. Ali já estavam os cananeus, os descendentes de Canaã, o neto que Noé tinha amaldiçoado.

Diante da promessa de Deus, Abraão não desanima (vs. 7), tão logo ele ouve que essa é a terra que Deus dará a sua descendência, ele “edifica um altar ao Senhor”.

Exatamente no centro de Canaã, tendo em vista um santuário cananeu, Abraão ergue o primeiro altar ao SENHOR.

Então, ele se move mais para o sul, para Betel (vs. 4). E novamente “edificou um altar ao SENHOR”.

Por que Abraão ergue altares ao Senhor?

Abraão está na terra prometida por Deus aos seus descendentes. Ele vê os cananeus adorando seus falsos deuses. Então, Abraão ergue altares ao Deus Verdadeiro. Em outras palavras, Abraão estava reivindicando essa terra para o Senhor. Ao erguer altares ao Senhor, Abraão dedica essa terra para adoração e o culto ao Senhor.

APLICAÇÃO:

1.       A Graça de Deus Alcança Pessoas Indignas.

A graça de Deus alcançou Abraão, um homem idólatra. Deus o escolhe para dar sequência ao seu propósito de estabelecer seu reino bendito na terra. Percebamos irmãos, que em Abraão não havia mérito algum, Deus o chama de forma soberana para um projeto maravilhoso, apesar da indignidade de Abraão.

Assim, também aconteceu conosco, o Eterno Deus nos escolheu para a salvação sem que em nós houvesse qualquer merecimento. O Senhor alcança pessoas indignas, que tem consciência dos seus pecados e de sua necessidade de Salvação, a qual só pode ser suprida em Jesus Cristo.

2.       Deus Tem Um Propósito Universal no Estabelecimento do Seu Reino.

Devemos entender que a história Bíblica é a história da salvação. Quando Deus escolhe Abraão e depois chama Israel para reivindicar a Terra de Canaã para o Seu reino, Deus tem um propósito universal, que é alcançar com a sua salvação todas as nações.

Conforme o versículo 3: “e em ti serão benditas todas as famílias da terra”. Ou seja, no descendente de Abraão, que é Jesus Cristo (Gl. 3: 16), e no Israel espiritual (não étnico) unido com Cristo (Gl. 3: 29), as famílias da terra são salvas e, portanto, benditas.

3.       A Igreja de Deus é Um Agente da Graça Redentora Para o Estabelecimento do Reino.

Depois da sua morte e ressurreição, Jesus ordenou aos seus discípulos: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações” (Mt. 28: 19). Prestaram atenção ao paralelo com a ordem de Deus a Abraão?

Assim como Deus deu a Abraão uma tarefa difícil, “sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai”, Jesus também diz aos seus discípulos: "Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim; e quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. Quem acha a sua vida a perderá, e quem perde a sua vida por minha causa a encontrará” (Mateus 10:37-39).

O nosso Rei, Jesus Cristo, está nos convidando para fazer parte da sua missão redentora. É uma missão difícil, temos que deixar os nossos interesses particulares e dedicar nossa vida totalmente na adoração a Deus, entendendo que tudo que temos e somos devemos disponibilizar para o estabelecimento do Reino de Deus na terra.

CONCLUSÃO:

Juntar-nos a essa missão nos colocará ao lado do vencedor. Por que essa missão, por mais difícil que seja, será vitoriosa. No livro de apocalipse, João registra um vislumbre desse triunfo final ao ouvir o novo cântico entoado no céu depois da ascensão de Jesus:

“E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação; E para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra” (Ap. 5:9-10).


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

DEUS DISPERSA OS HABITANTES DE BABEL PARA RESTAURAR O SEU REINO-Gênesis 11: 1 – 9


INTRODUÇÃO:

O ato de a humanidade construir uma torre com seu cume majestoso adentrando as nuvens representa a expressão final e máxima da arrogância humana.

Como Adão e Eva transgrediram os limites da sabedoria humana e buscaram ser como Deus (Gn. 3: 22), os construtores da torre buscam sentido e fama ao transgredirem o lugar da habitação de Deus. Infligiram a esfera divina e Deus mesmo os atrai a confusão.

Os construtores da torre são os herdeiros espirituais da linhagem de Caim, pois, ambos: migraram para o oriente (Gn. 4: 16; 11: 2), construíram uma cidade para estabelecer um lugar seguro e uma significativa existência sem Deus (Gn. 4: 17; 11: 4), são fabricantes orgulhosos (Gn. 4: 19-24; 11: 3,4), são julgados, sendo forçados a migrarem (Gn. 4: 12, 13; 11: 8) e ambos continuam a propagar-se sob a bênção divina (Gn. 4: 17-24; cap. 10).

I.                    Os Atos Dos Habitantes de Babel;

                  1.       Transgrediram as Fronteiras de Céu e Terra.
Única língua indica unidade e cooperação perfeitas em projetos de trabalhos (vs. 1), o narrador descreva a migração para o Oriente até chegar em Sinear. O Oriente tem nuanças simbólicas, é um movimento para fora do Éden (vs. 2). O conflito surge devido a uma nova invenção humana e do plano resultante dela, a invenção é a queima de tijolos em forno de olaria (vs. 3).

“Edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus”- ao procurarem construir uma cidade estão seguindo a conduta de Caim, a semente da serpente. Essa torre que chega aos céus é uma referência a um zigurate, que era um templo pagão mesopotâmico em forma de pirâmide.

O texto nos mostra que essas pessoas estão procurando desafiar o próprio Deus, eles querem desafiar o Deus Onipotente, estão transgredindo a fronteira entre terra e céu, é Deus quem habita o céu e não o homem (Sl. 115: 16).

2.       Buscaram Significação Independente de Deus.

“Assim nosso nome será famoso” – visto que nome denota fama e progênie, estes construtores de cidade estão futilmente tentando achar significação e imortalidade em suas próprias realizações.

Eles cobiçam grande fama, poder, reconhecimento mundial, independência. O desejo humano de tornar-se célebre sugere não apenas o anseio por renome, mas também por autonomia.


3.       Desobedeceram ao Mandamento Divino de Encher a Terra.

“E não seremos espalhados pela face da terra” – mas, a intenção de Deus era de espalhar o ser humano pela terra (Gn. 1: 28; 9: 1). Deus queria que os portadores de sua imagem o representassem em todo mundo, eles deveriam espalhar o Seu reino por toda terra.

Portanto, esse arranha-céu é símbolo de sua sociedade unificada e titânica que se auto afirma contra Deus. Por isso, Deus precisa agir.

II.                Os Atos do Habitante do Céu.

1.       Desceu Para ver.

O Senhor reage logo a essa rebelião humana (vs. 5). Ironicamente, a torre é tão insignificante que Deus tem que descer para vê-la. O uso da expressão “descer” não implica limitação na onipotência de Deus, mas, o “descer” divino indica conhecimento antecipado das atividades humanas, e mostra sua soberania absoluta.

Vejamos, a linguagem é unificada, concordemente os homens estão contra Deus (vs. 6 a), “e isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer” – ou seja, se o povo afrontar a Deus agora, quem sabe o que irão propor depois? Então, o Senhor tem que interferir por causa do seu Reino. E o que Deus faz?

2.       Os Confundiu.

O Senhor transcendente teve que descer para se opor a esse povo arrogante. Deus neutraliza essa ameaça ao seu reino confundindo a linguagem deles de tal maneira que não entendam mais um ao outro (vs. 7).

Esse juízo manifesta a fidelidade de Deus ao seu plano de salvação. O Senhor quebra Babel, um monolítico reino antideus, para dar início mais uma vez ao seu reino na terra com Abrão e Israel, mediante Cristo e sua Igreja.

3.       Os Dispersou Dali.

No versículo 8, o narrador relata a consequência dessa narrativa: “O SENHOR os dispersou dali pela superfície da terra” – o resultado da ação de Deus foi exatamente aquilo que eles temiam (vs. 4). Apesar da desobediência do homem, Deus realiza a sua soberana vontade.

Na conclusão da narrativa (vs. 9), o Senhor dispersa a humanidade afoita por toda a terra, Deus espalha os autossuficientes. De forma irônica, aqueles que tentaram engrandecer o próprio nome receberam um nome: Babel, que significa: confusão.

APLICAÇÃO:

1.       Deus Destrói Babel Para Restaurar o Seu Reino.

Essa foi uma grande mensagem de esperança para Israel em Moabe, diante de grandes e fortificadas cidades cananeias (Dt. 1: 28). Babel era um exemplo da ameaça que os cananeus nativos representavam para Israel. Mas, Deus é Poderoso para conceder vitória ao seu povo!

A narrativa de Babel também traz esperanças a nós. Na Bíblia, Babel/Babilônia torna-se um símbolo mundano de autoconfiança, controle sem satisfações em Deus. O Apóstolo João fala simbolicamente do Império Romano e de todos os reinos subsequentes como a Grande Babilônia, que será julgada por Deus e cairá (Ap. 18: 8).

Deus espalha os moradores de Babel para restaurar o seu reino na terra. Assim, Deus chamou Abrão e lhe fez uma promessa (Gn. 12: 2, 3). A promessa teve seu cumprimento em Jesus Cristo (Gl.3: 29), que quando ressuscitou ordenou: “fazei discípulos de todas as nações”.

2.       Para a Igreja de Cristo, Pentecostes Reverteu o Juízo Sobre Babel.
A promessa de abençoar todas as nações foi cumprida inicialmente em Pentecostes, quando o Senhor que subiu aos céus derramou o Espírito Santo (At. 2: 4 – 6, 11). Esse ato divino resultou em espantosa unidade entre o povo provindo de diferentes nações. Para a Igreja de Jesus Cristo, Pentecostes reverteu o juízo sobre Babel.

Além do mais, Jerusalém representa a cidade em que as pessoas ao buscarem segurança para si depositam a confiança em Deus e procuram obedecer a vontade do Senhor. Jerusalém no Pentecostes foi o princípio do cumprimento da promessa de Deus abençoar as nações.

CONCLUSÃO:

A história de Babel nos conta que a engenhosidade humana e as suas mais pomposas realizações pouco significam diante de Deus, se contrariarem os seus propósitos. A nossa segurança não está em “Torres” humanas, sejam elas as Nações Unidas, Centros Financeiros ou comunicações por satélite.
A nossa segurança repousa exclusivamente no Deus transcendente e Soberano. Apenas Ele pode destroçar os reinos que se opõem aos seus propósitos redentores para o seu mundo e povo. Que possamos depositar nossa confiança nEle! Amém.


   

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A Preservação da Semente Santa na Descendência de Noé-Gênesis 9: 18 – 29


INTRODUÇÃO:

O texto que lemos relata as únicas palavras que Noé pronuncia em todo relato. Embora na forma de solicitações devocionais, funcionam como profecias. São de fato sua última vontade e testamento.

As palavras de Deus (Gn. 9: 1 -17) pertencem à história humana em geral, ao passo que a as palavras de Noé referem-se à história da redenção.

Suas profecias reiteram a história antediluviana: como os três filhos de Adão foram divididos nos cainitas (descendentes de Caim) ímpios, e o Abel santo substituído por Sete e seus descendentes (Gn. 4: 17 – 5: 32).

Assim os descendentes de Noé estão nos canaanitas (descendentes de Canaã) réprobos e nos semitas (descendentes de Sem) santos, que serão sucedidos pelos jafitas (descendentes de Jafé).

1.       Apesar de Ser Um Escolhido de Deus, Noé Era Pecador.

Em conformidade com o versículo 20, podemos observar Noé que desenvolve a viticultura (a ciência de cultivar uva) e a vinicultura (a ciência de fazer vinho).

 Então, ele subjuga a terra para que produza vinho, que na compreensão Israelita é fonte de alegria: “o vinho, que alegra o coração do homem; o azeite, que faz brilhar o rosto, e o pão que sustenta o seu vigor” (Sl. 104: 15).

O problema é que Noé embriagou-se e ficou nu dentro da sua tenda (nudez privativa), mas, reconhecemos que o seu comportamento foi inadequado (vs. 21). Ou seja, o vinho pode trazer alegria quando ingerido com moderação (João 2: 1-11), frouxidão moral e tristeza, se ingerido em excesso (Pv. 23: 20, 21; Hc. 2: 15).

A embriaguez de Noé ocasionou o pecado de seu filho mais novo, que a essa altura já era pai de Canaã (vs. 22). A Bíblia diz que Cam “viu a nudez de seu pai”, no hebraico o termo utilizado para “viu” significa observar detidamente, não um olhar inocente ou acidental. Fontes rabínicas acreditam na possibilidade de Cam ter sodomizado seu pai.

O fato é que esse “observar detidamente” indica uma tendência à perversão da parte do filho mais novo de Noé: "Ai daquele que dá bebida ao seu próximo, misturando-a com o seu furor, até que ele fique bêbado, para lhe contemplar a nudez” (Hc. 2: 15).

Além de desonrar o seu pai, no mínimo com um olhar libidinoso, Cam agrava a desonra proclamando a nudez de Noé aos outros.

Vejamos o procedimento cuidadoso de Sem e Jafé (vs. 23), a despudora imoralidade de Cam, o cuidado e discrição de Jafé e Sem caracterizam a diferença na moralidade de cada um deles.

2.       Invocações Proféticas de Noé.

Maldito seja Canaã (vs. 25)  – visto que as maldições e bênçãos sobre os três filhos tinham em mira os seus descendentes, não é estranho que  maldição fosse sobre seu filho Canaã e não sobre o próprio Cam, especialmente porque Deus já havia abençoado Cam. Canaã compartilha a decadência moral de Cam (Lv. 18: 3). Os descendentes de Cam incluem, em adição aos cananeus, os nomes dos inimigos mais temíveis de Israel: Egito, Filístia, Assíria e Babilônia (Gn 10: 6-13).
Bendito seja o SENHOR, Deus de Sem (vs. 26) – Sem é identificado por sua aliança com Deus, e o SENHOR é identificado por ser o Deus de Sem. Então, percebemos a indicação de que Deus elege a linhagem de Sem para governar a terra e esmagar a serpente.

Engrandeça Deus a Jafé (vs. 27) – Os jafitas se espalham principalmente por Anatólia e Grécia (Gn. 10: 2 – 5). “Habite ele em tendas”, talvez uma referência as conquistas tribais ou das futuras vitórias da Grécia e Roma. De outro modo, Jafé pode ser um convidado, atraído a Sem e a Deus, promessa que encontra seu cumprimento final no Novo Testamento (At. 14: 27).
Nos versículos 28 e 29, fala sobre a morte de Noé.

APLICAÇÃO:

1.       O Pecado de Noé nos Mostra Que a Salvação é Fruto da Graça de Deus.
Noé não era perfeito. O notável contraste entre a santidade de Noé antes e durante o dilúvio e o pecador embriagado, que deixa sua nudez exposta depois do dilúvio, nos direciona a Deus e não aos homens, para a salvação. A justiça de Noé é decorrente de sua fé na promessa salvadora de Deus (Hb. 11: 7).

2.       Deus Continua a Preservar a Semente da Mulher.
A linha da promessa messiânica é agora reduzida a linhagem de Sem, e será especificada posteriormente através de Abraão, Isaque, Jacó e Judá. Com a vinda do Messias e da nova aliança, a promessa da aliança é estendida a todos os crentes em Jesus.

CONCLUSÃO:

Devemos confiar apenas em Deus para Salvação, pois, o ser humano de forma geral é pecador. Precisamos louvar a Deus, pois, o Senhor de forma soberana preserva a semente da mulher até culminar em Jesus Cristo, o nosso salvador.

A você que ainda não é crente, exorto-o a arrepender-se dos seus pecados e a confiar no sacrifício de Jesus Cristo para a salvação.



terça-feira, 20 de novembro de 2012

A PRESERVAÇÃO DIVINA DA HUMANIDADE APÓS O DILÚVIO-Gênesis 9: 1 – 17


INTRODUÇÃO:

Na semana passada estudamos a respeito do juízo de Deus através do dilúvio, verificamos que mesmo exercendo justa punição a humanidade depravada, Deus é gracioso ao preservar Noé e sua família da morte e a partir deles fazer um novo começo.

A Bíblia nos mostra em Gênesis 8, que depois de passar um ano dentro daquela grande embarcação, ao chegar em terra firme, Noé adora a Deus, oferendo sacrifício ao SENHOR e Deus se agrada em recebe-lo.

Como um sacrifício propiciatório, o holocausto de Noé acalmou a indignação de Deus contra o pecado e prefigurou a morte de Cristo. Então, Deus resolve nunca mais destruir a terra por meio de um dilúvio.

Sendo assim, com base no texto lido, nós vamos estudar nesta noite sobre o seguinte tema: A PRESERVAÇÃO DIVINA DA HUMANIDADE APÓS O DILÚVIO.

1.       Na Preservação da Humanidade, Deus Institui Ordens.

a)      Propagação da Vida (vs. 1, 7);

Deus mais uma vez ordena o povoamento da terra (cf. Gn. 1: 28), mesmo que o coração do homem seja inclinado para o mal, Deus envia o seu povo ao mundo debaixo da sua bênção e determina que se multipliquem.

b)      Sustentação da Vida (vs. 2 , 3);

 Ao contrário de uma dieta vegetariana (cf. Gn. 1: 29), Deus inclui animais que agora servirão para alimento (vs. 2, 3), mas, o ser humano deve continuar demonstrando respeito pela vida, mesmo que animal, pois fica proibido comer o animal com o seu sangue (vs. 4), pois, a vida está no sangue.

c)       Proteção da Vida (vs. 4-6);

E acima de tudo as pessoas têm de respeitar a vida humana (vs. 5, 6), Deus tem em tão elevado grau a vida humana que exige igual compensação para quem cometeu o homicídio, pois, o ser humano é portador da imagem de Deus. Mas, vale salientar que a retribuição não é uma questão pessoal, portanto, só quem pode exercer a pena capital é o estado.

2.       Na Preservação da Humanidade, Deus Institui Um Sinal Como Garantia.

a)      O Sinal Pactual de Deus Em Um Arco (vs. 12-16);

No hebraico diz Arco, que aponta para um instrumento de caça ou uma arma de guerra. Então, este símbolo de hostilidade e guerra fora transformado em um emblema de reconciliação entre Deus e o homem. O arco em repouso se estende da terra ao céu e de um horizonte ao outro, lembrando Deus de seu compromisso universal. Isso é graça divina.

b)      O Sinal Pactual de Deus é Formado Por Uma Inclusão (vs. 8-11, 17).

Deus unilateralmente assume plena reponsabilidade de preservar a terra para sempre a fim de sustentar o portador de sua imagem (vs. 9).
Deus certifica sua aliança por meio de sinais: para a aliança com Abraão, a circuncisão. Com Israel no Sinai, os sábados. Com Cristo e o novo Israel, o cálice. São sinais de uma mesma aliança da graça.

APLICAÇÃO:

1.       Deus é Soberano Na Preservação da Humanidade.

Essa preservação é fruto da graça comum de Deus, que faz cair a chuva e nascer o sol sobre bons e maus. Só estamos vivendo o século XXI porque Deus está permitindo, é Ele que de forma soberana preserva a humanidade até quando quiser.

Pois, embora, Deus não vá trazer juízo a humanidade através de um novo dilúvio, haverá um dia de juízo, onde Deus punirá os pecadores por terem rejeitado e transpassado seu Filho Unigênito.

2.       Deus é Gracioso Na Preservação de Sua Aliança.

A aliança que Deus firma com Noé é Graciosa, é unilateral. Deus mediou sua aliança através de Noé para a criação. Embora, seja Noé um tipo (alguém que com sua vida e história lembra a vida ou obra de Cristo) de Cristo, Jesus é maior do que Noé.

Jesus ofereceu a sua vida para expiar o pecado humano de uma vez por todas, Paulo declara: “Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5:21).

CONCLUSÃO:

É através de Jesus que a Aliança da Graça cumpre-se e é plenamente preservada, que possamos confiar em Cristo e nessa aliança para desfrutarmos de todas as bênçãos provenientes da mesma.