quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

DEUS INCLUI NA HISTÓRIA DA SALVAÇÃO PESSOAS FALHAS-Gn 38

INTRODUÇÃO:

Na semana anterior, observamos José sendo vendido a uma caravana de ismaelitas que iam para o Egito, que por sua vez vendeu José aos egípcios.
Então, o narrador faz uma pausa na história de José e passa a falar sobre a história de seu irmão Judá.

ELUCIDAÇÃO:    
    
Judá era alguém endurecido e cobiçoso. Foi Judá quem disse aos seus irmãos: “Vinde, e vendamo-lo” (Gn. 37: 26, 27).

Judá não deu a menor importância à promessa de Deus a Abraão (Gn. 12: 2, 3), ele não dava importância para as promessas de Deus nem para sua família. A liderança de Judá entre seus irmãos gerou a perda de um irmão e a tristeza de seu pai por um longo período.

EXPOSIÇÃO:

O versículo 1 começa mostrando que Judá abandona voluntariamente a casa de seu pai para fazer amizade com os cananeus. Enquanto que, José foi levado a força da casa de seu pai e irmãos.

O primeiro amigo cananeu de Judá é Hira, que mora na cidade de Adulão. Logo Judá vê uma cananéia atraente e casa-se com ela. Ele desconsidera a história e orientação de seus pais Abraão e Isaque (Gn. 24: 3; 28: 1). Judá casa-se com uma cananéia.

Fruto de seu casamento com esta anônima Cananéia, Judá tem três filhos: Er, Onã e Selá (vs. 3-5). Depois que seus filhos se tornam adultos, Judá tomou por esposa para o seu primogênito, uma mulher chamada Tamar (vs. 6).
Mas, por causa da perversão de Er, Deus o mata. A morte de Er, deixa Tamar viúva e sem filhos. Se ela continuar sem filhos, é provável que termine desamparada.

Então, Judá ordena a seu filho Onã que possua a mulher de seu irmão para que lhe suscitasse descendência, ou seja, cumpre o levirato – esse costume do Oriente Próximo seria mais tarde codificado como lei para Israel (Dt. 25: 5, 6).

Conforme o versículo 8, Judá não está ordenando a Onã que se case com Tamar; só está lhe dizendo: “possui a mulher de teu irmão”. Judá parece não se importar com o bem-estar de Tamar. Ele nunca se refere a ela pelo nome, Tamar. Só está preocupado em obter descendência para o seu falecido filho.
No versículo 9, fica evidente que Onã era um indivíduo ganancioso e maligno. Ele não pretende gerar um filho para o seu irmão mais velho, pois esse filho seria considerado mais velho, teria direito a porção dobrada das propriedades de Judá.

 Assim como está, Onã é o herdeiro da porção dobrada. Para evitar a gravidez, ele pratica o coito interrompido toda vez que tinha relação sexual com Tamar.
O Senhor tira a vida de Onã por ter ele se recusado a cumprir a sua obrigação para com Tamar e o seu falecido irmão (vs 10). Em última análise, o pecado de Onã é que sua ganância lhe fez desafiar o plano de Deus para a família de Abraão.
Então, agora resta a Judá apenas um filho. O que fazer? Entrega-lo em casamento cumprindo a lei do levirato ou não?
O problema é que Judá não percebe que foi Deus quem tirou a vida dos seus dois filhos. Ele acha que Tamar é a culpada pelas mortes e não pretende arriscar com ela o terceiro filho (vs. 11).

O próximo ato desse drama tem inicio no versículo 12, Será já é homem feito e Judá não o deu a Tamar, a qual continua largada na casa de seu pai.
Mas, surgem alguns problemas: Selá terá dificuldades para se casar, além disso, morre a mulher de Judá, é um beco sem saída – com a perspectiva da morte da linhagem de Judá.

Ao terminar o período de luto, Judá sobe aos tosquiadores de suas ovelhas. “o trabalho da tosquia de ovelhas era pesado e acompanhava-se de uma grande festa, célebre pela alegria e pela abundante bebida de vinho” – Steven Mathewson, Exegetical Study of Genesis.

Ao se certificar de que Judá lhe mentiu ao lhe prometer Selá, Tamar entra em ação para assegurar o seu direito a um filho da família de Judá (vs. 13, 14).
Seu plano é arriscado, pois pode lhe custar a vida. Ela coloca um véu e se finge de prostituta junto ao caminho por onde Judá estava viajando, ela tentará enganar Judá, aquele que lhe havia enganado (vs. 15).

Nos versículos 16 e 17, Tamar exige uma garantia de que receberá a recompensa pelo “serviço” prestado a Judá. O selo, em forma de carimbo ou cilíndrico, era a marca de identificação de Judá, O cajado, era um símbolo de autoridade. Então, Judá entrega a Tamar objetos de identificação pessoal como garantias de um pequeno bode.

Realizado o acordo, eles coabitam e ela engravida de seu sogro Judá. Então, Tamar volta para casa de seu pai (vs. 18, 19).
Judá quer de volta os seus objetos de identificação pessoal e ao tentar reavê-los, não encontra a suposta prostituta (vs. 20-23). Judá preocupa se somente com a sua reputação, ele não quer servir de chacota para a população local. Todavia, não tem o menor interesse no contínuo vexame que Tamar sofre como viúva sem filhos na casa de seu pai.

No versículo 24, só pelo que ouviu, Judá ordena que a tirem para fora de cidade e a queimem, ele exige uma morte cruel.

Tamar espera até ao último instante para se defender (vs. 25). Agora Judá cai em si e declara publicamente a inocência de Tamar, bem como, a sua culpa (vs. 26). Isso é o começo da transformação de Judá.

De acordo com versículo 27, os gêmeos lutavam dentro dela, semelhantemente Esaú e Jacó dentro de Rebeca.
Ainda nos versículos 28-30, percebemos a parteira admirada, pois a criança que deveria ser a segunda, de algum modo passou a frente da primeira.

LIÇÕES PRÁTICAS:  
                                             
1.       Deus Está no Controle, Mesmo Quando Ele Parece Estar Ausente.
Deus castigou os malignos Er e Onã, os quais desafiaram os planos divinos de salvação. Mas, abençoou com filhos a Tamar, a obediente mulher cananéia. Assim, Deus continuou a linhagem da família de Judá, da qual resultaria no nascimento do nosso Salvador Jesus cristo.

2.       Deus Pode Realizar o Seu Plano de Salvação Mesmo Pela Desobediência e Artimanha Humanas.
A narrativa de Judá e Tamar garantiu a Israel que Deus pode concretizar o seu plano de salvação mesmo diante da desobediência de Israel e o embuste de uma mulher cananéia. Eles viram a linhagem da família de Perez chegar ao apogeu na décima geração com o rei Davi para um ápice ainda mais alto, Jesus Cristo, o Rei dos reis.

3.       Deus na Sua Graça, Inclui Pecadores na Genealogia do Messias (Mt. 1: 3-17).
Todas as quatro mulheres são estrangeiras: Tamar era cananéia; Raabe era cananéia; Rute era moabita e Bate-Seba era provavelmente hitita. Mas, Deus inclui todas as quatro mulheres na sua família da aliança. E não só isso, todas as quatro tiveram a honra de ser ancestrais do Messias de Israel.

CONCLUSÃO:

Graças a Deus que realiza o seu glorioso plano de salvação, apesar de nós que somos pecadores.
Deus salva o pior dos pecadores e o inclui no seu propósito salvador, você que nos ouve nesta noite também pode ser salvo em Cristo Jesus.







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