É inegável a realidade das
tribulações na vida dos crentes, Jesus afirmou: “No mundo tereis aflições, mas
tende bom animo, eu venci o mundo”.
Todo aquele que se converte a
Jesus e deseja viver de forma agradável ao Senhor, enfrentará dificuldades,
obstáculos, tentações e provações.
A vida em Cristo exige de nós
determinação em obedecer a Deus, sem nos esquecer de que a cada dia nós
precisamos confirmar nossa eleição e vocação.
EXPOSIÇÃO:
A primeira coisa que o autor nos
diz sobre José é que ele tinha 17 anos, era aprendiz de pastor e delatava seus
irmãos (vs. 2).
José é o filho de Raquel, mulher
preferida de Jacó. Então, levado pelo favoritismo “fez uma túnica talar de
mangas compridas” (vs. 3). A túnica era uma vestimenta especial, era um traje
real (2 Sm. 13: 18). Com este
presente, Jacó está nomeando José como governador sobre sua família.
O ÓDIO DOS IRMÃOS DE JOSÉ
Os irmãos de José não suportaram
isto, e não queriam nem falar com José, nem uma saudação pacífica (vs. 4).
Porém, o sentimento que era ruim
ficou ainda pior (vs. 5). José
manifesta o seu orgulho quando insiste em contar um sonho específico aos seus
irmãos (vs. 6, 7). Acredito que
mesmo hoje esse não é o tipo de sonho que gostaríamos de contar aos nossos
irmãos mais velhos.
Os irmãos entendem muito bem o
sonho e questiona José (vs. 8). Mas
José não para por aí. Ele tem um segundo sonho, semelhante ao primeiro e conta
ao seu pai e irmãos (vs. 9) – o sol
é o pai Jacó, a lua é a madrasta Lia, e as 11 estrelas são os 11 irmãos, todos
eles se inclinarão diante de José.
Mas o ódio dos irmãos crescia
ainda mais: “seus irmãos lhes tinham ciúmes” (vs. 11). Por três vezes o narrador menciona o ódio crescente dos
irmãos para com José, a ênfase do narrador sugere que podem procurar vingança.
No versículo 12, somos informados que os irmãos foram apascentar o
rebanho do pai em Siquém, devemos lembrar que, Siquém é um lugar perigoso para
os filhos de Jacó, pois, foi em Siquém que eles vingaram o estupro de sua irmã
Diná. Jacó está preocupado com o bem estar deles.
Sem se importar ou sem saber do
ódio que os irmãos tinham em relação a José, Jacó ordena que o mesmo vá até
Siquém para saber o que está acontecendo (vs.
14).
José, inicialmente não encontra
seus irmãos, mas, um estranho percebe que José está procurando algo ou alguém e
lhe pergunta: “que procuras?” e José responde; “Meus irmãos, onde apascentam
eles o rebanho?”
O homem ouviu os planos deles e
respondeu: “foram-se daqui, pois ouvi dizer: vamos a Dotã” (vs. 17). José vai a procura deles.
Com o versículo 18, a perspectiva muda-se de José para seus irmãos. Esse
novo cenário nos coloca no território deles e nos permite ouvir suas conversas (vs. 19, 20). Então, eles pretendem
matar José.
Nesse ponto, Ruben, interfere.
Não concorda com o homicídio, mesmo porque o sangue derramado “clama da terra”
a Deus (Gn 4: 10). Ruben argumenta
com eles, versículo 22. Ruben
pretende socorrer José mais tarde a fim de restitui-lo ao seu pai.
Para a felicidade de José, os
irmãos seguem o conselho de Ruben. Versículos 23, 24 – vejam que antes de jogarem José
na cisterna, eles o despem do traje real, destituem José de sua posição
especial de próximo governante da família.
Mas, pela providência de Deus, a
cisterna está vazia e José continua vivo, pois, ele não se afoga no poço de
coletar agua. Contudo, José está preso numa cisterna que geralmente tinha entre
2 e 6 metros de profundidade.
JOSÉ É VENDIDO PARA OS ISMAELITAS
Na sequencia, os seus irmãos
sentam-se para comer como se nada tivesse acontecido (vs. 25-27), é quando eles veem uma caravana ismaelita que vai para
o Egito, isso despertou uma ideia em Judá, ou seja, vender José aos ismaelitas.
A proposta de Judá recebeu o apoio de seus irmãos.
Conforme o versículo 28, os irmãos de José o venderam para os midianitas
(outro nome para ismaelitas) por 20 ciclos de prata (era o preço médio de um
escravo na Antiga Babilônia).
Então, o filho amado de Jacó é
levado para o Egito como escravo. Mas, esse ato maligno de seus irmãos
desencadeará o plano de Deus pelo qual José virá a ser governador do Egito, e
que os seus irmãos de fato, se inclinará perante ele.
Quando Rúben procura José e não
encontra, fica desesperado (vs. 30),
pois sendo o irmãos mais velho, é responsável por José. Que dirá ele ao pai?
Os irmãos decidem enganar o idoso
pai (vs. 31, 32), ironicamente, os
filhos de Jacó procuram enganar o velho pai, exatamente como Jacó anteriormente
usara as vestes de seu irmão e dois cabritos para enganar Isaque.
Percebe-se no versículo 33 que os filhos de Jacó
conseguiram enganá-lo, as palavras de Jacó são breves e cheias de dor. Jacó
rasgou suas vestes, vestiu-se de panos de saco e lamentou o filho por muitos
dias.
Mas isso não é o fim da história.
O narrador termina essa trágica narrativa com uma palavra de esperança (vs. 36), ou seja, José não morreu, ele
está no Egito. Embora tenha passado a ser escravo, é escravo de um dos oficiais
de Faraó.
APLICAÇÃO:
1.
Não Importa Quão Difíceis São As Circunstâncias, Deus Está no Controle.
Mesmo diante das injustiças
sofridas por José, Deus está no controle e trabalhando para cumprir o seu plano
de salvação na vida do seu povo.
Então, quando enfrentamos dias
difíceis não devemos nos revoltar, precisamos saber que Deus está no controle e
trabalhando em nós para que alcancemos a perfeita varonilidade, Ele está
forjando em nós o caráter de Cristo, e vai levar a cabo seu plano salvador em
nós.
2.
A Vida de José, Prefigura a Vida de Jesus Cristo.
Vejamos alguns paralelos entre
José e Jesus – A) assim como os irmãos de José conspiraram contra ele para o
matar. Também os irmãos de Jesus, os sumo sacerdotes e os anciãos, deliberaram
prender Jesus, à traição, e mata-lo (Mt. 26: 15). B) Assim como os irmãos de
José o venderam por 20 siclos de prata, também Judas vendeu Jesus por 30 moedas
de prata. C) assim como os irmãos de José o entregaram aos gentios, também os
irmãos de Jesus o entregaram ao governador Pilatos. D) assim como José sofreu
em silêncio, Jesus também sofreu em silencio.
Mas Jesus é maior do que José.
Jesus é o filho Unigênito de Deus que não somente se fez servo e sofreu
humilhação e escárnio. Ele morreu e ressurgiu para salvar o povo de Deus da
morte eterna causada pelo pecado.
CONCLUSÃO:
Mesmo quando parece que o mal
governa o dia, Deus está no controle. Deus usa as circunstâncias para realizar
o seu plano de salvação.
Então, podemos sempre confiar em
Deus. Para finalizar, vamos observar a Palavra de Deus em Romanos 8: 18, 28.
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