quarta-feira, 9 de abril de 2014

DEUS É FIEL, POR ISSO PODEMOS CONFIAR NAS SUAS PROMESSAS - Gn 48, 49 e 50

EXPOSIÇÃO:

ENFERMIDADE E MORTE DE JACÓ

Jacó está enfermo e prestes a morrer. José traz os seus dois filhos até Jacó e ele abençoa Efraim e Manassés, contudo, abençoa o mais novo Efraim com as bênçãos da primogenitura.

Depois, chama os próprios filhos e abençoa cada um deles por sua vez. Não foi o filho mais velho, mas Judá, o filho mais novo de Lia, quem recebeu a bênção maior. Jacó entoa: “o cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de entre seus pés” (Gn. 49: 10). Da linhagem de Judá procederá o grande rei Davi e, por fim, o Rei dos reis, Jesus Cristo.

Após, abençoar todos os filhos, Jacó tem uma solicitação final (Gn. 49: 29-33) – o patriarca deseja ser sepultado na Terra de Canaã. O pequeno pedaço de terra que fora descrito por Jacó, pertence legalmente a sua descendência.
A ordem final de Jacó testifica da sua fé no Deus que cumpre a aliança, Deus prometeu a Terra de Canaã ao seu avô Abraão, ao seu pai Isaque, bem como, aos seus descendentes. Jacó tem certeza de que Deus cumprirá a sua promessa.

Morreu Jacó, mas o seu mandamento final vive. José, mesmo de coração partido com a morte do pai (Gn. 50: 1), toma todas as providências necessárias para que o corpo de Jacó seja embalsamado (40 dias) e possa ser transportado para Canaã (Gn. 50:2). Nesse período, os egípcios prantearam Jacó “setenta dias” – Jacó é pranteado com honrarias (vs. 3).

A despeito da honra dedicada a seu pai, José enfrenta um problema: de que maneira obterá permissão de Faraó para sepultar seu pai em Canaã?
Para tal, José é bastante diplomático (vs. 5, 6), ele omite a ordem negativa de Jacó (Gn. 47: 29, 30).

A insistência de Jacó para ser sepultado em Canaã é uma declaração de onde Israel pertence realmente. Metaforicamente podemos afirmar que o povo de Deus pertence a Canaã e não ao Egito.

Então, após a permissão de Faraó, Jacó é levado para terra de Canaã (vs. 12 – 14). O sepultamento de Jacó na Terra Prometida testifica sua fé que o seu Deus cumpriria a promessa de lhes dar a terra.
Nessa história, existe outra questão que devemos prestar atenção: o cortejo fúnebre de Jacó é descrito com riquezas de detalhes e diz o narrador “que foi grandíssimo” (vs. 7-9).

Porque a ênfase no cortejo fúnebre de Jacó?

John Sailhamer diz: “a atenção do escritor concentra-se na fidelidade de Deus à sua promessa da terra e na esperança do povo de Deus no retorno final à terra”.

Vejamos ainda que, Jacó, em seu retorno a Terra Prometida, foi acompanhado por uma grande companhia de oficiais e maiorais da terra do Egito.

Portanto, a história do sepultamento de Jacó em Canaã prefigura o tempo do qual Deus afirma: “tornarei a trazer os cativos de Jacó. E me compadecerei de toda a casa de Israel” (Ez. 39: 25).

JOSÉ CONTINUA BENEVOLENTE COM SEUS IRMÃOS

Contudo, os filhos de Jacó não viram significado nesse grande cortejo fúnebre, agora que Jacó estava morto, pensaram que José iria agir contra eles (vs. 15-18).

Por duas vezes José enfatiza que eles não devem temer, José fundamenta essa garantia no resultado benéfico da providência de Deus (vs. 20).

O livro de Gênesis termina com uma nota final acerca de José. Lemos no versículo 22 que “José habitou no Egito, ele e a casa de seu pai; e viveu 110 anos”. Deus o abençoou ricamente: José ainda chega a conhecer seus netos e bisnetos. Mas também chegaria a hora de morrer.

A MORTE DE JOSÉ

Quando chega esse momento, vejamos o que José diz no versículo 24, essa é a primeira vez que José fala da promessa de Deus quanto a terra. As palavras de José ressaltam a mensagem de Gênesis de que Israel não pertence ao Egito, mas a Canaã.

José tem tanta certeza de que Deus os visitará que fez jurar os israelitas, observemos o versículo 25, assim como Jacó, José deseja ser sepultado na Terra Prometida. Mas, José está preparado para aguardar no Egito com seus irmãos e irmãs. É interessante observar Hebreus 11: 22, José não vê o êxodo no Egito, não vê Israel recebendo a posse da Terra Prometida, mas crê firmemente que isso acontecerá algum dia.

Em Êxodo 13: 19, os ossos de José são levados e enterrados numa porção da Terra Prometida legalmente pertencente aos seus ancestrais (Js. 24: 32). Na sepultura ele continua aguardando que Deus cumpra plenamente a sua promessa da terra. Pois, em última análise, de acordo com a Bíblia, a promessa da terra significa o retorno do paraíso à terra (Gn. 2; Ap. 22: 1-5).

LIÇÕES PRÁTICAS:

1.      A Ação Humana Não Pode Frustrar As Promessas de Deus.

Nós observamos em algumas circunstâncias, ações maléficas do homem procurando prejudicar o plano de Deus. Mas, Deus cumpre as suas promessas apesar de nós. Conquanto dê ao homem liberdade para agir, Deus está no controle dos resultados.

2.      Vivemos Na Esperança De Que Deus Cumprirá Sua Promessa De Conceder Uma Pátria Para Seu Povo.

Hoje, nos parecemos muito com José e os israelitas – esperando que Deus venha até nós e cumpra a sua promessa acerca da terra. Vale lembrar que a esperança cristã não falha, mesmo diante das circunstancias difíceis e adversas, Deus cumprirá sua promessa, pois Ele é fiel.

3.      Jesus Morreu e Ressurgiu Para Cumprir a Promessa de Deus e Restaurar o Paraíso Na Terra.

O mundo em que vivemos é cheio de violência, doenças, guerras e desastres. Mas, para aqueles que são de Cristo, o futuro será glorioso no paraíso restaurado. Que possamos depositar a nossa fé nas promessas de Deus (Hb. 11: 1).

CONCLUSÃO:

Deus é fiel, cumprirá suas promessas. Deus é soberano e tem o seu plano sob controle. Não percamos a esperança. O povo de Deus pode viver e morrer na esperança de que um dia Ele realizará completamente a sua promessa de uma nova pátria para o seu povo (Ap. 21: 5).



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