A ENFERMIDADE E
MORTE DE JACÓ
Jacó está enfermo
e prestes a morrer. José traz os seus dois filhos até Jacó e ele abençoa Efraim
e Manassés, contudo, abençoa o mais novo Efraim com as bênçãos da
primogenitura.
Depois, chama os
próprios filhos e abençoa cada um deles por sua vez. Não foi o filho mais
velho, mas Judá, o filho mais novo de Lia, quem recebeu a bênção
maior. Jacó entoa: “o cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de
entre seus pés” (Gn. 49: 10). Da linhagem de Judá
procederá o grande rei Davi e, por fim, o Rei dos reis, Jesus Cristo.
Após, abençoar
todos os filhos, Jacó tem uma solicitação final (Gn. 49: 29-33) –
o patriarca deseja ser sepultado na Terra de Canaã. O pequeno pedaço de terra
que fora descrito por Jacó, pertence legalmente a sua descendência.
A ordem final de Jacó
testifica da sua fé no Deus que cumpre a aliança, Deus prometeu a Terra de
Canaã ao seu avô Abraão, ao seu pai Isaque, bem como, aos seus descendentes.
Jacó tem certeza de que Deus cumprirá a sua promessa.
Morreu Jacó, mas o
seu mandamento final vive. José, mesmo de coração partido com a morte do pai (Gn.
50: 1), toma todas as providências necessárias para que o corpo de
Jacó seja embalsamado (40 dias) e possa ser transportado para Canaã (Gn.
50:2). Nesse período, os egípcios prantearam Jacó “setenta dias” –
Jacó é pranteado com honrarias (vs. 3).
A despeito da
honra dedicada a seu pai, José enfrenta um problema: de que maneira obterá
permissão de Faraó para sepultar seu pai em Canaã?
Para tal, José é
bastante diplomático (vs. 5, 6), ele omite a ordem negativa de
Jacó (Gn. 47: 29, 30).
A insistência de
Jacó para ser sepultado em Canaã é uma declaração de onde Israel pertence
realmente. Metaforicamente podemos afirmar que o povo de Deus
pertence a Canaã e não ao Egito.
Então, após a
permissão de Faraó, Jacó é levado para terra de Canaã (vs. 12 – 14). O
sepultamento de Jacó na Terra Prometida testifica sua fé que o seu Deus
cumpriria a promessa de lhes dar a terra.
Nessa história,
existe outra questão que devemos prestar atenção: o cortejo fúnebre de Jacó é
descrito com riquezas de detalhes e diz o narrador “que foi
grandíssimo” (vs. 7-9).
Porque a ênfase no
cortejo fúnebre de Jacó?
John Sailhamer diz: “a
atenção do escritor concentra-se na fidelidade de Deus à sua promessa da terra
e na esperança do povo de Deus no retorno final à terra”.
Vejamos ainda que,
Jacó, em seu retorno a Terra Prometida, foi acompanhado por uma grande
companhia de oficiais e maiorais da terra do Egito.
Portanto, a
história do sepultamento de Jacó em Canaã prefigura o tempo do qual Deus
afirma: “tornarei a trazer os cativos de Jacó. E me compadecerei de toda a casa
de Israel” (Ez. 39: 25).
JOSÉ CONTINUA
BENEVOLENTE COM SEUS IRMÃOS
Contudo, os filhos
de Jacó não viram significado nesse grande cortejo fúnebre, agora que Jacó
estava morto, pensaram que José iria agir contra eles (vs. 15-18).
Por duas vezes
José enfatiza que eles não devem temer, José fundamenta essa garantia no
resultado benéfico da providência de Deus (vs. 20).
O livro de Gênesis
termina com uma nota final acerca de José. Lemos no versículo 22 que
“José habitou no Egito, ele e a casa de seu pai; e viveu 110 anos”. Deus
o abençoou ricamente: José ainda chega a conhecer seus netos e bisnetos. Mas
também chegaria a hora de morrer.
A MORTE DE JOSÉ
Quando chega esse
momento, vejamos o que José diz no versículo 24, essa é a
primeira vez que José fala da promessa de Deus quanto a terra. As palavras de
José ressaltam a mensagem de Gênesis de que Israel não pertence ao Egito, mas a
Canaã.
José tem tanta
certeza de que Deus os visitará que fez jurar os israelitas, observemos o versículo
25, assim como Jacó, José deseja ser sepultado na Terra Prometida.
Mas, José está preparado para aguardar no Egito com seus irmãos e irmãs. É
interessante observar Hebreus 11: 22, José não vê o êxodo no
Egito, não vê Israel recebendo a posse da Terra Prometida, mas crê firmemente
que isso acontecerá algum dia.
Em Êxodo
13: 19, os ossos de José são levados e enterrados numa porção da Terra
Prometida legalmente pertencente aos seus ancestrais (Js. 24: 32). Na
sepultura ele continua aguardando que Deus cumpra plenamente a sua promessa da
terra. Pois, em última análise, de acordo com a Bíblia, a promessa da terra
significa o retorno do paraíso à terra (Gn. 2; Ap. 22: 1-5).
LIÇÕES PRÁTICAS:
1. A Ação Humana Não Pode
Frustrar As Promessas de Deus.
Nós observamos em
algumas circunstâncias, ações maléficas do homem procurando prejudicar o plano
de Deus. Mas, Deus cumpre as suas promessas apesar de nós. Conquanto dê ao
homem liberdade para agir, Deus está no controle dos resultados.
2. Vivemos Na Esperança De Que
Deus Cumprirá Sua Promessa De Conceder Uma Pátria Para Seu Povo.
Hoje, nos
parecemos muito com José e os israelitas – esperando que Deus venha até nós e
cumpra a sua promessa acerca da terra. Vale lembrar que a esperança cristã não
falha, mesmo diante das circunstancias difíceis e adversas, Deus cumprirá sua
promessa, pois Ele é fiel.
3. Jesus Morreu e Ressurgiu Para
Cumprir a Promessa de Deus e Restaurar o Paraíso Na Terra.
O mundo em que
vivemos é cheio de violência, doenças, guerras e desastres. Mas, para aqueles
que são de Cristo, o futuro será glorioso no paraíso restaurado. Que possamos
depositar a nossa fé nas promessas de Deus (Hb. 11: 1).
CONCLUSÃO:
Deus é fiel,
cumprirá suas promessas. Deus é soberano e tem o seu plano sob controle. Não
percamos a esperança. O povo de Deus pode viver e morrer na esperança de que um
dia Ele realizará completamente a sua promessa de uma nova pátria para o seu
povo (Ap. 21: 5).
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