terça-feira, 22 de abril de 2014

A RESSURREIÇÃO DE CRISTO E O CETICISMO DE TOMÉ - João 20: 24 – 31

INTRODUÇÃO:

A dúvida pode ter muitas causas.
Para muitos, a dúvida pode ser a consequência de simples falta de conhecimento.

Para alguns, a dúvida está alicerçada numa escolha moral sistemática - uma filosofia de vida mundana que questiona a existência de Deus para se entregar aos desejos pecaminosos.

Às vezes, a dúvida é como um rito de transição, e cumpre o objetivo de conduzir a maturidade - esse tipo de dúvida pode acontecer quando o jovem chega à universidade e passa a ter sua fé atacada. Ele vai precisar averiguar os fundamentos de sua fé, e isso, deve levá-lo a maturidade cristã.

Em outras ocasiões, a dúvida pode ser gerada por alguma crise existencial – a perda de uma pessoa amada, a recordação de pais abusivos ou algum outro sofrimento.

ELUCIDAÇÃO:

Nesta passagem, João aborda a dúvida de Tomé. De acordo com o contexto, Jesus havia sido crucificado. Na verdade, seus próprios discípulos não esperavam essa mudança trágica dos acontecimentos. Eles não tinham em mente um Messias que seria crucificado. O Messias vence! Por isso, eles estavam entristecidos.

Pois bem, no primeiro domingo da ressurreição, as notícias sobre o túmulo vazio e as aparições do Jesus ressurreto começaram a chegar aos discípulos.
Jesus havia aparecido a algumas mulheres. Pedro e João viram o túmulo vazio. Jesus apareceu a Pedro e, depois, a dois discípulos na estrada para Emaús. E, mais tarde, naquele primeiro domingo à noite, Jesus apareceu aos seus apóstolos, mas Tomé estava ausente.

Assim, chegamos ao relato apresentado em nosso texto. Vamos considera-lo em 3 passos:

1.      O Clamor de Um Cético Desapontado (vs. 24, 25).

Tomé acreditava que Jesus era o Messias. Agora, essa crença estava invalidada pela crucificação de Jesus.

A dúvida de Tomé era do tipo que desejava diferenciar entre a fé genuína e mera credulidade. A dúvida de quem sofreu profundo engano religioso e não quer ser lograda novamente.

Tomé não queria pertencer ao número dos crédulos. Então, o que ele pede, é a demonstração mais pessoal e concreta que ele podia imaginar, algo que comprovasse realmente a ressurreição de Cristo (vs. 25).

Tomé sabia que o corpo de Jesus Cristo tinha feridas singulares (por causa da crucificação). Dídimo, queria evidências categóricas para que pudesse se convencer de que o Cristo crucificado era o Messias esperado. Agora, ressuscitado, vivo e triunfante.

2.      A Adoração de Um Cético Maravilhado (vs. 26 – 28).

Então, no segundo domingo depois da ressureição, Jesus os saudou com as mesmas palavras: “Paz seja convosco”.

Porém, as palavras seguintes de Jesus são o que prende a nossa atenção, Jesus se voltou para Tomé com o objetivo de dirimir suas dúvidas, depois de fazê-lo, ouviu a confissão de Tomé (vs. 27, 28).

Essa confissão ressalta no final deste evangelho o que João havia dito no começo do seu evangelho (Jo. 1: 1).

É importante lembrar que entre o versículo 25 e 26 se passara uma semana. Tempo suficiente para Dídimo refletir sobre as notícias que os seus amigos tinham lhe contado. Deve ter pensado: “será que Jesus realmente ressuscitou?”.

Contudo, agora sabia que Jesus ressurgira dentre os mortos. Tomé viu as feridas e assegurou-se de que o Jesus que estava diante dele tinha continuidade com o Jesus que fora crucificado e colocado no túmulo.

Neste momento, as palavras de Jesus fazem sentido para Tomé. Por exemplo, Jesus insistiu em que Deus lhe confiara todo julgamento, a fim de que “todos honrem o Filho do modo por que honrem o Pai” (Jo. 5: 23).

Em outro momento, Jesus declarou: “antes que Abraão existisse, EU SOU” (Jo. 8: 58). E mais: “O Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz” (Jo. 5: 19). Em Face da ressurreição, essas declarações eram maravilhosas.

3.      A Função de Um Cético Convertido (vs. 29 – 31).

Com essas palavras, Jesus não está incentivando uma fé cega, sem evidências. John Stott escreveu um livro chamado: “Crer é também pensar”.

Vejamos que João relacionou o versículo 29 com os versículos 30, 31. Ele relatou o que Jesus disse a Tomé: “Você viu e creu”.

O evangelho de João ensina que crer em Jesus é fundamental para que a pessoa tenha a vida eterna (Jo. 3: 16).

Então, Tomé teve fé verdadeira. Mas Jesus sabia que muitas pessoas chegariam a crer nele sem jamais terem visto o Jesus ressurreto como Tomé o viu.

A questão é: com que base eles creriam? Vamos observar os versículos 30, 31 – a base é o testemunho histórico que a primeira geração pós-ressurreição relatou.

Assim, Tomé se torna parte da cadeia de evidências, a cadeia de atestação. Por meio do seu testemunho, ele ainda fala e, pela graça de Deus, gera fé em outras gerações que chegam a compartilhar da mesma fé.
Então, a função desse cético convertido foi a de testemunhar de Jesus Cristo. Por causa do seu testemunho, muitos creem, tem a vida eterna e são bem-aventurados.

APLICAÇÃO:

1.      A CONFISSÃO DE TOMÉ DEVE SER A NOSSA: “SENHOR MEU E DEUS MEU”.

O crente não somente afirma que Jesus Cristo é Senhor e Deus do universo, mas também, no sentido mais profundo, ele é o Senhor e Deus do crente. Essa confissão é indispensável para uma fé genuína.

2.      A FÉ NA RESSURREIÇÃO DEVE NOS CONDUZIR AO TESTEMUNHO.

A ressureição de Cristo foi um acontecimento inegável. Foi um fato histórico comprovado e testemunhado por centenas de pessoas, além dos apóstolos.
Esse fato traz várias implicações para nós cristãos, uma das implicações deve ser um testemunho ousado, vigoroso da ressurreição do nosso Senhor e Deus.

CONCLUSÃO:

Meus irmãos, que possamos viver para aquele que nos salvou pela sua morte e ressurreição de forma correta. O Senhor fez tudo por nós, agora, precisamos viver para ele dignamente.

“Ele foi entregue à morte por nossos pecados e ressuscitado para nossa justificação”. (Romanos 4:25).









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