sábado, 20 de julho de 2013

O Evangelho de Deus envolve Fazer Discípulos que Imitem a Cristo-Texto: Mc 1. 14-20

Introdução:

Todos nós somos imitadores natos. A maioria das coisas que aprendemos na infância foi por imitação. Todos nós já imitamos alguém, e geralmente temos a tendência de imitar quem consideramos melhor ou imitar aquilo que nos impressiona.

Esse texto que lemos nos fala de imitação. Esse texto nos fala de imitar aquilo de mais impressionante que podemos encontrar - Nosso Senhor Jesus.

Tema: O Evangelho de Deus envolve Fazer Discípulos que Imitem a Cristo

Elucidação: no último sermão que pregamos, falamos sobre a chegada das boas novas do evangelho do reino, vimos que esse evangelho teve a sua origem no AT, e que o Cristo é o segundo Adão que foi provado no deserto sob circunstancias muito mais adversas que o primeiro, contudo, venceu a tentação.

Hoje veremos que esse evangelho antes de ter a sua origem no AT, tem origem no próprio Deus, veremos que ele chegou até nós no tempo de Deus, veremos que é Jesus quem chama eficazmente os seus discípulos, e finalmente veremos o que significa ser um discípulo (ou imitador de Cristo).

I-O EVANGELHO TEM A SUA ORIGEM EM DEUS E NÃO NO HOMEM (V. 14).

(v.14) E, depois de João ter sido preso, foi Jesus para a Galileia  pregando O EVANGELHO DE DEUS. (enfase acrescentada).

O evangelho não é acerca daquilo que o homem faz, mas daquilo que Deus faz. Isso é muito importante, pois se não entendermos essa verdade, toda a nossa compreensão do evangelho estará comprometida. Atualmente, estamos presenciando a ascensão de um evangelho totalmente humanista e antropocêntrico.

O (v. 14) também nos mostra que sendo esse evangelho de procedência divina ele nem sempre vem da maneira que nós esperamos. Como vimos no último sermão, com a chegada do evangelho foi necessário Jesus se submeter ao batismo e posteriormente, ser tentado no deserto. Agora, vemos a prisão de João Batista. Isso nos ensina que mesmo as coisas ruins estão nos planos de Deus.

II-O EVANGELHO NÃO VEIO ATÉ NÓS DE IMPROVISO (v. 15).

(v. 15) Dizendo: O TEMPO ESTÁ CUMPRIDO, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho.

As vezes somos tentados a acreditar que Deus agiu de improviso para nos salvar. Cristo não veio ao mundo de improviso, ele é o “cordeiro que foi morto antes da fundação do mundo” (Ap 13. 8).

O mundo foi preparado para a vinda do Cristo (havia uma língua universal – o grego. Os romanos construíram estradas e estabeleceram a pax romana que facilitariam a expansão do evangelho). Como disse Paulo, Jesus nasceu na plenitude dos tempos (Gl 4. 4).

Esse verso 15 também nos dá conta do conteúdo da mensagem desse evangelho “Arrependei-vos!”. O conteúdo da mensagem do evangelho não é, pasmem, “Jesus te ama”, não é “Jesus vai resolver os seus problemas”, não é “Jesus vai te curar”, não! É Arrependei-vos!

Arrependimento não é meramente tristeza pelas consequências dos seus atos (algo que posteriormente passará), mas conforme diz o nosso breve catecismo na pergunta 87:

 Arrependimento para a vida é uma graça salvadora pela qual o pecador, tendo um verdadeiro sentimento do seu pecado e percepção da misericórdia de Deus em Cristo, se enche de tristeza e de horror pelos seus pecados, abandona-os e volta para Deus, inteiramente resolvido a prestar-lhe nova obediência”.

III- É JESUS QUEM CHAMA EFICAZMENTE OS SEUS DISCÍPULOS (v. 16-20).

(v. 16) Caminhando junto do mar da Galiléia, viu os irmãos Simão e André que lançavam a rede ao mar, porque eram pescadores.

(v. 17) Disse-lhes Jesus: Vinde após mim, e eu  vos farei pescadores de homens.

(v. 18) Então, eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram.

(v. 19) Pouco mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco consertando as redes, (v. 20) E logo os chamou. Deixando eles no barco a seu pai Zebedeu com os empregados, seguíram após Jesus.

Na cultura judaica, assim como na Grécia antiga, eram os pupilos que buscavam um mestre que pudesse ensiná-los. Contudo, a história da salvação é uma história de Deus chamando o seu povo. Isso é muito claro nas escrituras (só a igreja moderna que acha o contrário). Esses homens, assim como nós ouviram a chamada interna do evangelho, ou seja, revelaram que eram de Deus. Jesus disse: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu  as conheço, e elas me seguem” (Jo 10. 27).

Esses homens não ouviram uma pregação elaborada com argumentos persuasivos ou convincentes, eles ouviram o chamado eficaz. Observe que esse chamado não se dirigiu a todos que estavam ali  mas somente aqueles que Cristo quis (v. 20) o pai de Tiago e de João, Zebedeu, juntamente com os seus empregados não seguiram a Cristo.

IV-UM CHAMADO PARA SERMOS IMITADORES DE CRISTO

A raiz da palavra discípulo significa “seguidor”. Como diz um professor meu do seminário: “alguém só deverá ser considerado discípulo de alguém, se estiver disposto a levar adiante a causa do seu mestre”.

Fomos criados à imagem de Deus, e não fosse o pecado, imitaríamos naturalmente a Deus. Ser discípulo é ser um imitador de Cristo.

A semelhança do discípulo com o seu mestre já começa no chamado. Primeiro, ele precisa deixar alguma coisa, ou até mesmo alguém para seguir ao seu mestre. Segundo, ele deverá fazer o que o seu mestre fez. O chamado dos discípulos é para ser “pescadores de homens”. Somos chamados para anunciar “as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pe 2. 9).

Estamos fazendo isso?

Estamos imitando a Cristo?

Por último, esse é um chamado radical. Esses quatro discípulos que aparecem no texto foram martirizados. Isso nos ensina que a nossa imitação de Cristo deve, se isso for exigido de nós, ser levada até as últimas consequências  Que Deus nos ajude!





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