Todos
nós somos imitadores natos. A maioria das coisas que aprendemos na infância foi
por imitação. Todos nós já imitamos alguém, e geralmente temos a tendência de
imitar quem consideramos melhor ou imitar aquilo que nos impressiona.
Esse
texto que lemos nos fala de imitação. Esse texto nos fala de imitar aquilo de
mais impressionante que podemos encontrar - Nosso Senhor Jesus.
Tema: O Evangelho de
Deus envolve Fazer Discípulos que Imitem a Cristo
Elucidação:
no último sermão que pregamos, falamos sobre a chegada das boas novas do
evangelho do reino, vimos que esse evangelho teve a sua origem no AT, e que o
Cristo é o segundo Adão que foi provado no deserto sob circunstancias muito
mais adversas que o primeiro, contudo, venceu a tentação.
Hoje
veremos que esse evangelho antes de ter a sua origem no AT, tem origem no
próprio Deus, veremos que ele chegou até nós no tempo de Deus, veremos que é
Jesus quem chama eficazmente os seus discípulos, e finalmente veremos o que
significa ser um discípulo (ou imitador de Cristo).
I-O
EVANGELHO TEM A SUA ORIGEM EM DEUS E NÃO NO HOMEM (V. 14).
(v.14) E, depois de João ter sido
preso, foi Jesus para a Galileia pregando O EVANGELHO DE DEUS. (enfase acrescentada).
O
evangelho não é acerca daquilo que o homem faz, mas daquilo que Deus faz. Isso
é muito importante, pois se não entendermos essa verdade, toda a nossa
compreensão do evangelho estará comprometida. Atualmente, estamos presenciando
a ascensão de um evangelho totalmente humanista e antropocêntrico.
O
(v. 14) também nos mostra que sendo esse evangelho de procedência divina ele
nem sempre vem da maneira que nós esperamos. Como vimos no último sermão, com a
chegada do evangelho foi necessário Jesus se submeter ao batismo e
posteriormente, ser tentado no deserto. Agora, vemos a prisão de João Batista.
Isso nos ensina que mesmo as coisas ruins estão nos planos de Deus.
II-O
EVANGELHO NÃO VEIO ATÉ NÓS DE IMPROVISO (v. 15).
(v. 15) Dizendo: O TEMPO ESTÁ
CUMPRIDO, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho.
As
vezes somos tentados a acreditar que Deus agiu de improviso para nos salvar.
Cristo não veio ao mundo de improviso, ele é o “cordeiro que foi morto antes da
fundação do mundo” (Ap 13. 8).
O
mundo foi preparado para a vinda do Cristo (havia uma língua universal – o
grego. Os romanos construíram estradas e estabeleceram a pax romana que
facilitariam a expansão do evangelho). Como disse Paulo, Jesus nasceu na
plenitude dos tempos (Gl 4. 4).
Esse
verso 15 também nos dá conta do conteúdo da mensagem desse evangelho
“Arrependei-vos!”. O conteúdo da mensagem do evangelho não é, pasmem, “Jesus te
ama”, não é “Jesus vai resolver os seus problemas”, não é “Jesus vai te curar”,
não! É Arrependei-vos!
Arrependimento
não é meramente tristeza pelas consequências dos seus atos (algo que
posteriormente passará), mas conforme diz o nosso breve catecismo na pergunta
87:
“ Arrependimento para a vida é uma graça salvadora
pela qual o pecador, tendo um verdadeiro sentimento do seu pecado e percepção
da misericórdia de Deus em Cristo, se enche de tristeza e de horror pelos seus
pecados, abandona-os e volta para Deus, inteiramente resolvido a prestar-lhe
nova obediência”.
III- É JESUS QUEM CHAMA EFICAZMENTE OS SEUS DISCÍPULOS (v.
16-20).
(v. 16) Caminhando junto do mar da
Galiléia, viu os irmãos Simão e André que lançavam a rede ao mar, porque eram
pescadores.
(v. 17) Disse-lhes Jesus: Vinde
após mim, e eu vos farei pescadores de
homens.
(v. 18) Então, eles deixaram
imediatamente as redes e o seguiram.
(v. 19) Pouco mais adiante, viu
Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco consertando as
redes, (v. 20) E logo os chamou. Deixando eles no barco a seu pai Zebedeu com
os empregados, seguíram após Jesus.
Na cultura judaica, assim como na Grécia antiga, eram os pupilos que buscavam um mestre que pudesse ensiná-los. Contudo, a história da salvação é uma história de Deus chamando o seu povo. Isso é muito claro nas escrituras (só a igreja moderna que acha o contrário). Esses homens, assim como nós ouviram a chamada interna do evangelho, ou seja, revelaram que eram de Deus. Jesus disse: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem” (Jo 10. 27).
Na cultura judaica, assim como na Grécia antiga, eram os pupilos que buscavam um mestre que pudesse ensiná-los. Contudo, a história da salvação é uma história de Deus chamando o seu povo. Isso é muito claro nas escrituras (só a igreja moderna que acha o contrário). Esses homens, assim como nós ouviram a chamada interna do evangelho, ou seja, revelaram que eram de Deus. Jesus disse: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem” (Jo 10. 27).
Esses homens não ouviram uma pregação elaborada com
argumentos persuasivos ou convincentes, eles ouviram o chamado eficaz. Observe
que esse chamado não se dirigiu a todos que estavam ali mas somente aqueles que
Cristo quis (v. 20) o pai de Tiago e de João, Zebedeu, juntamente com os seus
empregados não seguiram a Cristo.
IV-UM CHAMADO PARA SERMOS IMITADORES DE CRISTO
A raiz da palavra discípulo significa “seguidor”. Como diz um
professor meu do seminário: “alguém só deverá ser considerado discípulo de
alguém, se estiver disposto a levar adiante a causa do seu mestre”.
Fomos criados à imagem de Deus, e não fosse o pecado,
imitaríamos naturalmente a Deus. Ser discípulo é ser um imitador de Cristo.
A semelhança do discípulo com o seu mestre já começa no
chamado. Primeiro, ele precisa deixar alguma coisa, ou até mesmo alguém para
seguir ao seu mestre. Segundo, ele deverá fazer o que o seu mestre fez. O
chamado dos discípulos é para ser “pescadores de homens”. Somos chamados para
anunciar “as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”
(1 Pe 2. 9).
Estamos fazendo isso?
Estamos imitando a Cristo?
Por último, esse é um chamado radical. Esses quatro discípulos que aparecem no texto foram martirizados. Isso nos ensina que a nossa imitação
de Cristo deve, se isso for exigido de nós, ser levada até as últimas consequências Que Deus nos ajude!
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