A Bíblia revela que o pecado original afastou o homem de Deus, além de trazer morte e condenação. Não
obstante, o SENHOR foi à busca do transgressor e prometeu enviar a semente da
mulher para ferir mortalmente Satanás (Gn.
3: 15).
Com o objetivo de cumprir a referida promessa e trazer
salvação para o seu povo, Deus firmou um pacto ou aliança com os seus
escolhidos, denominado aliança ou pacto da graça. Hoje, nós vamos refletir um
pouco a respeito desta aliança.
ELUCIDAÇÃO:
Em conformidade com o texto, a aliança que Deus declara a
Abrão é apresentada em dois estágios, inicialmente, a Aliança está
relacionada com a promessa anterior (Gn. 12) de fazer de Abrão uma grande nação
a partir de um descendente.
O segundo estágio da promessa de Deus é sobre a terra, ao que a
promessa de Deus encontra o coração de Abrão fiel.
EXPOSIÇÃO:
1. Aliança Relativa à Semente (vs. 1-5).
Depois da guerra, Deus fala com Abrão, indicando que o mesmo
é profeta do SENHOR. Em Sua fala, Deus motiva a fé de Abraão ao declarar que
será sempre com ele, protegendo-o e garantindo-lhe a recompensa (vs. 1).
A resposta de Abrão é desanimadora, o servo de Deus coloca
diante do Senhor sua queixa, embora reconheça a Soberania de Deus, Abrão achava
que o seu mordomo Eliezer seria o herdeiro da promessa de Deus (vs. 2, 3).
O Eterno diz que Eliezer não será o receptor da promessa (vs. 4) e oferece garantias a Abraão
através de uma promessa e de uma representação simbólica (vs. 5, ler), essa metáfora é uma garantia do poder criativo e
soberano de Deus.
Abraão confiou, mesmo porque Deus é confiável e fidedigno. E
Deus computa, leva em consideração a fé de Abraão na promessa e o justifica (vs. 6).
2. Aliança Referente à Terra (vs. 7-21).
O texto começa com palavra do Todo-Poderoso, declarando que
tirou Abraão de Ur dos Caldeus, para dar-lhes a terra por herança. Ou seja, o
Senhor não o deixaria confuso, não o desprezaria, pois o Soberano arrancou Abraão
do seu pecado com o propósito de lhe dar a terra, firmando com o mesmo uma
aliança eterna (vs. 7).
Entendemos que o pedido de Abraão por um sinal é motivado por
fé, Abraão desejava saber apenas a forma como Deus faria.
Deus ordena que Abraão faça-lhe sacrifícios e Abrão assim
procede. Contudo, Abraão precisava ter cuidado para não ter roubada a carne do
sacrifício, Abraão teve que enxotar as aves de rapina, de acordo com o relato
subsequente, aves de rapina pode ser símbolo de Faraó ou do Egito que ameaçarão
o surgimento da Nação. (vs.9-11).
Os termos utilizados na segunda parte do capítulo 15
mostram-nos que o sono divinamente induzido pode também simbolizar a morte (vs. 12)
Em conformidade com a profecia, a posteridade de Abrão será
escravizada no Egito por 400 anos, este é um número redondo para uma figura
mais precisa de 430 anos (vs. 13).
Deus não está alheio ao sofrimento do seu povo, punirá os
egípcios pelos maus tratos aos israelitas e Abraão morrerá em ditosa velhice (vs. 14, 15). O Senhor fará isso,
depois de um ciclo de tempo, Deus os desapossará em favor dos seus eleitos (vs. 16).
O Senhor Deus faz uma aliança unilateral com Abraão. Os dois
elementos do versículo 17, são
símbolos da presença divina. Quando Deus passa entre os pedaços daqueles
animais, Ele está impetrando uma maldição sobre si mesmo, caso não mantenha a
aliança.
Uma vez que o animal era morto, aquele com quem se fazia
aliança podia esperar o mesmo destino do animal caso quebrasse a aliança. E
Deus passou sozinho por entre os pedaços do sacrifício. Mostrando que cumpriria
sua parte na aliança.
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