segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O Propósito de Deus- Gn. 2: 4 – 25


INTRODUÇÃO

Hoje nós vamos estudar sobre os detalhes da criação do homem e da mulher. Contudo, o nosso objetivo principal é transmitir para os irmãos e amigos a respeito do propósito para o qual Deus nos criou. Você já refletiu sobre este propósito?
O nosso Catecismo Maior responde a esse questionamento logo no início, vejamos:

Qual é o fim supremo e principal do homem?

Resposta. O fim supremo e principal do homem e glorificar a Deus e gozá-lo para sempre.
Quero lhes dizer que nós temos um ideal divino a cumprir nesta vida que se estende pela eternidade e apenas quando conhecemos e praticamos este ideal podemos viver plenamente felizes e satisfeitos.

ELUCIDAÇÃO

Nós vamos conhecer sobre este ideal de Deus a partir do texto em apreciação. Porém, antes de analisamos o texto lido, desejo esclarecer que a unidade narrativa deste texto vai até o capítulo 3 e versículo 24, mas, com o objetivo de analisar melhor o texto, hoje vamos observar apenas o texto que foi lido.

“Esta é a história das origens dos céus e da terra, no tempo em que foram criados: Quando o Senhor Deus fez a terra e os céus” (vs. 4). Em outras palavras, isto é o que aconteceu ao universo depois que Deus criou tudo muito bom. O Relato mostra que Deus colocou o homem num lindo jardim, deu-lhe todas as condições necessárias para que o mesmo vivesse bem, mas ele pecou, e por isso foi expulso desse jardim.

Nós vimos que no capítulo primeiro, Deus é apresentado como o Rei Onipotente, fala e acontece. Aqui o Senhor é descrito em termos mais íntimos como o oleiro que se inclina e molda um delicado objeto (vs. 7), como o jardineiro que planta um jardim (vs. 8) e como um escultor que modela a mulher da costela do homem (vs. 21, 22).

Em todo texto, podemos observar Deus cuidando muito bem do homem e proporcionando todos os meios precisos para que o ser humano vivesse o ideal para o qual fora criado. Vejamos o que Deus lhes proporcionou:

1.       Um Cenário Ideal;

No versículo 5 o narrador introduz um nome adicional para Deus, ou seja: SENHOR, que designa aquele que inicia um compromisso pactual e que administra esse pacto através da humanidade escolhida.

Inicialmente, o papel dos seres humanos é trabalhar a terra, o papel de Deus é provê-la de chuva, como não existia o homem, então Deus não havia determinado a chuva. Porém, a terra era beneficiada pelas águas subterrâneas que emanavam e irrigavam a terra (vs.6).

O ponto central do versículo 7, não é exatamente como Deus fez o homem, mas que ele é fito do pós terra. Ou seja, os seres humanos não são deuses, como alguns povos antigos acreditavam que eram os seus reis. O homem é feito de terra, ele é frágil.

Mas, ainda assim, são criaturas especiais de Deus. Porque o próprio Deus cuidadosamente modelou o primeiro homem como um belo vaso. E com outro toque especial, lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, a vida é um ato de doação vinda de Deus. E o homem passou a viver.

Nos versículos 8 e 9, a Bíblia nos informa que o Senhor plantou um magnífico jardim na terra. O jardim é um verdadeiro paraíso. Em todo o Antigo Testamento o jardim é referido como o jardim do Senhor (Gn. 13: 10; Is. 51: 3). Exatamente como mais tarde o tabernáculo e o templo, ou seja, esse jardim e a habitação especial de Deus na terra.

Mas o jardim é mais do que um símbolo, nos versículos 10 – 14 o narrador detalha a sua relativa localização falando sobre quatro rios e três países. O paraíso era na terra. Conforme a menção dos rios Tigre e Eufrates no versículo 14 indica que o jardim estava situado na Mesopotâmia, talvez na Turquia ou Iraque de hoje.

O jardim é representado como um lugar belo e tranquilo onde o homem pode interagir intimamente com Deus e desfrutar as suas boas dádivas (vs. 9). E no meio do jardim a árvore da vida, aparentemente uma árvore cujo fruto poderia mantê-lo vivo para sempre.

APLICAÇÃO: Aqueles que estão em Cristo haverão de desfrutar do paraíso restaurado, pois aguardamos novos céus e nova terra.

2.       Um Trabalho Ideal;

Conforme o versículo 15, o trabalho é um dom de Deus, não um castigo pelo pecado. Mesmo anterior a queda, a humanidade tem deveres a cumprir. O trabalho, até mesmo no paraíso dá sentido e propósito à vida humana.

APLICAÇÃO: O problema é que o mundo de hoje considera o trabalho como maldição. E o antigo conceito de trabalho foi substituído pelo conceito de ganhar dinheiro. E quanto mais fácil melhor.

Em seguida, Deus lhes dar uma ordem: E o Senhor Deus ordenou ao homem: "Coma livremente de qualquer árvore do jardim, mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá" (vs. 16, 17). Eles tem total liberdade para comer de toda árvore do jardim, o que incluía a árvore da vida, só existia uma proibição. Neste estágio, Deus trata o homem como um agente moral que pode optar por obedecer a Deus espontaneamente.

Estar diante do homem continuar em comunhão com Deus pela obediência ou quebrar essa comunhão pela desobediência ao seu mandamento. O que acontecerá? Veremos no capítulo três.

3.       Um Casamento Ideal;

A constatação divina: “não é bom que o homem esteja só, far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (vs. 18). Deus não nos fez para sermos uma ilha. Deus cria a mulher para ajudar Adão, isto é, para honrar a sua vocação, desfrutar do jardim e respeitar a proibição.

O termo: “Auxiliadora” pressupõe que o homem tem prioridade governamental, porém ambos os sexos são mutuamente dependentes. A palavra “idônea” significa igual e adequado, ou seja, homens e mulheres diferem em sexualidade, porém, são iguais como portadores da imagem divina e em sua condição diante de Deus.

Então, Deus deixou que todos os animais passassem diante de Adão, mas não se achava uma auxiliadora idônea (vs. 20). Os animais são inferiores aos seres humanos. Somente os seres humanos foram feitos a imagem de Deus e receberam autoridade para dominar.

Sendo assim, Deus volta a trabalhar, dessa vez formando uma mulher da costela de Adão (vs. 21, 22). Nas famosas palavras de Matthew Henry: “a mulher não é feita da sua cabeça para estar acima dele, nem de seus pés para ser pisada por ele, mas de seu lado para ser sua correspondente, de debaixo de seu braço para ser protegida e de perto de seu coração para ser amada”.

Agora Adão fica maravilhado e diz: Disse então o homem: "Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada" (vs.23).

O texto mostra quão próximos homens e mulheres estão relacionados: a mesma carne, os mesmos ossos, mas o sexo oposto. E se complementam perfeitamente.

Vejamos o versículo 24: “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne”.

Conforme o versículo 25, Nesse estado ideal, homem e mulher viam suas pessoas e sexualidade com integridade e por isso não sentiam vergonha de sua nudez. Essa declaração deve ter sido espantosa para Israel, pois tinham um forte senso de pudor. Mas, isto foi antes do pecado.

APLICAÇÃO: Podemos perceber o ideal de Deus para o casamento, monogâmico, heterossexual e plenamente satisfatório para ambos os sexos. Observamos ainda que para o casamento ser efetuado é necessário responsabilidade e maturidade.

Através de Jesus Cristo podemos desfrutar de satisfação no casamento, O nosso Senhor também é poderoso para restaurar casamentos.

CONCLUSÃO

Você tem cumprido o propósito para o qual foi criado? Em Jesus Cristo, Deus providenciou tudo o necessário para vivermos para sua glória novamente. Que Deus nos abençoe!

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