INTRODUÇÃO
Hoje nós vamos estudar sobre os
detalhes da criação do homem e da mulher. Contudo, o nosso objetivo principal é
transmitir para os irmãos e amigos a respeito do propósito para o qual Deus nos
criou. Você já refletiu sobre este propósito?
O nosso Catecismo Maior responde
a esse questionamento logo no início, vejamos:
Resposta. O fim supremo e principal do homem e glorificar a Deus e gozá-lo para sempre.
Quero lhes dizer que nós temos um
ideal divino a cumprir nesta vida que se estende pela eternidade e apenas
quando conhecemos e praticamos este ideal podemos viver plenamente felizes e
satisfeitos.
ELUCIDAÇÃO
Nós vamos conhecer sobre este
ideal de Deus a partir do texto em apreciação. Porém, antes de analisamos o
texto lido, desejo esclarecer que a unidade narrativa deste texto vai até o
capítulo 3 e versículo 24, mas, com o objetivo de analisar melhor o texto, hoje
vamos observar apenas o texto que foi lido.
“Esta é a história das origens dos céus e da terra, no tempo em que
foram criados: Quando o Senhor Deus fez a terra e os céus” (vs. 4). Em outras palavras, isto é o
que aconteceu ao universo depois que Deus criou tudo muito bom. O Relato mostra
que Deus colocou o homem num lindo jardim, deu-lhe todas as condições
necessárias para que o mesmo vivesse bem, mas ele pecou, e por isso foi expulso
desse jardim.
Nós vimos que no capítulo
primeiro, Deus é apresentado como o Rei Onipotente, fala e acontece. Aqui o
Senhor é descrito em termos mais íntimos como o oleiro que se inclina e molda
um delicado objeto (vs. 7), como o
jardineiro que planta um jardim (vs. 8)
e como um escultor que modela a mulher da costela do homem (vs. 21, 22).
Em todo texto, podemos observar
Deus cuidando muito bem do homem e proporcionando todos os meios precisos para
que o ser humano vivesse o ideal para o qual fora criado. Vejamos o que Deus
lhes proporcionou:
1.
Um
Cenário Ideal;
No versículo 5 o narrador introduz um nome adicional para Deus, ou
seja: SENHOR, que designa aquele que inicia um compromisso pactual e que
administra esse pacto através da humanidade escolhida.
Inicialmente, o papel dos seres
humanos é trabalhar a terra, o papel de Deus é provê-la de chuva, como não
existia o homem, então Deus não havia determinado a chuva. Porém, a terra era
beneficiada pelas águas subterrâneas que emanavam e irrigavam a terra (vs.6).
O ponto central do versículo 7, não é exatamente como Deus fez o
homem, mas que ele é fito do pós terra. Ou seja, os seres humanos não são
deuses, como alguns povos antigos acreditavam que eram os seus reis. O homem é
feito de terra, ele é frágil.
Mas, ainda assim, são criaturas
especiais de Deus. Porque o próprio Deus cuidadosamente modelou o primeiro
homem como um belo vaso. E com outro toque especial, lhe soprou nas narinas o
fôlego de vida, a vida é um ato de doação vinda de Deus. E o homem passou a
viver.
Nos versículos 8 e 9, a Bíblia nos informa que o Senhor plantou um
magnífico jardim na terra. O jardim é um verdadeiro paraíso. Em todo o Antigo
Testamento o jardim é referido como o jardim do Senhor (Gn. 13: 10; Is. 51: 3). Exatamente como mais tarde o tabernáculo e
o templo, ou seja, esse jardim e a habitação especial de Deus na terra.
Mas o jardim é mais do que um
símbolo, nos versículos 10 – 14 o
narrador detalha a sua relativa localização falando sobre quatro rios e três
países. O paraíso era na terra. Conforme a menção dos rios Tigre e Eufrates no versículo 14 indica que o jardim estava
situado na Mesopotâmia, talvez na Turquia ou Iraque de hoje.
O jardim é representado como um
lugar belo e tranquilo onde o homem pode interagir intimamente com Deus e
desfrutar as suas boas dádivas (vs. 9).
E no meio do jardim a árvore da vida, aparentemente uma árvore cujo fruto
poderia mantê-lo vivo para sempre.
APLICAÇÃO: Aqueles que estão em Cristo haverão de desfrutar do
paraíso restaurado, pois aguardamos novos céus e nova terra.
2.
Um
Trabalho Ideal;
Conforme o versículo 15, o trabalho é um dom de Deus, não um castigo pelo
pecado. Mesmo anterior a queda, a humanidade tem deveres a cumprir. O trabalho,
até mesmo no paraíso dá sentido e propósito à vida humana.
APLICAÇÃO: O problema é que o mundo de hoje considera o trabalho
como maldição. E o antigo conceito de trabalho foi substituído pelo conceito de
ganhar dinheiro. E quanto mais fácil melhor.
Em seguida, Deus lhes dar uma
ordem: E o Senhor Deus ordenou ao homem:
"Coma livremente de qualquer árvore do jardim, mas não coma da árvore do
conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você
morrerá" (vs. 16, 17). Eles
tem total liberdade para comer de toda árvore do jardim, o que incluía a árvore
da vida, só existia uma proibição. Neste estágio, Deus trata o homem como um
agente moral que pode optar por obedecer a Deus espontaneamente.
Estar diante do homem continuar
em comunhão com Deus pela obediência ou quebrar essa comunhão pela
desobediência ao seu mandamento. O que acontecerá? Veremos no capítulo três.
3.
Um
Casamento Ideal;
A constatação divina: “não é bom que o homem esteja só,
far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (vs. 18). Deus não nos fez para sermos uma ilha. Deus cria a mulher
para ajudar Adão, isto é, para honrar a sua vocação, desfrutar do jardim e
respeitar a proibição.
O termo: “Auxiliadora”
pressupõe que o homem tem prioridade governamental, porém ambos os sexos são
mutuamente dependentes. A palavra “idônea”
significa igual e adequado, ou seja, homens e mulheres diferem em sexualidade,
porém, são iguais como portadores da imagem divina e em sua condição diante de
Deus.
Então, Deus deixou que todos os
animais passassem diante de Adão, mas não se achava uma auxiliadora idônea (vs. 20). Os animais são inferiores aos
seres humanos. Somente os seres humanos foram feitos a imagem de Deus e
receberam autoridade para dominar.
Sendo assim, Deus volta a
trabalhar, dessa vez formando uma mulher da costela de Adão (vs. 21, 22). Nas famosas palavras de Matthew Henry: “a mulher não é feita da sua cabeça para estar acima dele, nem de seus
pés para ser pisada por ele, mas de seu lado para ser sua correspondente, de
debaixo de seu braço para ser protegida e de perto de seu coração para ser
amada”.
Agora Adão fica maravilhado e
diz: Disse então o homem: "Esta,
sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher,
porque do homem foi tirada" (vs.23).
O texto mostra quão próximos
homens e mulheres estão relacionados: a mesma carne, os mesmos ossos, mas o
sexo oposto. E se complementam perfeitamente.
Vejamos o versículo 24: “Por essa
razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão
uma só carne”.
Conforme o versículo 25, Nesse estado ideal, homem e mulher viam suas pessoas
e sexualidade com integridade e por isso não sentiam vergonha de sua nudez. Essa
declaração deve ter sido espantosa para Israel, pois tinham um forte senso de
pudor. Mas, isto foi antes do pecado.
APLICAÇÃO: Podemos perceber o ideal de Deus para o casamento,
monogâmico, heterossexual e plenamente satisfatório para ambos os sexos.
Observamos ainda que para o casamento ser efetuado é necessário
responsabilidade e maturidade.
Através de Jesus Cristo podemos
desfrutar de satisfação no casamento, O nosso Senhor também é poderoso para
restaurar casamentos.
CONCLUSÃO
Você tem cumprido o propósito
para o qual foi criado? Em Jesus Cristo, Deus providenciou tudo o necessário
para vivermos para sua glória novamente. Que Deus nos abençoe!
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