segunda-feira, 24 de junho de 2013

A ESCOLHA DE JACÓ É FRUTO DA GRAÇA SOBERANA DE DEUS - Gn 25: 19 – 34

EXPOSIÇÃO:  
   
Isaque, Filho de Abraão (vs. 19, 20)

O texto nos mostra o trato de Deus com os antepassados de Israel (vs. 19), o autor sacro quer enfatizar a história de Abraão, as dificuldades, as derrotas e as vitórias do Pai da Fé.

Em seguida, o narrador lembra a Israel e a nós do casamento de Isaque e Rebeca (vs. 20), depois de sermos lembrados da providência de Deus ao guiar o servo até uma esposa apropriada para Isaque e o casamento do filho da promessa e sua noiva, ficamos na expectativa de ouvir a cerca de filhos.

A Esterilidade de Sara (vs. 21)

Contudo, para nossa surpresa, há a informação de que Rebeca é estéril. Exatamente como Sara antes dela. Mas, em contraste com o espaço que foi dedicado a esterilidade de Sara, o narrador gasta pouco tempo ao se referir a esterilidade de Rebeca.

No entanto, há um enfoque que é o Senhor que, em resposta à oração, reverte a esterilidade de Rebeca (vs. 21). Com o seu poder de fazer milagres, o Deus fiel dá continuidade a semente da mulher.

Problemas na Gravidez (vs. 22, 23)

Mas ao invés de se alegrar, Rebeca fica angustiada, pois a gravidez é altamente dolorosa, “pois os filhos lutavam no ventre de Rebeca”, ocasionando dores terríveis, as dores são tantas que Rebeca se desespera da vida.

Porém, ao consultar ao Senhor em oração, Deus lhe responde: “Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas, e um povo será mais forte do que o outro povo, e o mais velho servirá ao mais novo”.
Então, são duas nações, mas divididas. Uma mais forte que a outra e o mais velho servindo ao mais moço.

O mais velho servindo ao mais moço não era normal no contexto Vétero Testamentário, pois a lei da primogenitura favorecia o filho mais velho (Dt. 21: 15-17). Ou seja, o fato da profecia afirmar que o mais moço dominará indica Soberania e Graça de Deus.

O Nascimento de Gêmeos (vs. 24 – 26)

O primeiro filho era ruivo, uma descrição que formou a base dos filhos de Esaú, os edomitas, arqui-inimigos de Israel (vs. 25).

Jacó é descrito em termos de atitudes, não de características, ele é descrito como um “agarrador de calcanhar”. Ambas as descrições não são elogiosas.

O Conflito Entre Isaque e Rebeca (vs. 27, 28)

Conforme o versículo 27, apesar de gêmeos, os dois irmãos são bem diferentes, tanto no aspecto físico como no que se refere a personalidade, carácter e habilidades.

A diferença entre eles se torna ainda mais notável no versículo 28. Isaque demonstrava preferência por Esaú, pois saboreava de sua caça. Rebeca amava a Jacó.

Talvez essa preferência por parte dos pais em relação aos filhos, tenha motivado algumas brigas familiares.

Esaú Vende o Direito de Primogenitura (vs. 29 – 34)   
  
O texto nos mostra que Jacó havia feito um cozinhado vermelho, quando Esaú chegou em casa com muita fome e queria degustar aquela comida (vs. 29).
Jacó propõe um negócio (vs. 31) = “Então disse Jacó: Vende-me hoje a tua primogenitura”, Jacó quer adquirir o direito de primogenitura que pertencia a Esaú. Jacó explora de maneira impiedosa a fraqueza e necessidade do seu irmão.

Esaú responde (vs. 32) = “Eis que estou a ponto de morrer; para que me servirá a primogenitura”?

Jacó vê sua chance de amarrar o trato fazendo-o jurar, o juramento faz do trato um compromisso legalmente válido. Esaú jurou e vendeu o seu direito de primogenitura (vs. 33 b). Jacó detém agora a posse do direito de primogenitura.

Vejamos o versículo 34, é um fim trágico para Esaú, “comeu e bebeu, levantou-se e saiu”, quatro verbos ligeiros, Esaú satisfez o seu apetite físico e levantou-se e saiu. Por um instante de autogratificação, ele desprezou o direito de primogenitura.

APLICAÇÃO:

1.      A Família Eleita Deve Depender Inteiramente da Graça de Deus.

Extraímos esta lição ao observarmos o casal Isaque e Rebeca. Isaque é o filho da promessa, Rebeca é de boa descendência, mas há esterilidade na melhor combinação possível.

Ou seja, o casal escolhido por Deus precisa confiar sempre e inteiramente no SENHOR. Assim, também é conosco, não confiemos em nossa própria capacidade ou entendimento, mas, depositemos a nossa confiança inteiramente no Deus Todo-Poderoso.

2.      Devido a Condição Humana, a Salvação é Pela Graça Soberana de Deus.

Em relação aos filhos gêmeos, Esaú e Jacó, não havia um que fosse melhor do que o outro. Ambos eram pecadores. Esaú não valorizou sua primogenitura, Jacó explorou uma situação para se apropriar da bênção da primogenitura. Ou seja, ambos são indignos.

Sendo assim, Jacó é abençoado por causa da ação graciosa e misericordiosa de Deus, não por que houvesse algo bom nele.
A situação do ser humano é a mesma encontrada em Jacó e Esaú. Somos pecadores, o homem está distante de Deus, morto em seus delitos e pecados, sem condições de reivindicar nada em seu favor, pois sobre ele repousa a ira de Deus. Por isso, a salvação é obra da graça de Deus, não existe mérito humano.
3.      Deus Na Sua Graça Soberana Salva Pecadores Indignos.

Analisando os dois irmãos, embora, ambos fossem indignos, Jacó era o que menos merecia a bênção, pois ele nasceu depois de Esaú, mas Deus o abençoou e já havia dito que o “mais velho serviria ao mais moço”.

Isso aconteceu outras vezes na Bíblia, Deus escolheu Abel em vez de Caim. Isaque em vez de Ismael. José em vez de seus irmãos. Davi em vez de Eliabe, etc.

Deus escolhe os menos prováveis, os mais fracos, os menos dignos, os que se reconhecem de fato pecadores e são sabedores que não há merecimento humano, apenas vergonha e opróbrio, a esses, Deus concede o reino mediante Jesus Cristo.

CONCLUSÃO:

Graças a Deus que nos alcançou de uma maneira tão maravilhosa, Ele nos salvou apesar de nós. Que a cada dia expressemos nossa gratidão ao Senhor, vivendo de modo agradável a Deus e anunciando que Deus salva pecadores indignos.

Quanto a você que não teve ainda uma experiência de salvação com o Senhor. Você precisa arrepender-se dos seus pecados, da sua autoconfiança e confiar apenas em Deus para Salvação.


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