domingo, 11 de novembro de 2012

O JUÍZO DIVINO E A PRESERVAÇÃO DE UM REMANESCENTE SANTO


TEXTOS: Gn. 6: 11-14, 18, 19; 7: 11, 12; 8: 1.

INTRODUÇÃO:

Do homicídio de Caim e da jactância do assassino Lameque, Gênesis 6 continua a desenvolver o tema do alastramento do pecado e da violência sobre a terra.

O relato do dilúvio manifesta as consequências finais do pecado e violência humanas: o juízo de Deus e a morte.

Contudo, quando olhamos para o enredo, vemos que a narrativa que começa com o dilúvio como juízo de Deus, inclina-se para sua misericórdia, pois através da aliança que Deus estabelece com Noé, o Soberano Senhor preserva um remanescente, para a partir de então, manter a regularidade da sua criação.

ELUCIDAÇÃO:

Sabemos que esta história fora contada para Israel por Moisés. Se Israel ouviu essa mensagem pela primeira vez quando estava em Moabe depois de peregrinar 40 anos no deserto.

Essa geração havia testemunhado a condenação de Deus em seus pais que morreram no deserto por causa das suas iniquidades.

Qual seria a compreensão deles diante da mensagem? Como eles reagiriam a esta mensagem? Será que não veriam a si mesmos como outro remanescente, com o qual Deus estava em vias de entrar na Terra Prometida?
O objetivo do narrador então seria o de encorajar Israel com a mensagem de que Deus, apesar de condenar a impiedade, na sua graça salvará um remanescente para dar continuidade ao seu bom reino na terra.

1.      O Caráter de Noé e a Impiedade de Seus Contemporâneos (vs. 9, 11 e 12).

Noé foi um homem que andou com Deus, o versículo 9 descreve em ordem crescente o caráter de Noé.

A descrição do caráter de Noé contrasta com a violência e iniquidade de seus contemporâneos, podemos observar isto nos versículos 11 e 12. A terra não honrava mais ao seu Rei Criador, não era mais uma manifestação do bom reino de Deus.

O mundo de hoje é exatamente como era na época de Noé, o ser humano é egoísta, violento, não honra e nem reconhece em Deus o seu Senhor e Criador.

2.      O Juízo Divino Sobre os Ímpios (vs. 13; Gn. 7: 4)

Deus odeia o pecado e o condena. O Juiz celestial viu a prova da maldade e decretou a sentença (vs. 13; Gn. 7: 4, 12, 21 e 22).

Quarenta dias e quarenta noites indicam um período específico e crítico (vs. 4, 12), a terra corrompida estará debaixo do juízo de Deus. O juízo será rigoroso e completo.

Aquele que deu as criaturas o fôlego de vida, achou apropriado tomá-lo, o juízo de Deus está completo (vs. 21 e 22).

O diluvio não é um acidente, é um ato deliberado de Deus para destruir aquilo que se tornara odioso e mau.

3.      A Aliança de Deus Com Noé e a Preservação do Remanescente Santo (vs. 18; Gn. 8: 1).

Mas, o juízo de Deus está impregnado de graça redentora. Deus intenta salvar um remanescente, por isso, Deus orienta Noé que faça uma arca, uma enorme embarcação com 135 metros de cumprimento, 23 metros de largura e 14 metros de altura (vs. 14 – 16). Noé obedece as ordens de Deus sem questionar (cf. 6: 22; 7: 5, 9, 16; 8: 18).

Diz ainda o versículo 18: “Mas contigo estabelecerei a minha aliança; e entrarás na arca, tu e os teus filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos contigo”.

“Estabelecerei a minha aliança”, indica que a aliança é do SENHOR e que a mesma é anterior a Noé, ou seja, a antiga aliança adâmica seria firmada com Noé e tudo aquilo que Deus havia confiado e exigido de Adão seria devolvido a Noé e aos seus descendentes.

Deus promete conservar em vida Noé, sua família e todas as criaturas que entrarem na arca (vs. 18 – 20). A arca serviria como uma cápsula de salvamento que conservará os seres humanos vivos, bem como, as aves e os animais.

Depois de entrarem na arca, Noé, sua família e os animais, Deus fecha a porta da arca (vs. 16), cresceram as águas e levantou a arca de sobra a terra. Embora, balançando em meio ao perigoso dilúvio a arca ergue-se acima do juízo de Deus.

O narrador agora nos mostra o desfecho (Gn. 8: 1), quando Deus “lembra-se” de alguém, lembra-se para salvar (cf. Gn. 19: 29; 30: 22).
Gênesis 8, procura mostrar que Deus está fazendo um novo começo com Noé e com as criaturas na arca com ele. Noé é o novo Adão de uma criação renovada. Deus está recomeçando com a semente da mulher.

APLICAÇÃO:

1.      A Indiferença e Incredulidade do Ser Humano Diante da Mensagem Divina, Não Evita o Juízo Vindouro.

A época em que vivemos hoje não difere em nada da época de Noé (pregoeiro da justiça 2 Pe. 2: 5), o homem continua mau, violento, egoísta, indiferente e incrédulo diante da Palavra de Deus. Mas, esse comportamento reprovável não passará impune, por mais que o homem negue e tente se esquivar, Deus trará juízo.

2.      O Juízo Através do Dilúvio Aponta Para o Juízo Repentino e Final de Deus.

Deus odeia o pecado e o condena. Vejamos o que diz a Palavra: “E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem” (Mateus 24:37-39).

3.      Através de Noé Deus Preserva o Remanescente Santo, Em Jesus Cristo Deus Preserva o Seu Povo e a Sua Criação.

Jesus Cristo entregou-se na Cruz do Calvário para fazer do pecador perdido uma nova criatura (2 Co. 5: 17), Jesus foi morto para que através da sua morte fossemos vivificados. Então, você que nos visita, precisa arrepender-se dos seus pecados e crê que o sacrifício de Cristo foi em seu favor, apenas assim, você se livrará da ira vindoura.

Aqueles que já colocaram sua fé em Jesus Cristo fazem parte do povo de Deus, é o remanescente santo do Senhor, tem da parte de Deus a Vida eterna.

CONCLUSÃO:

Qual é a sua reação diante da mensagem de Deus? Você dará crédito, ou agirá com indiferença e incredulidade como fizeram os contemporâneos de Noé?



                                                                                                     

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