INTRODUÇÃO:
John Huss
(1369-1415) foi um homem de origem simples. Nasceu no
vilarejo de Hussinecz, sul da Boêmia. Seus pais eram camponeses. Sua mãe, muito
religiosa, quis que o filho fosse sacerdote, mas seu interesse por Deus veio quando
ele começou a estudar mais profundamente a respeito da Bíblia.
Assim,
formou-se na universidade, tornou-se Mestre e dirigente da Capela de Belém, em
Praga, cidade importante em seu país.
Huss foi um
servo dedicado. Sua preocupação era agradar a Deus com uma vida de comunhão e
prover sólida alimentação espiritual ao povo. Criticava duramente os líderes da
Igreja por usarem seus ofícios em benefício próprio, vivendo no conforto e na
imoralidade.
Huss,
influenciado pelos escritos de John Wycliff, tornava-se cada vez mais um
apaixonado pela reforma da Igreja de Jesus Cristo.
Em 1405
declarou que a suposta aparição do sangue de Cristo nos elementos da comunhão
não passava de embuste. Em seus sermões, condenava o pecado dos padres, bispos
e arcebispos. Declarava que os crentes tinham o mesmo direito que os sacerdotes
de participarem do cálice na ceia, e não somente do pão. Ridicularizava o
pretenso poder dos sacerdotes de concederem o Espírito Santo a uma pessoa ou
mandarem-na para o inferno.
Foram muitas
e duras às críticas expostas por Huss do púlpito de sua igreja e da tinta de
sua pena. Huss via a Igreja de Cristo em uma situação de calamidade e não pôde
se conter diante de tantas irregularidades.
Em 1412, o
papa João XXIII proclamou uma cruzada contra o rei Nápoles, que tornara-se
rebelde. Para levantar fundos contra a guerra, o papa institui a venda de
indulgências (perdão) em larga escala por todo o império. Huss ficou
horrorizado com isso e declarou: “mesmo que o fogo para queimar o meu corpo seja
colocado diante dos meus olhos, eu não obedecerei”. E ainda, diante de grande
pressão, declarou: “Ficarei em silêncio? Deus não permita! Ai de mim, se me
calar. É melhor morrer, do que não me opor diante desta impiedade, o que me
faria participante da culpa e do inferno.”
Depois de
ter sido excomungado 4 vezes, John Huss foi preso e ficou nesta condição vários
meses aguardando o seu julgamento, as condições na sela eram tão precárias que
Huss ficou seriamente enfermo e quase morreu.
Finalmente,
quando Huss foi chamado ao Concílio. Advertiram: “Reconsidere seus escritos, ou
morre”. Huss não voltou atrás. Então, rasgaram suas vestes e colocaram em sua
cabeça uma mitra de papel com 3 demônios desenhados e escrito “Eis um herege”.
Acompanhado por uma multidão, Huss, amarrado e puxado pela ruas de Constança
foi ao local de sua morte.
Na presença
de homens, mulheres, velhos e crianças, Huss foi amarrado numa estaca e lhe
deram mais uma oportunidade para rever seu ensino. Mas em um grito respondeu:
“Deus é minha testemunha de que a principal intenção foi tão somente libertar
os homens de seus pecados e baseado na verdade do Evangelho que preguei e
ensinei, estou realmente feliz em morrer hoje.” Com estas palavras um sinal foi
dado ao executor que acendeu a fogueira. Por entre chamas e fumaças Huss entoou
uma melodia “Jesus, Filho do Deus vivo, tem misericórdia de mim.” Huss morreu
cantando.
ELUCIDAÇÃO:
Neste relato da genealogia de
Adão (vs. 1), Moisés dá ênfase a
linhagem da aliança de Sete (cap. 5),
depois resume a escalada do pecado na Terra antes do Dilúvio (Gn. 6: 1-8).
Os versículos 1 – 3 mostra a piedosa linhagem de Sete, em contraste
com a de Caim (Gn. 4: 17-24),
evidenciando ainda que, o propósito de Deus para a criação se realizará através
de Sete e não de Caim.
Nos versículos 3 – 32 contém dez parágrafos, cada um escrito da
mesma forma, com um paragrafo para cada geração na linhagem de Adão até Sete.
Percebemos também significativas
semelhanças formais e diferenças materiais entre a genealogia de Sete e a de
Caim. Por exemplo, ambas são inicialmente lineares, mantendo o foco em um
individuo em cada geração e sendo concluídas pela divisão da linhagem entre
três filhos (Gn. 4: 19-22/ comp. Gn. 5:
32).
Porém, os temas centrais destas
genealogias são contrastantes. Por exemplo, A linhagem de Caim acaba no
Diluvio; a de Sete sobrevive a este. Enquanto a primeira delas apresenta a
linhagem amaldiçoada de Caim, que se conclui assassinato gerando assassinato (Gn. 4: 17-24), a última une o fundador
da humanidade, Adão, com o seu novo fundador, Noé (Gn. 4: 25, 26).
Devemos entender que o Enoque e o
Lameque na linhagem de Sete não devem ser confundidos com os descendentes de
Caim que têm o mesmo nome.
O Lameque da linhagem de Sete dá
a seu filho o nome de Noé, na esperança de que o Senhor os consolasse (vs. 29). Enoque, o sétimo na linhagem
de Sete, “andou com Deus e Deus o tomou para si”.
Hoje, nós vamos nos deter um
pouco mais neste texto (vs. 21-24) e analisaremos melhor a vida e Enoque, pois
ele andou com Deus.
TEMA: Andar Com Deus é um Privilégio
1. Significa ter Comunhão íntima e Sobrenatural
Com o SENHOR.
A descrição de Enoque se desvia da genealogia padrão,
lançando luz em sua retidão. Nesta linhagem, ele é o sétimo na lista, uma
posição favorecida nas genealogias bíblicas, Enoque é um símbolo da força
pactual desta linhagem.
Enoque teve comunhão com Deus, pois nos diz o texto que ele
“andou com o Senhor”. Ou seja, ele tinha intimidade com o Deus Soberano.
O interessante é que sendo da mesma genealogia é dito também
que Noé “Andava com Deus” (Gn. 6: 9),
ambos faziam parte da Semente da mulher e desfrutavam de Comunhão com Deus.
O autor de Hebreus
nos diz que antes de ser arrebatado Enoque obteve testemunho de que havia
agradado a Deus (Hb. 11: 5), a
maneira anormal com que Deus o tirou da terra foi um sinal extraordinário pelo
qual seus contemporâneos poderiam ver quão querido de Deus ele era.
Quando desenvolvemos uma vida de comunhão com Deus
evidenciamos amor ao Eterno Senhor e somos amados por Deus.
2. Quem Anda Em Comunhão Com Deus, Neste Mundo
Apóstata, Desfruta de Vida e Não de Morte.
Enoque anda com Deus em
circunstancias difícil, a descrença e todo gênero de corrupção prevaleciam por
toda a parte.
Talvez, se sua morte tivesse
ocorrido de forma costumeira, jamais teria ocorrido a alguém que ele fora
poupado pela providência divina de ser contaminado pelo contágio.
Ao ser ele arrebatado sem que
visse a morte, tal fato revelou claramente a mão de Deus, desde o céu,
removendo-o como do fogo, mostrando que quem vive em comunhão com Deus neste
mundo, desfruta de vida e não de morte.
Esta é a mesma ideia do salmista
Asafe: “Guiar-me-ás com o teu conselho, e
depois me receberás na glória. Quem tenho eu no céu senão a ti? e na terra não
há quem eu deseje além de ti”. (Salmos
73: 24-25).
3. Embora Longevidade Possa Indicar Um Sinal
do Favor Divino, Viver na Presença De Deus é o Maior Dos Privilégios.
Quando comparamos o tempo de vida
de Enoque na terra com o tempo de seu filho Matusalém, podemos dizer que ele
viveu pouco, mas, foi um vida abençoada, pois foi vivida na presença de Deus.
O versículo 24 nos diz que: “Deus o levou para si”. Descreve um misterioso
desaparecimento. De todos os santos registrados no Antigo Testamento, somente
Enoque e Elias são apresentados como não experimentando a morte física.
A expressão “o levou” difere de
“tirar a vida de alguém”, indicando morte prematura, ou seja, o Senhor o
arrebatou.
O interessante é que havia a
compreensão no Antigo Testamento que longevidade era sinal do favor divino: “Vida longa eu lhe darei, e lhe mostrarei a
minha salvação" (Salmos 91:16).
A extensão breve da vida
abençoada de Enoque, mostra que viver na presença de Deus e o maior dos
privilégios.
APLICAÇÃO:
Andar com Deus significa ter
comunhão com Ele, contudo, a bíblia nos mostra que para ter comunhão com Deus é
necessário ter fé no sacrifício de Jesus Cristo, crê que além de perdão e
salvação, o sangue derramado no Calvário nos dar acesso ao Trono de Deus;
Vivemos num mundo que está em
trevas espirituais, que distorce os valores e princípios bíblicos, que aplaude
rebeldia, que incentiva ao pecado, ou seja, as circunstancias que nos envolve
são difíceis, mas Deus nos chama a andar com Ele, pois os que andam com Deus
desfrutam de vida eterna;
Nós, crentes em Jesus devemos
entender que viver na presença de Deus é o maior dos privilégios, mesmo que
vivamos pouco neste mundo, viveremos eternamente com Deus, pois, nos diz a
Bílblia que na vida e na morte somos do Senhor.
CONCLUSÃO:
John Huss foi um homem que andou
com Deus, vimos que ele enfrentou oposição, perseguição, foi preso e por fim
morto. Mas, não abriu mão dos seus princípios, preferiu agradar a Deus à
homens, sabemos que isso só é possível quando se tem comunhão íntima e
verdadeira com o Deus Todo poderoso.
Que Deus nos conceda força e
graça para andarmos em sua presença! Amém.
precisamos a cada dia andar com DEU nesse mundo pegaminosso
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