segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A Pecaminosidade Humana e a Graça Divina-Gênesis 6: 1-9


INTRODUÇÃO:  
                                            
Na semana anterior ouvimos sobre a genealogia de Sete que foi um dos filhos de Adão e que de acordo com o propósito de Deus nasceu para dar continuidade a boa semente da mulher. Podemos ainda observar que na genealogia abençoada de Sete se encontrava Enoque, um homem que andou com Deus, então, tratamos sobre o privilégio de andar com Deus, fazendo parte da semente abençoada.

Hoje, com base no texto em apreço, nós vamos estudar e refletir sobre a escalada do pecado antes do Dilúvio e a solução providenciada por Deus com o objetivo de resolver este grande problema da humanidade.

Perceberemos que, apesar da pecaminosidade humana, Deus continua agindo de maneira graciosa e preservando a descendência da semente da mulher. Sendo assim, vamos meditar no seguinte tema:

A Pecaminosidade Humana e a Graça Divina

1.      Características da Pecaminosidade Humana.

1.1.Relacionamentos Que Não Cumprem o Propósito de Deus (vs.1, 2);

“Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram” (vs. 2).

A interpretação cristã tradicional, endossada por Lutero e Calvino, entendeu os filhos de Deus, como sendo os filhos de Sete, e as filhas dos homens, como sendo as filhas de Caim, e o pecado em decorrência da mescla das duas sementes contaminou a linhagem.

Eu entendo que esta é a melhor interpretação, pois se ajusta melhor ao contexto imediato que contrasta a maldita sobrecarga de Caim com a linhagem santa de Sete.

O pecado nos critérios da escolha reitera o padrão do pecado original (viu, achou atraente e a tomou). Deixaram-se guiar pela aparência externa e pela lascívia, não pelo discernimento espiritual.

1.2.Descendência Pecadora Que Enche a Terra de Violência (vs. 4);

Esses gigantes constituem a descendência fruto da união entre os filhos de Deus e as filhas dos homens, eles enchem a terra de violência. São indivíduos pecadores que oprimem e aterrorizam a terra.

O termo “valente e varões de renome” pode prover a base histórica por trás dos heróis semidivinos, reconhecidos nas nações pagãs. A palavra usada aqui no verso 4 é a mesma que é usada para Ninrode e seu reino pecaminoso em (Gn. 10: 8-11). 

1.3.A Amplitude do Alcance do Pecado no Homem (vs. 5).

“O SENHOR viu a maldade”, perceba o contraste desta afirmação com Gn. 1, antes o que Deus viu era bom. Agora a criação da humanidade corrompeu a terra. Este ato de visualizar a terra indica que Deus não traz juízo sem a plena consciência da situação.

Esse versículo ainda nos mostra um retrato em cores vivas da profundeza e extensão da depravação humana, o homem foi totalmente afetado pelo pecado.

2.      Características da Graça Divina.

2.1.A Longanimidade Divina (vs. 3);

“O meu Espírito não agirá para sempre no homem”, transmite a ideia de que Deus não permitirá interminavelmente que seu espírito doador de vida vivifique os que subvertem seu mundo. O fôlego de vida lembra que ele é quem doa e suprime a vida.

“Cento e vinte anos”, provavelmente seja o espaço de tempo entre esta proclamação e o dilúvio (comp. Gn. 7: 6). O juízo de Deus é contemporizado pela graça, a delonga de 120 anos permite que as pessoas tenham tempo de arrepender-se.

2.2.O Sentimento Divino (vs.6);

Temos aqui uma referência a uma mudança de atitudes e ações. Lembrando que esta descrição é antropopática (Deus é descrito em termos da experiência humana de conhecimento e emoção), devemos também reconhecer que o Deus Soberano e imutável sabe lidar apropriadamente com as mudanças no comportamento humano.

Quando eles pecam ou se arrependem do pecado, ele muda o “seu pensamento” quanto a bênção ou punição adequadas para a situação, tudo de acordo com os seus soberanos e eternos propósitos.
“e isso lhe pesou no coração”, no hebraico significa ira indignada, o sacrifício de Cristo pacificará a amarga indignação de Deus contra o pecado (Gn. 8: 21).

2.3.O Juízo Divino Permeado de Misericórdia (vs. 7-9).

Conforme o versículo 7, o juízo de Deus sobre o primeiro cosmos, durável até o dilúvio, é um modelo profético da segunda vinda do juízo sobre o segundo cosmos em vigor, durável desde o dilúvio até a destruição pelo fogo (II Pd. 3: 5-7).

Noé representa um novo começo (vs. 8), não a despeito do pecado, mas em virtude de sua retidão (vs. 9).

Porém, o narrador deixa claro que a retidão de Noé não é propriamente sua, mas um dom da graça de Deus, justamente como foi um dom da graça de Deus a inimizade posta no coração de Eva contra a serpente. Então, até mesmo no juízo divino percebemos a sua graça agindo.

APLICAÇÃO:

A história da salvação revela quão pecador é o ser humano, afirmando que a partir da transgressão de Adão nascemos em pecado (Sl. 51: 5), que somos possuidores de um coração corrupto e enganoso (Jr. 17: 9), que somos cheios de impurezas, que até mesmo os nossos atos de justiça não valem de nada diante de Deus, pois, são motivados pelo egoísmo e autopromoção. Ou seja, o homem natural está cada vez mais distante de Deus.

Mas, assim como Ele levantou Noé no meio de um mundo aterrorizado por pessoas más e pecadoras para simbolizar um novo começo, Deus também levantou Jesus Cristo para solucionar o problema do pecado humano, proporcionando ao pecador uma nova vida, um novo começo, um novo rumo para sua história, o que o pecador precisa é arrepender-se dos seus pecados e depositar confiança no sacrifício de Cristo como sendo em seu benefício.

CONCLUSÃO:

Como pudemos observar desde o princípio a humanidade distanciou-se da vontade de Deus, eles preferiram seguir seus propósitos egoístas, mesquinhos e prejudiciais.

Mas, mesmo trazendo juízo merecido sobre a humanidade, Deus preserva a semente da mulher, para que através de Jesus Cristo tenhamos vida eterna (aquele que crê)

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