Introdução:
Nenhum de nós gosta de
pagar impostos, ainda mais num país onde os impostos geralmente não são
transformados em melhorias para a população. Ninguém gosta de receber cobranças
como IPVA, IPTU aliás, ninguém gosta de receber cobrança alguma. Não existe
nada mais constrangedor. E que eu saiba, ninguém gosta de cobradores.
A história que
estudaremos nesta noite é a história de um cobrador de impostos que foi salvo
por Jesus.
O contexto dessa passagem
nos mostra que logo após ter curado um paralítico numa casa que estava
abarrotada de pessoas, Jesus foi para junto do mar (v. 13). Mas
novamente ele estava cercado por muitas pessoas.
I- SOMENTE OS CHAMADOS
POR JESUS O SEGUEM (v. 14).
“Quando
ia passando, viu a Levi, filho de Alfeu, sentado na coletoria e disse-lhe:
Segue-me! Ele se levantou e o seguiu”.
Obeserve
que no verso 13, bem como durante todo o ministério de Jesus ele sempre tem uma
multidão no seu encalço, contudo, quando Jesus é crucificado e após
ressuscitar, nós só encontramos 120 pessoas no início do livro de atos que
verdadeiramente o seguiam. Por que isso acontece? Por causa do chamado eficaz.
A CFW no seu cap. X descreve o chamado eficaz nos seguintes termos:
“Todos
aqueles que Deus predestinou para a vida, e só esses, é ele servido, no tempo
por ele determinado e aceito, chamar eficazmente pela sua palavra e pelo seu
Espírito, tirando-os por Jesus Cristo daquele estado de pecado e morte em que
estão por natureza, e transpondo-os para a graça e salvação. Isto ele o faz,
iluminando os seus entendimentos espiritualmente a fim de compreenderem as
coisas de Deus para a salvação, tirando-lhes os seus corações de pedra e dando
lhes corações de carne, renovando as suas vontades e determinando-as pela sua
onipotência para aquilo que é bom e atraindo-os eficazmente a Jesus Cristo, mas
de maneira que eles vêm mui livremente, sendo para isso dispostos pela sua
graça”.
Isso
é o que acontece com Levi. (só a título de informação), esse Levi é, na verdade
o apóstolo e evangelista Mateus (Mt 9. 9-13). Muitos
estudiosos defendem que assim como Cefas que teve o seu nome mudado para Pedro,
o mesmo tenha acontecido com Levi.
Observe
que Levi não ouve da parte de Jesus nenhum discurso eleborado, nem tão pouco um
apelo desesperado dizendo: “venha, pois eu tenho um plano maravilhoso para a sua
vida”.
Dietrich
Bonhoeffeer, mártir cristão durante o regime nazista, resumiu em uma frase o
chamado de Jesus. Ele disse: “Quando Cristo chama um homem, ele o chama para
que venha e morra”.
Essa
frase não significa que todos nós teremos uma morte de mártir, mas sim, que
todos nós devemos entregar tudo diariamente a fim de seguir a Cristo. E foi,
justamente isso que Levi fez.
Aplicação:
As
vezes nós somos tentados a adocicar o chamado de Jesus, manipulamos alguns
textos do Evangelho a fim de tornar a mensagem da cruz mais atraente aos
pecadores. Mas ao agirmos desse modo nós pecamos. Pecamos por não confiarmos na
eficácia do poder da pregação. Muitas pessoas dizem hoje em dia: “Jesus é
educado ele bate na porta do seu coração, se você abrir ele entra”. Só que essa
é uma mensagem falsa, quando uma casa está pegando fogo, e as pessoas precisam
ser salvas o bombeiro bate o pé na porta e arromba a porta. Quando alguém está
se afogando, o salva-vidas não pergunta se essa pessoa aceita ser salva.
II-
JESUS CHAMA AQUELES QUE NÃO GOSTARÍAMOS QUE ELE CHAMASSE (v. 15).
“Achando-se
Jesus à mesa na casa de Levi, estavam juntamente com ele e com seus discípulos
muitos publicanos e pecadores; porque estes eram em grande número e também o
seguiam”.
O
grupo dos doze discípulos de Jesus não era nada homogêneo. Haviam pescadores,
publicanos, fanáticos religiosos (zelotes) e posteriormente, um fariseu (Saulo).
Quando
Levi foi chamado o seu posto de trabalho era na galiléia, perto do mar.
Provavelmente ele cobrava impostos dos pescadores. Imagine a cara de Pedro,
Tiago e João que eram pescadores. Imagine a cara de Simão o zelote, que odiava
o império Romano, e Levi era funcionário desse império.
Aplicação:
As
vezes Jesus chama aqueles que nos embaraçam. Muitas vezes lemos histórias como
essa, que demonstram a graça soberana de Deus nos evangelhos e nos alegramos.
Contudo, a nossa alegria logo passa se Jesus chamar alguém que nos ofendeu no
passado, alguém que nós não gostamos, alguém que nos deu prejuízo etc.
Imagine
a reação da igreja primitiva quando ele chamou Saulo... mas Deus faz isso para
nos ensinar que ninguém é digno, todos são indígnos, ele faz isso para nos
humilhar, ele age assim para que nós arranquemos do nosso coração toda
hipocrisia e raiz de amargura.
Não
eram somente os discípulos que estavam (possivelmente) incomodados com os
publicanos, mas principalmente os farizeus (v. 16). “Os escribas dos
fariseus, vendo-o comer em companhia dos pecadores e publicanos, perguntavam
aos discípulos dele: Por que come [e bebe] ele com os publicanos e pecadores?”
III-
JESUS VEIO PARA OS DOENTES E PECADORES (v. 17).
“Tendo
Jesus ouvido isto, respondeu-lhes: Os sãos não precisam de médico, e sim os
doentes; não vim chamar justos, e sim pecadores”.
Nos
dias de Jesus, assentar-se à mesa com alguém significava ter comunhão com
aquela pessoa. Significava que você não tinha restrições para com aquela
pessoa. Não significava como hoje você sentar-se em uma praça de alimentação
com alguém que você não conhece e muitas vezes nem quem conhecer.
A
resposta de Jesus aos fariseus revela-nos o cerne da sua missão. Se Jesus não
veio para os pecadores a sua missão era totalmente sem propósito, pois se o
homem está são, logo, ele não necessitaria de um salvador.
Jesus
veio para aqueles que se reconhecem pecadores. Todo doente procura um médico, e
todo o verdadeiro médico quer trazer cura para os doentes.
Conclusão:
Nós
começamos essa exposição mostrando um homem que era um cobrador de impostos. Um
simbolo de corrupção e do domínio de Roma. Alguém que era odiado e um embaraço
para muita gente. Era um homem a quem muita gente devia.
Mas
agora esse homem foi encontrado por Jesus, e se antes ele fora excomungado
pelos israelitas como um traidor, agora ele faz parte do verdaderiro israel de
Deus. Se antes muita gente devia dinheiro a ele, agora ele se acha na presenta
daquele que é o dono de tudo, portanto ele agora é quem reconhece ser um
devedor.
Nós
também somos como esse homem, seja antes ou depois da conversão. Somos etenos
devedores, mas ele disse: “está pago!”.
Vamos
orar...
Gloria Deus por essas palavras
ResponderExcluirGloria Deus por essas palavras
ResponderExcluirmuito linda a palavra que deus abençoa
ResponderExcluirmuito boa DEUS vós abençoe
ResponderExcluirAleluia estudo completo
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