quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Sofrimento, Pecado e Graça Na Peregrinação de Abraão - Gn 12: 10 – 13: 2


INTRODUÇÃO:

 (Resumo do Livro: O Peregrino. Autor: John Bunyan).

O jovem peregrino chamado simplesmente Cristão, atormentado pelo desejo de se ver livre do fardo pesado que carrega nas costas, segue sua jornada por um caminho estreito, indicado por um homem chamado Evangelista, pelo qual se pode alcançar a Cidade Celestial. Na narrativa, todas as personagens e lugares que o peregrino depara levam nomes de estereótipos (como: Hipocrisia, Boa-Vontade, Sr. Intérprete, gigante Desespero, A Cidade da Destruição, O Castelo das Dúvidas, etc.) consoante os seus estilos, características e personalidades.

No ínterim, surgem-lhe várias adversidades, nas quais ele padece sofrimentos, chegando a perder-se, ser torturado e quase afogar-se. Apesar de tudo, o protagonista mantém-se sempre sóbrio, encontrando auxílio no companheiro de viagem Fiel, um concidadão seu. Mais adiante na trama, Fiel é executado pelos infiéis da Feira das Vaidades que se opőem à busca dos dois peregrinos. Contudo, Cristão acha um outro companheiro, chamado Esperançoso, que mais tarde lhe salvará a vida, e eles seguem a dura jornada até chegarem ao destino almejado.

A obra é uma alegoria contada como se fosse um sonho, voltando-se sempre a extrair dos eventos narrados alguns ensinamentos bíblicos de forma simbólica.

EXPOSIÇÃO DO TEXTO:

Abraão Vai ao Egito Por Causa da Fome (vs. 10).

Havia fome na região que Abraão e sua esposa se encontravam, então, eles resolveram se descolacar até o Egito.

Um aspecto que favorecia o Egito no cultivo dos alimentos era sua abundante aguá proviniente do Rio Nilo.

Contudo, percebemos que Abraão não recebeu nenhuma orientação da parte de Deus para descer até o Egito, ele vai por iniciativa própria.

E o objetivo de Abraão era passar muito tempo por lá, pois, o verbo hebraico traduzido por “aí ficar”, pode significar também: “viver” ou “estabelecer-se ali”.

Abraão Pede a Sara que Diga Ser Sua Irmã (vs. 11-13).

Um pouco antes de entrarem no Egito, por medo, Abraão antecipa uma situação: "Bem sei que você é bonita. Quando os egípcios a virem, dirão: ‘Esta é a mulher dele’. E me matarão, mas deixarão você viva. Diga que é minha irmã, para que me tratem bem por amor a você e minha vida seja poupada por sua causa".

Ele não deveria ter antecipado o que os oficiais de Faraó fariam, mesmo por que, Abraão não sabia com certeza o que aconteceria.

O temor de Abraão revela falta de confiança nas promessas recentes de Deus. Embora, o SENHOR tenha prometido tornar a semente de Abrão numerosa e amaldiçoar os que  amaldiçoassem a Abraão, este teme por sua vida.

Então, o pai da Fé pede a Sara que não diga a verdade. Mesmo colocando em risco sua honra e a pureza de sua esposa.

É possível que com isto, Abrão quisesse tirar vantagem material dos Egípcios. Contudo, esta não uma filosofia que estabelece o reino de Deus num mundo pagão.

Faraó Toma Sara e Recompensa Abraão (vs. 14-16).

Então, Sara “foi levada para casa de Faraó” - embora ambiguo, o hebaico aqui não implica necessariamente em relação sexual (Gn. 20: 2, 6).

Apesar do fracasso de Abraão, Deus lhe concede graça e saqueia o criminoso real, fazendo com que Faraó recompense ricamente Abraão (vs. 16).

No versículo 17, vemos Deus punindo Faraó por meio de pragas, então, Faraó reconhece a bênção providencial e proteção sobre Sara.

Posteriormente, Faraó repreende Abraão através dos seus questionamentos, o silêncio do Patriarca é indicativo de sua culpa (vs. 18, 19). Sequenciando, eles saem do Egito e voltam ao Neguebe (Gn. 13: 1, 2).

VEJAMOS 3 LIÇÕES ATUAIS A PARTIR DO TEXTO EM APREÇO:

1.      As Promessas de Deus Aos Seus Peregrinos Não Pretendem Trazer “Vida Mansa”.

O sofrimento é parte necessária no aperfeiçoamento dos peregrinos. O sofrimento deve livrar o povo de Deus do egoísmo e hedonismo (O hedonismo do grego hedonê, "prazer", "vontade" é uma teoria ou doutrina filosófico-moral que afirma ser o prazer o supremo bem da vida humana).
Diante da escolha entre fome e pedra na vontade de Deus ou pão fora dela, Abraão prefere pão fora da vontade de Deus. Ele fracassa no teste, porém não nosso Senhor Jesus, Deus conduz Jesus ao deserto, onde ele suporta fome durante 40 dias. E mesmo tendo poder para transformar as pedras da vontade de Deus em pão, ele resiste a tentação (Lc. 4: 1-4).

2.      Os Peregrinos Com Frequencia se Deparam Com As Dificuldades Das Escolhas Morais.
Abraão teme não escapar da morte e fazendo uso da mentira compromete sua honra e expôs sua esposa ao risco da impureza sexual. Ao exprimir seu medo, ele reprimiu sua fé.

Será que comrromper-se é melhor do que a morte? Além do mais, o covarde nega a Deus diante da oportunidade de se beneficiar o glorificar-se. Jesus disse que, a menos que tomemos sua cruz, o símbolo de morte, não somos dignos de ser seus discípulos (Mt. 16: 24-27).

3.      Ainda Que Seus Peregrinos Fracassem Nas Provas de Fé e Ética, Deus Permanece Fiel a Sua Aliança.

Ainda que sejamos infiéis, Ele permanece fiel (2 Tm. 2: 13). Deus tem compaixão dos seus filhos, Ele intervem de forma sobrenatural a fim de proteger os seus.

Não obstante, Abraão paga certo preço. Ele perde a voz de Deus, não edifica altares e não traz bênçãos a outros. Em vez de bênçãos, ele atrai repreensão sobre si.

CONCLUSÃO:

Tanto o texto que expomos nesta noite quando a história contida no livro de John Bunyan mostram-nos que a nossa peregrinação aqui na terra é composta de sofrimentos, dificuldades em relação o pecado, contudo, é permeado de muita graça de um Deus que é fidelíssimo a sua aliança que firmou conosco.

                                                                                                            

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