terça-feira, 15 de janeiro de 2013

A VONTADE DE DEUS TRAZ VERDADEIRA SATISFAÇÃO E PAZ - GÊNESIS 13: 3 – 18


INTRODUÇÃO:

Na semana anterior nós vimos um pouco sobre as dificuldades enfrentadas por Abrão, que fugindo da fome, agiu sem a orientação de Deus e passou por uma situação complicada no Egito, chegando até mesmo a pecar contra SENHOR.

Mas, Deus foi gracioso com Abraão, observamos que o SENHOR preservou-lhe a vida, bem como a de Sarai e depois de ter sido repreendido por Faraó, Abraão retornou para a região do Neguebe.

EXPOSIÇÃO DO TEXTO:

No texto em apreço, vamos observar os acontecimentos vivenciados por Abraão e aqueles que com ele estavam, e a partir do exame textual extrair algumas lições para nós.

Abraão Retorna a Seu Altar em Betel (vs. 3, 4).

Observamos anteriormente que depois de sair do Egito, Abrão foi para a região do Neguebe, agora o narrador relata de forma sutil, o deslocamento feito por Abraão do Neguebe para Betel e Ai (vs. 3). Foi nesta região onde Abraão havia feito altares ao SENHOR (Gn. 12: 8).

Diz-nos o texto que naquela localidade, Abraão “invocou o nome do SENHOR” (vs. 4) – há um grande significado nesta expressão, o altar que ele havia erigido era um lembrete das promessas divinas e de sua fé inicial, ou seja, Abraão retornou a uma posição de fé.

Torna-se Inviável a Permanência Entre Abraão e Ló (vs. 5 – 7).

Ironicamente, o problema reside no fato de que ambos (Abraão e Ló) são possuidores de um numeroso rebanho, o que causa a dificuldade no relacionamento deles (vs. 5, 6).

Em termos paradoxais, enquanto na cena anterior a tensão do enredo surgiu da severidade da fome, a tensão do enredo desta cena surge da prosperidade de Abraão e seu sobrinho Ló.

Abraão Oferece a Terra e Abre Mão Dos Seus Direitos (vs. 8, 9).

O servo de Deus Abraão trata seu sobrinho Ló como igual. Ele prioriza a paz na família antes da prosperidade (vs. 8).

Abrão coloca a terra fica a disposição de Ló (vs. 9 a). O Pai da Fé nos ensina nesse texto que, às vezes irmãos devem separar-se em prol da paz (vs. 9 b).
A fé de Abraão lhe deu a liberdade de ser generoso (vs. 9 c). O superior social se humilha diante do inferior com o intuito de preservar a paz, ao abrir mão dos seus direitos, Abrão prova ser superior espiritualmente em relação a Ló.

A Escolha Errada de Ló (vs. 10 – 13).

escolheu de acordo com a visualização dos seus olhos, ele observou a planície do Jordão, percebeu que a área era nutrida por correntes de águas, fontes e oásis procedentes da bacia da Fenda Jordaniana.

Em contrapartida, na região em que Abraão se encontrava era escassa de água, a localização de Betel e Hebron depende de o Senhor enviar a chuva.
Porém, a escolha de Ló foi equivocada, conforme o versículo 11, ele escolheu de maneira egoísta, Ló tinha em mente a vantagem pessoal, com a desvantagem do seu tio, Ló deveria entender que sem Deus ali não haveria bênção.

Além disso, Ló foi armando sua tenda nas proximidades de Sodoma (vs. 12), enquanto Abraão está junto ao altar de Betel, o acampamento de Ló aponta para a perversa Sodoma.

Vejamos 4 Aplicações Sobre o Texto Exposto:

1.      A Generosa Providência de Deus é Quem Nos Sustenta Independentemente Das Circunstâncias.

Devemos entender que independentemente das circunstâncias é Deus quem nos sustenta, então, na fome ou na fartura, o importante é fazer a vontade de Deus.

2.      Os Servos de Deus Renunciam Seus Direitos Para Obter Paz Nos Relacionamentos.

A generosidade e pacificação exibidas por Abraão são aplaudidas do começo ao fim das Escrituras. Aqueles que foram reconciliados com Deus através de Cristo devem sempre promover a paz.

3.      As Escolhas Dos Servos de Deus Não Devem Ser Motivadas Pelo Egoísmo, Mas Pela Fé.

Em sua escolha, Ló não considerou seu tio e benfeitor Abraão, ele cuidou apenas dos seus interesses pessoais. Abraão renunciou seu direito e confiou em Deus. Abraão e não Ló prova ser o parceiro pactual que tem fé em Deus. Aliás, a atitude de Abraão prefigura a atitude de Jesus Cristo, pois: “Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus” (Hb. 12: 2).

4.      Somente na Rendição do Coração e da Vontade a Deus é Possível Ter Paz, Não Criando Um Ambiente Externo Favorável.

A verdadeira paz não é alcançada através de um ambiente externo favorável. Neste acontecimento que vimos hoje, numa terra que é “como o jardim do Senhor” (vs. 10) os conflitos aconteceram.

Apenas quando entregamos nossa vida a Jesus Cristo, e submetemos nossa vontade ao querer do SENHOR é que desfrutamos de paz, pois, a paz verdadeira é consequência da união e justificação em Cristo: “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm. 5:1).

CONCLUSÃO:

A vontade de Deus traz verdadeira paz e satisfação, contudo, vale salientar que somente é possível fazer a vontade de Deus através de uma entrega total a Jesus Cristo, submetendo a sua vontade a vontade de Deus.

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