INTRODUÇÃO:
Os versículos iniciais do
capítulo 5 estão de acordo com o conteúdo geral de toda carta aos gálatas. O
texto em apreço apresenta um contraste no qual Paulo contrapõe duas opiniões ou
dois pontos de vista para dizer que só existe uma religião verdadeira,
portanto, a religião ensinada pelos judaizantes é falsa.
Ele esboça o contraste duas
vezes, primeiro do ponto de vista daqueles que praticam as duas religiões (vs. 1 – 6); depois, do ponto de vista
daqueles que as ensinam (vs. 7 – 12).
Vejamos:
1.
Praticantes:
Religião Falsa e Verdadeira (vs.1 – 6).
Praticantes da Falsa Religião
(vs. 2, 3, 4) = são
caracterizados pela circuncisão, devemos entender que, a circuncisão não era
uma mera operação física, esse ato era revestido de um simbolismo teológico,
representava a religião da salvação pelas obras: "Se vocês não forem circuncidados conforme o costume ensinado por
Moisés, não poderão ser salvos" (At. 15: 1).
Então, em três sentenças Paulo adverte os praticantes da falsa religião
sobre os sérios resultados da circuncisão: Cristo de nada vos aproveitará (vs. 2), de Cristo vos desligastes e da
graça decaístes (vs. 4).
Acrescentar a circuncisão é
desprezar Cristo e seu sacrifício; procurar ser justificado pela lei é cair da
graça. Obviamente, os que assim procedem desprezando o sacrifício de Cristo e
abdicando da graça de Deus para a salvação, nunca realmente conheceram a Cristo
nem a sua graça.
Praticantes da Verdadeira
Religião (vs. 5, 6) = Esses permanecem no evangelho a graça e Paulo se
inclui entre os praticantes da verdadeira religião: “Porque nós pelo Espírito da
fé aguardamos a esperança da justiça. Porque em Jesus Cristo nem a circuncisão
nem a incircuncisão tem valor algum; mas sim a fé que opera pelo amor” (vs. 5, 6).
A ênfase destes versículos está
na fé, sobre a qual ele faz duas declarações: Primeiro: “aguardamos a esperança” (v. 5),
ou seja, pela fé nós aguardamos a concretização plena da nossa salvação e vida
eterna. Não lutamos ansiosamente a fim da garanti-la, nem imaginamos que
devemos obtê-la através de boas obras.
Segundo: Em Jesus Cristo o Que Importa é a
Fé Que Opera pelo Amor (v. 6), quando uma pessoa está em Cristo nada
mais é necessário, tudo o que necessitamos para sermos aceitos por Deus é estar
em Cristo e nós estamos em Cristo pela fé. Agora, essa fé também é operosa, ela
nos conduz ao amor, a Deus e ao próximo.
2.
Mestres:
Ensinos Falsos e Verdadeiros (vs. 7 – 12).
Agora o contraste é entre o falso
mestre, “que vos perturba” (vs. 10b) e Apóstolo Paulo que está
ensinando a verdade de Deus.
Vejamos o que Paulo nos diz no versículo 7: “Vocês corriam bem. Quem os impediu de continuar obedecendo à verdade?”
“Correr bem” na corrida cristã
não é simplesmente crer na verdade, mas é também obedecer a verdade. Só aquele
que obedece a verdade é um cristão verdadeiro. Os gálatas haviam começado bem,
mas, Os Falsos Mestres desviaram-nos
do rumo correto.
Versículo 8: “Tal persuasão
não provém daquele que os chama”. Esta obra de persuasão não vinha de Deus
que os havia chamado, pois Deus os chamara em graça (Gl. 1: 6), enquanto que Os
Falsos Mestres ensinavam uma doutrina de méritos.
Neste momento da argumentação
Paulo faz uso de um provérbio bem conhecido entre os que viviam naquela época: "Um pouco de fermento leveda toda a
massa" (vs. 9). O erro dos Falsos Mestres estava se espalhando de
tal forma pelas Igrejas da Galácia que quase toda a comunidade cristã estava
sendo contaminada.
“Estou convencido no Senhor de que vocês não pensarão de nenhum outro
modo. Aquele que os perturba, seja quem for, sofrerá a condenação” (Gálatas 5:10). Paulo está
completamente certo que o erro não irá triunfar, mas que os gálatas vão pensar
melhor e que os Falsos Mestres vão cair sob a justa condenação de Deus. No versículo 12, Paulo deseja que os
falsos mestres sejam extirpados, cortados ou castrados, são os termos
sugeridos.
No versículo 11, Paulo fala um pouco de si mesmo, parece que os
falsos mestres tiveram a coragem de afirmar que Paulo defendia as suas ideias.
Paulo nega categoricamente: “Irmãos, se
ainda estou pregando a circuncisão, por que continuo sendo perseguido? Nesse
caso, o escândalo da cruz foi removido”.
Conclusão:
Paulo se coloca em absoluto
contraste com os falsos mestres, eles pregavam a circuncisão, Paulo pregava a
Cristo crucificado.
Pregar a circuncisão é dizer aos pecadores que eles podem se salvar
através de suas próprias obras.
Pregar a Cristo crucificado é dizer-lhes que eles não podem se
salvar e que só Cristo pode salvá-los por meio da cruz.
Diante do que foi exposto, vocês
que nos ouve nesta noite precisa se posicionar, ou você recebe a Cristo como seu único Senhor e Salvador, se
humilhando perante a cruz de Cristo e recebendo vida eterna.
Ou estará vivendo na falsa religião, caracterizada pela circuncisão,
tentando ser salvo pelas suas próprias obras, pelas suas próprias realizações.
Qual o caminho que você irá
seguir?
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