segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Paulo e a Origem do Seu Evangelho Gálatas 1: 11 – 24

INTRODUÇÃO:

Na pregação anterior, vimos que existe um só evangelho, e que este evangelho é o critério pelo qual todas as opiniões humanas devem ser testadas. É o evangelho que Paulo apresentou.

A pergunta que devemos fazer é: qual é a origem do evangelho de Paulo para que seja normativo e outras opiniões e mensagens sejam avaliadas por ele? Para isso, precisamos saber a origem do evangelho de Paulo. Proposição:

A Origem do Seu Evangelho é Divino, Mediante Revelação de Jesus Cristo (vs. 11, 12).

Esta é a razão pela qual o evangelho ensinado por Paulo era o padrão norteador para os ensinos que estavam sendo transmitidos.
O evangelho, que estava sendo colocado em dúvida pelos judaizantes e abandonado pelos gálatas, não era uma invenção, nem uma tradição, mas uma revelação.

Ele está afirmando que o evangelho pregado por ele, não lhe pertence, mas é de Deus; que suas palavras não são suas, mas de Deus.

Fatos Que Comprovam a Origem do Seu Evangelho.

2. 1. O Que Ocorreu Antes de Sua Conversão (vs. 13, 14).

Era um Judeu praticante – “proceder de outrora”, vejamos 2 aspectos de sua vida anterior ao novo nascimento: a) Perseguia a Igreja de Deus (vs 13) = E foi exatamente isso que fiz em Jerusalém. Com autorização dos chefes dos sacerdotes lancei muitos santos na prisão, e quando eles eram condenados à morte eu dava o meu voto contra eles” (Atos 26:10);

 b) Extremamente zeloso pelas tradições de seus pais (vs. 14) = Eles me conhecem há muito tempo e podem testemunhar, se quiserem, que, como fariseu, vivi de acordo com a seita mais severa da nossa religião (Atos 26: 5).

Um homem nessa condição mental e emocional de maneira nenhuma mudaria de opinião influenciado por outras pessoas. Apenas Deus poderia alcança-lo, e foi o que Deus fez!

O Que Ocorreu na Sua Conversão (vs. 15, 16a).

O contraste entre o que ele era antes e o que aconteceu é algo latente. Vs 15, 16 = parafraseando:  “no meu fanatismo, eu me inclinava a perseguir e destruir, mas Deus me prendeu e alterou meu impetuoso curso.
Então, Paulo passa a mostrar como a iniciativa e graça de Deus lhe alcançaram:


a)      Deus me separou antes de eu nascer (vs. 15).

A semelhança de Jeremias (1: 5), mostrando a ação soberana de Deus em separa-lo antes do seu nascimento para pregar aos gentios.

b)      Deus me chamou pela sua graça (vs. 15).

Essa escolha antes do seu nascimento levou a vocação histórica.

c)       Deus revelou seu filho em mim (vs. 16).

Na estrada para Damasco, Deus revela seu filho a Paulo. Ele compreende que Jesus é o Messias dos judeus.

Paulo tinha agora a responsabilidade de pregar aos gentios as boas novas de Jesus. O chamado de Deus e consequente conversão deve nos levar a pregar as boas novas do reino de Deus.

O Que Ocorreu Depois de Sua Conversão (vs. 16b – 24).

Ênfase é no vs. 16: não consultei pessoa alguma”.
Devemos nos lembrar de que Paulo estava sendo acusado de pregar um evangelho de procedência humana.

O que ele argumenta é que recebeu o evangelho do qual se tornou proclamador e paladino provém do Senhor Jesus Cristo. Vejamos os motivos:

a)      No ínicio de sua conversão, Paulo passou três anos na Arábia (vs. 17).

Não sabemos exatamente o que Paulo foi fazer por lá. João Crisóstomo acredita que ele foi evangelizar um povo bárbaro e selvagem que vivia ali. Contudo, muitos estudiosos acreditam que Paulo foi em busca de quietude e solidão.

Certamente, neste período meditou sobre o A.T, refletiu sobre os fatos da vida e morte de Jesus e neste processo, o evangelho da graça de Deus foi revelado em toda a plenitude.

b)      Paulo foi a Jerusalém, conhecer Pedro (vs. 18).

“Quando chegou a Jerusalém, tentou reunir-se aos discípulos, mas todos estavam com medo dele, não acreditando que fosse realmente um discípulo” (Atos 9:26).

Essa visita ocorreu depois de três anos da sua conversão, seu evangelho já estava formulado. Passou apenas 15 dias, é impossível afirmar que teria recebido seu evangelho nesse pequeno espaço de tempo em Jerusalém.
c)       Paulo foi para Síria e Cilícia (vs. 20 – 24).

Estas regiões eram distantes de Jerusalém. Mais uma prova de que ele não esteve em Jerusalém com o propósito de receber instrução.
Consequentemente, Paulo não era conhecido de vista pelas igrejas da judéia (vs. 22).

"Aquele que antes nos perseguia, agora está anunciando a fé que outrora procurava destruir" (Gálatas 1:23).

Eles ouviam falar que o perseguidor de outrora se tornara pregador da fé que antes procurava destruir. E glorificavam a Deus Por isso.

APLICAÇÃO:

1.       A Graça de Deus é capaz de alcançar até os pecadores mais rebeldes. Paulo é um exemplo clássico desta verdade; Por isso, devemos crer que Deus é poderoso para transformar a vida do mais vil pecador e faze-lo uma nova criatura: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Coríntios 5:17).

2.       Devemos reconhecer e aceitar o ensino paulino como procedentes do próprio Cristo, pois, sua mensagem não é segundo os homens, mas vem de Cristo, ou seja, reflete a vontade do Senhor, então devemos obedecê-la e transmiti-la.



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