quarta-feira, 25 de abril de 2012

A Dupla Condição Humana-Gálatas 4: 1 – 11


INTRODUÇÃO:
No texto em apreço o apóstolo faz mostra a diferença entre a condição do homem debaixo da lei (vs. 1-3) e a sua condição em Cristo (vs. 4-7) e fundamentando nesse contraste uma exortação quanto à vida cristã (vs. 8-11). Vejamos:

1.      A Condição do Homem Debaixo da Lei (vs. 3-4)

Como um herdeiro durante a sua infância, embora tudo seja seu por direito, ele é tratado como um servo.

“Está sob tutores e curadores” = sujeito aos guardiões e administradores, eles lhes dão ordens, orientam-no e o disciplinam. Está sob restrições. “Até ao tempo determinado pelo pai”.

“Assim, também nós” = ou seja, estávamos escravizados. Mas, que escravidão era essa?

A escravidão da lei, pois a lei foi o nosso aio (Gl. 3: 24) fomos resgatados da lei (vs. 5), aqui a lei é igualada aos “rudimentos do mundo” (vs. 3), e no versículo 9, esses “rudimentos” são chamados de “fracos e pobres”.
“Fracos” – Pois a lei não tem força para nos remir;
“Pobres” – Porque não tem riqueza com que nos abençoar.

“Rudimentos do mundo” - Princípios elementares do mundo, diz Paulo que estávamos servilmente sujeitos aos rudimentos do mundo (vs. 3), e no versículo 8, que servíamos a deuses falsos. Ao analisar os dois versículos, compreendemos que o “deus deste século” (I Co. 4: 4) faz uso da lei de maneira distorcida a fim de escravizar homens e mulheres.

O propósito da lei é revelar o pecado e levar o homem a Cristo; Satanás usa para mostrar o pecado e levar o homem a escravidão.

2.      O Que Deus Fez Mediante Jesus Cristo (vs. 4-7).

A escravidão do homem sob a lei continuou por cerca de 1300 anos, foi uma minoridade longa e árdua.

“Vindo, porém, a plenitude do tempo” Motivos pelos quais a vinda de Jesus Cristo é chamada de plenitude dos tempos:

a)      Roma conquistou mundo, as estradas romanas foram abertas;
b)      A língua e cultura gregas trouxeram certa coesão à sociedade;
c)      Os deuses mitológicos tinham perdido influência sobre o povo;
d)      A Lei de Moisés tinha acabado a sua obra de preparar as pessoas para a vinda de Cristo.

Quando chegou a plenitude, Deus fez duas coisas:

Primeiro: “Deus Enviou o Seu Filho” (vs. 4)Ele nasceu debaixo da lei, ou seja, de uma mãe judia, na nação judia, sujeito a lei judaica. Submeteu-se a todas as exigências da lei.
 Para nos “resgatar e adotar” (vs. 5) – resgatar da escravidão e nos transformar em filhos.

Segundo: “Deus Enviou o Seu Espírito” (vs. 6) – então, recebemos o Espírito que nos conduz a oração filial, chamamos Deus de “Aba Pai” – é um diminutivo aramaico de pai, expressão de intimidade e carinho, pode significar: “Paizinho querido”.

Versículo 7, “Assim, você já não é mais escravo, mas filho; e, por ser filho, Deus também o tornou herdeiro”. Essa mudança de condição é proporcionada por Deus. Não é por nossos próprios méritos, nem através do nosso próprio esforço, foi Deus quem enviou seu Filho para morrer por nós e enviou o seu Espírito para viver em nós.

3.      Uma Exortação do Apóstolo Paulo (vs. 8-11).

Versículos 8, 9 = “Antes, quando vocês não conheciam a Deus, eram escravos daqueles que, por natureza, não são deuses. Mas agora, conhecendo a Deus, ou melhor, sendo por ele conhecidos, como é que estão voltando àqueles mesmos princípios elementares, fracos e sem poder? Querem ser escravizados por eles outra vez”? 

O argumento do apóstolo é o seguinte: se vocês eram escravos e agora são filhos, se não conheciam a Deus, mas vieram a conhecê-lo e são conhecidos por Ele, como podem retornar a antiga escravidão? Como podem deixar-se escravizar pelos deuses falsos, submetendo-se aos rudimentos deste mundo dos quais Jesus Cristo os resgatou?
Versículo 10 = “Vocês estão observando dias especiais, meses, ocasiões específicas e anos!

A fé dos gálatas havia se transformado em mero formalismo exterior. Já não era mais a livre e alegre comunhão com o Pai, tornou-se uma enfadonha rotina de regras e regulamentos.
Por isso, Paulo acrescenta com tristeza: “Temo que os meus esforços por vocês tenham sido inúteis” (vs. 11). Ele teme que todo tempo que gastou e o trabalho que teve com eles tenha sido desperdiçado.


CONCLUSÃO:

1.      A situação do homem sem Deus é de escravidão, pois, o mesmo está debaixo da lei.

Jesus Cristo é a solução para a cadeia espiritual vivida pelo pecador, pois, foi o Senhor Jesus quem cumpriu todos os aspectos da lei para nos resgatar e salvar, na Cruz do Calvário Ele nos garante a liberdade: “Quando vocês estavam mortos em pecados e na incircuncisão da sua carne, Deus os vivificou juntamente com Cristo. Ele nos perdoou todas as transgressões,e cancelou a escrita de dívida, que consistia em ordenanças, e que nos era contrária. Ele a removeu, pregando-a na cruz” (Cl. 2: 13, 14). 

2.      A vida cristã é de liberdade, não de escravidão.

Claro, pertencemos Cristo e gostamos de servir aquele a quem pertencemos. Mas, esse tipo de serviço é livre. A vida cristã não é uma escravidão a lei, como se nossa salvação estivesse numa balança e dependesse  de nossa obediência inerrante e servil a lei. Na verdade, a nossa salvação repousa na obra que Jesus cristo realizou na Cruz, no fato dele ter assumido o nosso pecado, fazendo-se na sua morte maldição em nosso lugar. Precisamos sempre nos lembrar destas verdades, e jamais voltarmos os rudimentos escravizantes do mundo.

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