terça-feira, 19 de março de 2013

O JUÍZO DIVINO SOBRE OS IMPENITENTES-Gn 18-19


INTRODUÇÃO:
      
Você acredita no julgamento divino?

Muitos, não acreditam. Fale a eles de Deus como Pai, amigo, ajudador, aquele que nos ama apesar de todas as nossas fraquezas, insensatez e pecado, e seus olhos brilham.

Mas, fale de Deus como Juiz, e eles fecharão o rosto e balançarão a cabeça. Suas mentes se recusam a aceitar essa idéia, pois a acham repulsiva e sem valor.

Entretanto, há poucas coisas na bíblia que tenham sido mais fortemente destacadas do que a realidade da ação de Deus como juiz. “Juiz” é uma palavra aplicada constantemente a Ele.

ELUCIDAÇÃO:    

O capítulo 18 tem início com a ênfase de que o SENHOR novamente aparece a Abraão, agora acompanhado de dois mensageiros com o objetivo de ratificar o que havia falado no capítulo 17, ou seja, Abraão e Sara teriam um filho biológico, através do qual a bênção do SENHOR se estenderia as nações.

O outro propósito do SENHOR e os anjos, era o de anunciar o juízo divino sobre Sodoma e Gomorra, por causa dos seus pecados.

Diante do anúncio, Abraão intercede a Deus para que o SENHOR, não destrua os ímpios por causa dos justos, mas em Sodoma não é encontrado nem dez justos.

Então, os dois mensageiros vão até a casa de Ló para avisá-lo do juízo divino iminente, chegando em Sodoma, os moradores daquela cidade queriam raptar e abusar sexualmente dos mensageiros, mostrando assim, a degradação moral e espiritual dos sodomitas, sem dúvidas, eles são dignos do juízo divino.

TEMA: O JUÍZO DIVINO SOBRE OS IMPENITENTES

1.      Deus Não Castiga os Justos Com os Perversos (Gn. 18: 22 – 33).

Os mensageiros depois de revelar o que Deus trará sobre Sodoma e Gomorra foram averiguar o crime.

Então, Abraão como profeta compassivo, intercede ao Senhor e pergunta: “destruirás o justo com o ímpio?” (vs. 23).

Abraão está preocupado com a justiça e agindo como o escolhido de Deus para a promoção da vida, ele propõe que o futuro de todos seja determinado não pelos perversos, mas pela quantidade dos justos (vs. 25). O problema é que nem o número mínimo de justos (dez pessoas) é encontrado em Sodoma e Gomorra.

2.      O Juízo de Deus é Justo, Pois é Precedido de Cuidadosa Investigação (Gn. 18: 20, 21; 19: 13).

Como Juiz de toda a terra, o SENHOR recebe todos os clamores da injustiça. Deus, o Justo Juiz em seu julgamento tem como objetivo punir os opressores e livrar os oprimidos.

Vejamos o versículo 21, esta é uma forma figurativa de o narrador dizer que Deus investiga sempre e plenamente a transgressão antes de proferir a sentença.

Realmente, um povo transgressor, além da opressão social e arrogância eles estão manchados pelo homossexualismo (Gn. 19: 4, 5).

Estes homens chegaram ao ponto de distorcer o matrimônio, e de contrariar o propósito de Deus, que diz respeito ao sexo heterossexual e dentro do contexto de casamento.

O que eles queriam fazer com os dois mensageiros era algo degradante, reprovável, sujeito a pena de morte de acordo com a lei mosaica. O homossexualismo é uma inversão dos valores e princípios divinos (Rm. 1: 21-27).

3.      Antes de Julgar os Pecadores, Deus lhes Concede Oportunidade de Arrependimento (Gn. 19: 7, 8).

O versículo 7, mostra-nos que Ló não era conivente com o pecado de seus conterrâneos, Ló distingue aqui entre o certo e o errado, provavelmente por causa de Abraão.

E, quando, Ló diz; “rogo-vos que não façais mal”, ele está sugerindo aqueles pecadores que se arrependam, também que não procedam de maneira transgressora e desprezível.

Mas, podemos perceber que diante da recusa dos homens em se arrependerem para fazerem o que é certo, e por causa do firme propósito de abusar dos mensageiros, Ló propõe algo reprovável (vs. 8).

Mas, Deus intervém e resolve a questão, primeiro cega os que queriam fazer mal a Ló e seus hóspedes, depois faz chover fogo e enxofre sobre Sodoma e Gomorra (erupção vulcânica).

4.      Deus é Misericordioso e Concede Salvação a Família de Ló (Gn. 19: 29, 30).

Mesmo diante de juízo, Deus é misericordioso em conceder misericórdia. Ele estende misericórdia a família de Ló.

Porém, julga a esposa de Ló por seu apego a Sodoma, ela é uma solene advertência contra o apego aos valores do mundo diante do iminente juízo divino (Lc. 17: 28-37; 2 Pd. 2: 6).

APLICAÇÕES PRÁTICAS:

1.      No Dia do Juízo, Deus Fará Distinção Entre os Justos e os Perversos.

Os Justos são aqueles que vivem pela fé no Filho de Deus, pois já foram justificados através do sacrifício purificador.

2.      O Momento Oportuno Para o Arrependimento é Agora.

“Este é o ano aceitável do Senhor”;  “arrependei-vos, pois e convertei-vos para que sejam cancelados os vossos pecados”; “como escaparemos nós se negligenciarmos tão grande salvação?”.

3.      Devemos Exaltar a Deus Por Sua Salvação Graciosa.

É por graça, que Deus em Cristo nos salva, não há outro modo de salvação, Paulo quando escreveu aos Gálatas, combatendo os judaizantes ele disse: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema” (Gálatas 1:8).

CONCLUSÃO:     

Deus é Juiz, Ele já reservou um dia em que julgará a todos os homens sem exceção, que estejamos firmes em Cristo e confiando nos méritos de Cristo quando este dia chegar.



A Aliança de Deus Com Abraão e Sua Semente Pelo Sinal de Inclusão


INTRODUÇÃO:

No capítulo 15 meditamos sobre a o renovo das promessas de Deus a Abrão, verificamos também que Deus fez um pacto com Abrão, onde o SENHOR comprometeu-se em cumprir todas as suas promessas mesmo que Abrão falhasse em seus deveres. No capítulo 16, vimos que Abrão e Sarah falharam, mas o SENHOR permaneceu fiel.

ELUCIDAÇÃO:

Esta é uma cena de diálogo pactual entre Deus e Abraão. Por renovar suas promessas a Abraão, Deus exerce um papel central e mais relevante neste diálogo.

A expansão das promessas pactuais de Deus requer que Abraão seja completamente comprometido e obediente.

Além das mudanças de nomes, o texto traz um contraste evidente entre a nova e a velha aliança e entre a circuncisão como sinal da velha aliança para Israel e o batismo como sinal da nova aliança para a Igreja.

EXPOSIÇÃO:

Abrão, o Pai de Numerosas Nações e Reis, Tem Seu Nome Mudado (vs. 1-8)

O Deus que tem domínio universal mais uma vez aparece a Abrão, desta vez ordenando-lhe que ande em sua presença para ser perfeito ou íntegro. Então, Deus responsabiliza Abrão por uma vida que seja orientada e permeada pela presença constante de Deus (vs. 1).

Embora Abrão seja responsável por andar na companhia de Deus e abster-se do pecado, a aliança é um dom inteiramente de Deus, o Senhor diz: “minha aliança” (vs. 2-4).

A mudança de nome de Abrão (pai exaltado) para Abraão (pai de uma multidão de nações) é significativa, pois indica o projeto de Deus para Abraão e todas as nações (vs.5).

Vejamos, que a aliança estabelecida por Deus é eterna, mesmo porque Deus é fiel e não sofre mudanças. Deus continuará a proteger e preservar a comunidade do pacto (vs. 6-8).

A Instituição da Circuncisão Como Sinal de Inclusão no Pacto (vs. 9-14)

Então, Deus ordena a circuncisão como rito de iniciação ao seu povo. O circuncidado se torna membro da comunidade com a qual Deus tem um relacionamento eterno (9-11).

Deus empregou o sinal para as crianças a fim de mostrar que os infantes, vivendo debaixo da autoridade dos pais que confessam fé em Deus, são santas (I Co 7: 14) ou seja, foram separadas do mundo profano e pertencem a comunidade da aliança (vs. 12).

 As promessas pactuais se estendem a todos os circuncidados, que são reconhecidos como membros da família fiel (vs. 13).

O infiel será não fará parte do povo da aliança, o descendente desleal será eliminado do meio do povo (vs. 14).

Sarai, A Mãe de Numerosas Nações e Reis, Tem Seu Nome Mudado (vs. 15-22).

Agora veremos algumas responsabilidades de Sarai, como herdeira pactual. A importância de Sarah para a história da salvação é confirmada pelo fato de ser ela a única mulher na bíblia que tem seu nome mudado.

Sarai, Sarah – significam “princesa”, o seu nome de nascimento pretendia lembrar sua nobreza de família, enquanto o nome pactual tinha em vista sua nobre descendência.

Deus mais uma vez afirma que Abraão e Sarah haveriam de conceber, contudo, Abraão mais uma vez enfrenta a incredulidade, ele riu. Abraão ainda imagina que o descendente prometido possa ser Ismael (vs. 18).

Mas, Deus mais uma vez é enfático: “Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque, e com ele estabelecerei a minha aliança, por aliança perpétua para a sua descendência depois dele”(vs.19).
Embora, Ismael seja abençoado e próspero, é Isaque que representa o triunfo de Deus sobre a esterilidade. A raça escolhida do Senhor não procederá de uma geração natural, mas da graça sobrenatural de Deus e no tempo determinado (vs. 20, 21).

Então, Abraão prova ser um parceiro pactual leal e cumpre com suas obrigações, circuncidando-se e fazendo o mesmo com Ismael.

APLICAÇÕES PARA A IGREJA CONTEMPORÂNEA

1.       Devemos Agradecer ao SENHOR Porque Ele Não Muda e Cumpre Cada Condição da Aliança Em Jesus Cristo.

2.       Devemos Apresentar Nossos Filhos Para o Batismo Pois Eles Também São da Família de Deus.


3.       Devemos Pregar o Evangelho a Todos, Pois Deus Tem Descendentes de Abraão em Todas as Nações.

CONCLUSÃO:      
    
Sabemos que Deus o cumpridor de todas as suas promessas, pois, O SENHOR é fiel. Contudo, somos chamados a cumprir com os nossos deveres e responsabilidades, assim como foi com Abraão e Sarah. Que Deus nos capacite nessa tarefa!

domingo, 3 de março de 2013

O Nono Mandamento “O Deus de Toda a Verdade”.


(Êx 20:16) “Não Dirás falso testemunho contra o teu próximo” 

Introdução:

No ano 2000 uma reportagem baseada numa denúncia acusou um casal de orientais que administravam uma escola de reforço de abusarem sexualmente das crianças que frequentavam aquela escola. Após a prisão dos acusados, ficou provado que a denúncia era infundada e que não havia nenhuma prova que os incriminasse. Embora inocentados, a escola precisou fechar as portas, pois ninguém confiava mais naquelas pessoas.

Aprendemos muito cedo a mentir, e nos acostumamos a falar e a ouvir mentiras. Muitas vezes vidas são destroçadas por conta de uma mentira que alguém contou. A honra talvez seja a parte mais sensível do ser humano – o 9o mandamento trata da proteção desta área pessoal.  Assim como o sexto mandamento proíbe a injúria física, o nono mandamento proíbe a injúria através de palavras.

Segundo Lutero eis “a suma e o sentido geral desse mandamento: que ninguém deve causar dano ao próximo com a língua, quer se trate de amigo, quer de inimigo, nem deve falar mal dele, pouco importa se é verdade ou mentira, a menos que seja decorrência de mandato ou vise a melhorar”.

I-O Contexto em que o Mandamento foi Dado:

A primeira referencia específica dessa passagem é ao tribunal de justiça. Todos os dias os israelitas davam testemunho por meio do processo legal. Numa sociedade em que quase todos os crimes envolviam crimes capitas o “falso testemunho” bem sucedido seria equivalente a assassinato. Por isso, a testemunha contra alguém deveria também ser o executor (Dt 17:7):

As mãos das testemunhas serão primeiro contra ele, para matá-lo; e depois as mãos de todo o povo; assim tirarás o mal do meio de ti”.
Assim, se as testemunhas estivessem mentindo, também seriam culpadas do sangue da vítima.

II-O que Proíbe o Nono Mandamento?

De acordo com a resposta a pergunta 145 do CMW:

• Toda mentira que distorça o julgamento nos tribunais (Ex 20:16/ Dt 5:20) provavelmente referem-se aos tribunais de justiça (Lc 3:14/ Lv 19:15/ Pv 17:15).

• O suborno que contrata a falsa testemunha (At 6:13/ I Rs 21:8-13/ Mt 28:12-15).

• A mentira movida pela opinião pública (Ex 23:1/ Jr 20:10).

• A mentira movida pela atitude da multidão (Ex 23:2).

• A mentira movida pela compaixão ao pobre (Ex 23:3).

•Falar a verdade inoportunamente para um fim errôneo e uma cousa má (Sl 52:1-4/ 91/ Mt 4:6/ I Sm 22:9) ou distorcer o sentido da verdade, usando-a equivocadamente (Gn 12:11-13).

•O mexerico (Lv 19:11,16/ Sl 50:19,20) que pretende marcar a honra (At 2:13).

• Suprimir a verdade e silenciar indevidamente quando falar produzir a justiça (Lv 5:1).

• Usar de bajulação (Sl 12:2,3). Atitude típica do falso profeta (Jr 23:17/ 6:13,14/ 14:14) ou de fingimento (Jr 9:3-6,8).

• Aguardar as faltas dos outros (Is 29:20,21/ Mt 7:3) e suspeitar mal (I Co 13:4,5).

*O Nono Mandamento ordena que digamos a verdade em todos os momentos?

Sobre esse ponto nos diz o pastor Rushdoony:

“Nenhum inimigo ou criminoso tem direito algum de receber de nós nenhum conhecimento que possa usar para nos fazer mal”.

Nesse caso, se alguém nos perguntasse onde guardamos o nosso dinheiro ou a nossa arma em nossa casa, não seríamos obrigados a responder a essas perguntas com a verdade.

*Deus aprova a mentira? (o Deus da Verdade)

A resposta a essa pergunta deve ser negativa, Deus não aprova a mentira, pois se aprovasse estaria indo contra a sua própria natureza (Tt 1:2) “Deus não pode mentir”, Ele é o Deus da Verdade (Sl 31:5; Is 65:16;) Ele é a própria Verdade (Jo 14:6).

Contudo, o que dizer das mentiras de Raabe e das parteiras hebreias no Egito?
“Ver um roubo ou um planejamento de um assassinato e não dizer a verdade é como ser um cúmplice de tais crimes. No caso de Raabe, se ela tivesse dito a verdade nesse sentido teria sido cúmplice no crime contra aqueles homens”.
No caso das parteiras, “as parteiras mentiram porque temeram mais a Deus do que ao Faraó” (Rushdoony).

III-Cumprindo o Nono Mandamento

Os lados, Positivo e Negativo do Nono Mandamento.

Negativo: Não mentir

Positivo: Dizer na verdade

• Fale e promova a verdade (Ef 4:25) Promova a boa reputação dos outros, preocupe-se com ela como com a sua (III Jo 4,12/ Rm 1:8).

• Fale somente a verdade nas questões de julgamento (Pv 31:9). Defendo o inocente (Sl 82:3).

• Entristecer-nos pelas fraquezas dos outros (Sl 119:158) e não espalhálas (Pv 17:9), mas ajudá-las.

• Receba prontamente as boas informações e rejeite as más (I Co 13:4-7/ Sl 15:3).

• Evite aquilo que pode gerar maus comentários sobre você – e defenda sua honra! II Co 11:18,23/ Pv 22:1/ Jo 8:49/ I Ts 5:22.

IV-Cristo e o Nono Mandamento

A expressão de Paulo em Rm 3:4 “Seja Deus verdadeiro, e todo homem mentiroso” nos mostra a nossa incapacidade natural de cumprirmos perfeitamente esse mandamento. Outro texto que nos fala dessa incapacidade é (Tg 3:8) “Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal”.

Contudo, quando olhamos para Cristo vemos que ele cumpriu perfeitamente esse mandamento por nós, pois “na sua boca não se achou engano” (1Pe 2:22).A justiça de Cristo nos foi atribuída, pois de outro modo não poderíamos adentrar em sua presença, pois os mentirosos não tem parte no Reino de Deus (Ap 21:8; 22:15).

Aplicação:

1-Nossas palavras podem ter poder destrutivo, poderemos até mesmo cometer assassinato através delas.

2-Falar somente a verdade no mundo pós-moderno, pode não nos fazer populares, mas importa obedecer a Deus do que ao homens.

3-O Deus da Verdade é razão pela qual a verdade é louvada e a mentira é considerada errada.






sábado, 2 de março de 2013

A Precipitação de Sara e Abraão-Gn 16: 1 – 16


INTRODUÇÃO:

Nós vimos na semana anterior sobre o pacto que Deus firmou com Abraão, prometendo-lhe um descendente e uma terra. Nessa aliança, Deus compromete-se unilateralmente garantindo a Abraão que cumpriria a promessa e o pacto.

ELUCIDAÇÃO:   
  
É significativo que o SENHOR estabeleça o pacto de forma unilateral, pois, o ser humano é pecador e falho, se Deus exigisse fidelidade perfeita por parte do homem, o plano de salvação não se concretizaria, pois, todo homem é transgressor. É o que veremos na exposição do texto.

EXPOSIÇÃO:

O Contexto: A Sara Estéril Tinha Uma Serva Chamada Agar (vs. 1)

“Esposa de Abraão” – sugere sua posição legítima, ou seja, o filho prometido viria dela.

A Precipitação de Sara e o Consentimento de Abraão (vs. 2)

“Eis que o Senhor me tem impedido de dar a luz filhos” (vs. 2) – Sara já estava com cerca de 75 anos, ela chega à conclusão de que o descendente que o Senhor prometera a Abraão não viria de seu ventre.
Sua queixa a condena por precipitar-se e tirar a iniciativa das mãos de Deus. Sem uma palavra de Deus a autorizar seu plano, Sara propõe algo fora do plano divino.

O mais impressionante é que Abraão atendeu ao conselho de Sara, como Adão, Abraão concorda coma sugestão incrédula da sua esposa.

Conflito Doméstico Como Resultado da Precipitação (vs. 3, 4)

Depois da execução do plano espúrio, sobrevêm os problemas. Agar, após engravidar começa a desprezar sua senhora. Então, o casal começa a sofrer intensamente as consequências de sua precipitação.

Sara se Queixa a Abraão e Expulsa Sara (vs. 5, 6)

A esposa de Abraão o responsabiliza pelo problema que estavam vivenciando. Como Eva, Sara agora transfere a culpa, e como Adão, Abraão procura se livrar da responsabilidade dizendo: “faça como achar melhor”.

“Sara a humilhou” – este é o mesmo verbo hebraico que se encontra em Gn. 15: 13 para os maus-tratos egípcios contra os israelitas (cf. Êxodo 1: 12). Ou seja, a reação de sara é muito severa.

Nem Sara, nem Hagar se comportam bem aqui, pois, a senhora é cruel e déspota; a serva é impenitente e insubordinada. Por isso, Hagar foge, queria voltar a sua terra.

O Anjo Encontra Hagar no deserto (vs. 7).

O Anjo do Senhor - um ser celestial enviado a terra como agente pessoal de Deus. O anjo encontra Hagar no deserto, junto a uma fonte no caminho de Sur, ela estava indo em direção ao Egito.

As Palavras do Anjo (vs. 8 – 12)

Diante dos questionamentos do anjo, Hagar oferece uma resposta honesta e humilde (vs. 8). O anjo a ordena que volte e que se humilhe diante de sua senhora, mesmo porque o filho é de Abraão (vs. 9).

E o anjo acrescenta promessas abençoadoras para o descendente de Hagar, isso, por causa de Abraão. Então, Abraão gerará muitos descendentes, tanto eleitos como não eleitos. Os nãos eleitos também serão protegidos por Deus e transformados em grande nação (vs. 10).

“O Senhor te acudiu na tua aflição” (vs. 11) – apesar de não eleitos, Deus tem um futuro dentro do seu plano para Hagar e Ismael.

Ismael será como um “jumento selvagem” (vs. 12) – metáfora para um estilo de vida individualista, vivendo por seus próprios recursos, sua paixão pela liberdade o levará a conflitos com todos.

A Resposta de Hagar (vs. 13, 14)

Hagar dar um nome a Deus que expressa uma especial significação, com isso ela está maravilhada no cuidado do Senhor com ela.

“Tu és o Deus que me vê” -  o que Hagar está dizendo é que Deus se importa e cuida dela, o Senhor vela pelos oprimidos.

“Agora eu vejo aquele que me vê” – faz referência a experiência que ela teve com Deus, o Senhor manifestou-se a ela e a socorreu.

Então, Hagar deu a luz ao filho de Abraão, que lhe chamou Ismael. Ou seja, a maquinação humana de Sara só trouxe problemas para si e sua família.

Lições Práticas   
 
1.      O Povo da Aliança Deve Depender do Propósito Soberano de Deus.
A aliança de Deus com Abraão e Sara tem relação com a salvação prometida aos nossos primeiros pais, Adão e Eva, a descendência de Abraão seria herdeira da promessa, diante da impossibilidade humana, eles tentam dar uma “ajudinha” a Deus, quando o que eles precisavam fazer era continuar confiando em Deus, que no momento oportuno haveria de executar sua vontade soberana.

Como povo da aliança, precisamos depender e confiar na obra e propósitos soberanos de Deus, existem momentos que devemos somente ter fé e esperar Deus executar a Sua vontade.

2.      Uma Atitude Precipitada é Contrastante Com Uma Vida de Fé Nas Promessas de Deus.

Mediante sua própria iniciativa e impaciência, Sara tenta cumprir a promessa divina por meio de sua serva Hagar. O resultado imediato é desavença no lar, e a longo prazo é a bênção mista de numerosa progênie que herdará o espírito insolente de Hagar.

3.      A Graça de Deus é o Fator Motivador Para Buscar Pecadores.

Deus sai em busca da pecadora rejeitada. Hagar antecipa a maneira de Jesus tratar a pecadora mulher samaritana, pois, ambas são pecadoras, não da família de Abraão. Não obstante, o Senhor chega a ambas com profunda compaixão.

Ainda hoje, Deus busca pecadores perdidos, indignos, por causa dos seus pecados, “Por que o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido” (Lc. 19: 10).

CONCLUSÃO:

Então, tenhamos em nosso coração esse desejo constante de obedecer e esperar em Deus sempre. Sabendo que o Senhor Deus é Soberano e que em Cristo Jesus Ele executará o seu plano salvífico em nossas vidas.

A ALIANÇA DE DEUS COM ABRÃO-Gn 15: 1 – 21


INTRODUÇÃO:

A Bíblia revela que o pecado original afastou o homem de Deus, além de trazer morte e condenação. Não obstante, o SENHOR foi à busca do transgressor e prometeu enviar a semente da mulher para ferir mortalmente Satanás (Gn. 3: 15).

Com o objetivo de cumprir a referida promessa e trazer salvação para o seu povo, Deus firmou um pacto ou aliança com os seus escolhidos, denominado aliança ou pacto da graça. Hoje, nós vamos refletir um pouco a respeito desta aliança.

ELUCIDAÇÃO:

Em conformidade com o texto, a aliança que Deus declara a Abrão é apresentada em dois estágios, inicialmente, a Aliança está relacionada com a promessa anterior (Gn. 12) de fazer de Abrão uma grande nação a partir de um descendente.

O segundo estágio da promessa de Deus é sobre a terra, ao que a promessa de Deus encontra o coração de Abrão fiel.

EXPOSIÇÃO:

1.      Aliança Relativa à Semente (vs. 1-5).

Depois da guerra, Deus fala com Abrão, indicando que o mesmo é profeta do SENHOR. Em Sua fala, Deus motiva a fé de Abraão ao declarar que será sempre com ele, protegendo-o e garantindo-lhe a recompensa (vs. 1).

A resposta de Abrão é desanimadora, o servo de Deus coloca diante do Senhor sua queixa, embora reconheça a Soberania de Deus, Abrão achava que o seu mordomo Eliezer seria o herdeiro da promessa de Deus (vs. 2, 3).

O Eterno diz que Eliezer não será o receptor da promessa (vs. 4) e oferece garantias a Abraão através de uma promessa e de uma representação simbólica (vs. 5, ler), essa metáfora é uma garantia do poder criativo e soberano de Deus.

Abraão confiou, mesmo porque Deus é confiável e fidedigno. E Deus computa, leva em consideração a fé de Abraão na promessa e o justifica (vs. 6).

2.      Aliança Referente à Terra (vs. 7-21).

O texto começa com palavra do Todo-Poderoso, declarando que tirou Abraão de Ur dos Caldeus, para dar-lhes a terra por herança. Ou seja, o Senhor não o deixaria confuso, não o desprezaria, pois o Soberano arrancou Abraão do seu pecado com o propósito de lhe dar a terra, firmando com o mesmo uma aliança eterna (vs. 7).

Entendemos que o pedido de Abraão por um sinal é motivado por fé, Abraão desejava saber apenas a forma como Deus faria.

Deus ordena que Abraão faça-lhe sacrifícios e Abrão assim procede. Contudo, Abraão precisava ter cuidado para não ter roubada a carne do sacrifício, Abraão teve que enxotar as aves de rapina, de acordo com o relato subsequente, aves de rapina pode ser símbolo de Faraó ou do Egito que ameaçarão o surgimento da Nação. (vs.9-11).

Os termos utilizados na segunda parte do capítulo 15 mostram-nos que o sono divinamente induzido pode também simbolizar a morte (vs. 12)

Em conformidade com a profecia, a posteridade de Abrão será escravizada no Egito por 400 anos, este é um número redondo para uma figura mais precisa de 430 anos (vs. 13).

Deus não está alheio ao sofrimento do seu povo, punirá os egípcios pelos maus tratos aos israelitas e Abraão morrerá em ditosa velhice (vs. 14, 15). O Senhor fará isso, depois de um ciclo de tempo, Deus os desapossará em favor dos seus eleitos (vs. 16).

O Senhor Deus faz uma aliança unilateral com Abraão. Os dois elementos do versículo 17, são símbolos da presença divina. Quando Deus passa entre os pedaços daqueles animais, Ele está impetrando uma maldição sobre si mesmo, caso não mantenha a aliança.

Uma vez que o animal era morto, aquele com quem se fazia aliança podia esperar o mesmo destino do animal caso quebrasse a aliança. E Deus passou sozinho por entre os pedaços do sacrifício. Mostrando que cumpriria sua parte na aliança.