Você acredita no julgamento divino?
Muitos, não acreditam. Fale a eles de Deus como Pai, amigo,
ajudador, aquele que nos ama apesar de todas as nossas fraquezas, insensatez e
pecado, e seus olhos brilham.
Mas, fale de Deus como Juiz, e eles fecharão o rosto e
balançarão a cabeça. Suas mentes se recusam a aceitar essa idéia, pois a acham
repulsiva e sem valor.
Entretanto, há poucas coisas na bíblia que tenham sido mais
fortemente destacadas do que a realidade da ação de Deus como juiz. “Juiz” é
uma palavra aplicada constantemente a Ele.
ELUCIDAÇÃO:
O capítulo 18 tem início com a ênfase de que o SENHOR
novamente aparece a Abraão, agora acompanhado de dois mensageiros com o
objetivo de ratificar o que havia falado no capítulo 17, ou seja, Abraão e Sara
teriam um filho biológico, através do qual a bênção do SENHOR se estenderia as
nações.
O outro propósito do SENHOR e os anjos, era o de anunciar o
juízo divino sobre Sodoma e Gomorra, por causa dos seus pecados.
Diante do anúncio, Abraão intercede a Deus para que o SENHOR,
não destrua os ímpios por causa dos justos, mas em Sodoma não é encontrado nem
dez justos.
Então, os dois mensageiros vão até a casa de Ló para avisá-lo
do juízo divino iminente, chegando em Sodoma, os moradores daquela cidade
queriam raptar e abusar sexualmente dos mensageiros, mostrando assim, a
degradação moral e espiritual dos sodomitas, sem dúvidas, eles são dignos do
juízo divino.
TEMA: O JUÍZO DIVINO
SOBRE OS IMPENITENTES
1. Deus Não Castiga os Justos Com os Perversos (Gn. 18: 22 – 33).
Os mensageiros depois de revelar o que Deus trará sobre
Sodoma e Gomorra foram averiguar o crime.
Então, Abraão como profeta compassivo, intercede ao Senhor e
pergunta: “destruirás o justo com o
ímpio?” (vs. 23).
Abraão está preocupado com a justiça e agindo como o
escolhido de Deus para a promoção da vida, ele propõe que o futuro de todos
seja determinado não pelos perversos, mas pela quantidade dos justos (vs. 25).
O problema é que nem o número mínimo de justos (dez pessoas) é encontrado em
Sodoma e Gomorra.
2. O Juízo de Deus é Justo, Pois é Precedido de Cuidadosa Investigação (Gn.
18: 20, 21; 19: 13).
Como Juiz de toda a terra, o SENHOR
recebe todos os clamores da injustiça. Deus, o Justo Juiz em seu julgamento tem
como objetivo punir os opressores e livrar os oprimidos.
Vejamos o versículo 21, esta é uma forma figurativa de o narrador dizer que
Deus investiga sempre e plenamente a transgressão antes de proferir a sentença.
Realmente, um povo transgressor, além
da opressão social e arrogância eles estão manchados pelo homossexualismo (Gn.
19: 4, 5).
Estes homens chegaram ao ponto de
distorcer o matrimônio, e de contrariar o propósito de Deus, que diz respeito
ao sexo heterossexual e dentro do contexto de casamento.
O que eles queriam fazer com os dois
mensageiros era algo degradante, reprovável, sujeito a pena de morte de acordo
com a lei mosaica. O homossexualismo é uma inversão dos valores e princípios
divinos (Rm. 1: 21-27).
3. Antes de Julgar os Pecadores, Deus lhes Concede Oportunidade de
Arrependimento (Gn. 19: 7, 8).
O versículo 7, mostra-nos que Ló não
era conivente com o pecado de seus conterrâneos, Ló distingue aqui entre o
certo e o errado, provavelmente por causa de Abraão.
E, quando, Ló diz; “rogo-vos que não
façais mal”, ele está sugerindo aqueles pecadores que se arrependam, também que
não procedam de maneira transgressora e desprezível.
Mas, podemos perceber que diante da
recusa dos homens em se arrependerem para fazerem o que é certo, e por causa do
firme propósito de abusar dos mensageiros, Ló propõe algo reprovável (vs. 8).
Mas, Deus intervém e resolve a
questão, primeiro cega os que queriam fazer mal a Ló e seus hóspedes, depois
faz chover fogo e enxofre sobre Sodoma e Gomorra (erupção vulcânica).
4. Deus é Misericordioso e Concede Salvação a Família de Ló (Gn. 19: 29,
30).
Mesmo diante de juízo, Deus é misericordioso em conceder misericórdia. Ele estende
misericórdia a família de Ló.
Porém, julga a esposa de Ló por seu
apego a Sodoma, ela é uma solene advertência contra o apego aos valores do
mundo diante do iminente juízo divino (Lc. 17: 28-37; 2 Pd. 2: 6).
APLICAÇÕES PRÁTICAS:
1. No Dia do Juízo, Deus Fará Distinção Entre os Justos e os Perversos.
Os Justos são aqueles que vivem pela
fé no Filho de Deus, pois já foram justificados através do sacrifício
purificador.
2. O Momento Oportuno Para o Arrependimento é Agora.
“Este é o ano aceitável do
Senhor”; “arrependei-vos, pois e
convertei-vos para que sejam cancelados os vossos pecados”; “como escaparemos
nós se negligenciarmos tão grande salvação?”.
3. Devemos Exaltar a Deus Por Sua Salvação Graciosa.
É por graça, que Deus em Cristo nos
salva, não há outro modo de salvação, Paulo quando escreveu aos Gálatas,
combatendo os judaizantes ele disse: “Mas,
ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que
já vos tenho anunciado, seja anátema” (Gálatas 1:8).
CONCLUSÃO:
Deus é Juiz, Ele já reservou um dia
em que julgará a todos os homens sem exceção, que estejamos firmes em Cristo e
confiando nos méritos de Cristo quando este dia chegar.