terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O Oitavo mandamento: A Sacralidade da Propriedade - Êx 20:15


Introdução:

         Em 1994, quando morávamos em Eunápolis-BA, meu irmão do meio (que tinha uns dez anos na época) acompanhou nosso primo que morava ali até o supermercado no centro da cidade a fim de levar um recado à irmã dele (nossa prima) que trabalhava no caixa daquele mercado. Após transmitir a mensagem a ela, o nosso primo adentrou o mercado e chamou o meu irmão para acompanhá-lo, ao aproximar-se da prateleira onde estavam expostos os doces e chocolates ele certificou-se que ninguém estava olhando e furtou alguns doces colocando-os dentro da sua calça. Meu irmão ao chegar em casa nos contou esse fato, e foi severamente advertido pelo meu pai de que nunca fizesse aquilo. O nosso primo não foi castigado nem muito menos advertido (alguns anos depois ele estaria preso por latrocínio).

         Contei essa história para demonstrar que mesmo na mais tenra idade a transgressão desse mandamento já faz parte da natureza humana caída, e que a quebra desse mandamento não se restringe a meramente furtar, mas envolve muitas outras práticas que muitas vezes nós consideramos comuns.

Ao longo dessa série de mensagens, temos visto que os dez mandamentos são formas resumidas de englobar conceitos morais bem mais abrangentes. De modo, que quando falamos do adultério no sétimo mandamento, vimos que esse mandamento não somente proibia a prática do adultério propriamente dito, mas proibia também toda a sorte de imoralidade sexual.

Hoje veremos que, semelhantemente, o oitavo mandamento não proíbe meramente a prática do furto.

1-De que trata o Oitavo Mandamento?

Segundo Calvino: “A finalidade desse mandamento é que se dê a cada um o que lhe pertence, visto repudia toda a injustiça”. Podemos dizer que o assunto principal desse mandamento é a santidade da propriedade, assim como o sexto defende a santidade da vida e o sétimo a santidade do matrimonio.

O primeiro anticomunista foi Deus, sim, pois quando ele diz “não furtarás”, por implicação lógica, ele está estabelecendo uma lei que protege a propriedade privada. Pois se Deus tivesse a intenção de que todos tivessem tudo em comum (como prega hipoteticamente o comunismo) seria uma contradição ele estabelecer uma lei que protege o patrimônio de cada homem.

2-A Transgressão desse Mandamento

         Num mundo em que a malandragem é elogiada com frases do tipo: “achado não é roubado” ou “o mundo é dos mais espertos”, nós somos tentados a acreditar que os outros podem furtar menos eu, pois nunca furtei ou roubei nada de ninguém.

         Uma questão que precisa ser levantada concernente a esse mandamento, é se ele proíbe tão somente o furto; já que ele não diz nada sobre o roubo etc. segundo a nossa definição moderna, furto é tomar algo de alguém sem que ele o saiba, e roubo é tomar algo de águem à força.

         As palavras usadas nas escrituras do AT e NT também são distintas, no Heb. Existe uma palavra para roubo (Gazel) e oura para furto (Ganab).

A pergunta de número 142 do CMW trata dessa lista de pecados proibidos implicitamente pelo oitavo mandamento:

O que proíbe o Oitavo Mandamento?

 “o furto, o roubo, o tráfico de seres humanos e a recepção de qualquer coisa furtada; as transações fraudulentas e os pesos e medidas falsos; a remoção de marcos de propriedade, a injustiça e a infidelidade em contratos entre os homens ou em questões de confiabilidade; a opressão, a extorsão, a usura, o suborno, as vexatórias demandas forenses, o cerco injusto de propriedades e a desapropriação; a acumulação de gêneros para encarecer o preço; os meios ilícitos de vida, e todos os outros modos injustos e pecaminosos de tirar ou de reter de nosso próximo aquilo que lhe pertence, ou de nos enriquecer a nós mesmos; a cobiça, a estima e o amor desordenado aos bens mundanos, a desconfiança, a preocupação excessiva e o empenho em obtê-los, guardá-los e usar deles; a inveja diante da prosperidade de outrem; assim como a ociosidade, a prodigalidade, o jogo dissipador e todos os outros modos pelos quais indevidamente prejudicamos o nosso próprio estado exterior; e o ato de defraudar a nós mesmos do devido uso e conforto da posição em que Deus nos colocou”.

         O puritano Matthew Henry pregando sobre as proibições do oitavo mandamento disse; “Esse mandamento nos proíbe de roubar a nós mesmos com gastos pecaminosos, e ao nosso próximo com qualquer tipo de trapaça”. A definição de furto é totalmente ampliada por aqueles que conhecem a palavra de Deus. Mais uma vez cito Calvino: “todos os meios utilizados pelos homens para enriquecimento com prejuízo dos outros, devem ser considerados roubo. Ainda que inocentados pelos juízes”.

Assim sendo;

3-Quebramos o Oitavo Mandamento Quando...

a)   Fingimos trabalhar:

Não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus” (Ef 6:6).

b)  Quando procuramos ganhar dinheiro de forma ilegítima:

“A riqueza de procedência vã diminuirá, mas quem a ajunta com o próprio trabalho a aumentará. (Pv 13:11).

    C) Quando adulteramos algum produto:

“Dois pesos diferentes e duas espécies de medida são abominação ao SENHOR, tanto um como outro. (Pv 20:10).

         Rousas Rushdoony comentando esse aspecto do oitavo mandamento nos diz: “Colocar água no leite e vende-lo, é roubo”.

c)   Quando retemos o dinheiro do trabalhador:

“Não oprimirás o teu próximo, nem o roubarás; a paga do diarista não ficará contigo até pela manhã. (Lv 19:13).

d)  Quando pagamos injustamente aos trabalhadores:

“Vós, senhores, fazei o que for de justiça e equidade a vossos servos, sabendo que também tendes um Senhor nos céus”. (Cl 4:1).

         Além de ser um pecado flagrante contra o nosso próximo:

4-O Furto ou Roubo é um Pecado contra Deus

         Deus exige que a vida, o matrimônio, e a propriedade do nosso próximo e até do nosso inimigo, sejam respeitados. Independente do caráter do nosso próximo, ou da nossa necessidade.

         De acordo com os “valores” modernos, alguém que rouba para comer ou para alimentar os seus filhos não está transgredindo nenhuma lei.

Contudo, como bem disse Rushdoony: "A Necessidade não justifica o roubo. A necessidade não pode dar ao homem nenhuma prioridade sobre a lei de Deus". Outros acham que podemos roubar de alguém mau e dar aos necessitados (pensadores católicos defendiam isso na idade média) daí surge o conceito de “bom” ladrão, ou de Hobin Hood.

         No AT esse crime era punido dependendo do seu grau de seriedade (algo que não ocorre no nosso país, onde os ladrões de galinha ou de leite estão presos, e os criminosos de colarinho branco estão soltos). Por exemplo:

“Se alguém furtar boi ou ovelha, e o degolar ou vender, por um boi pagará cinco bois, e pela ovelha quatro ovelhas”. (Êx 22:1).

“Se o furto for achado vivo na sua mão, seja boi, ou jumento, ou ovelha, pagará o dobro” (Êx 22:4).

“E quem raptar um homem, e o vender, ou for achado na sua mão, certamente será morto (Êx 21:16).

         O sistema prisional é inexistente nas escrituras (algo que foi aprendido de povos como: os egípcios ou babilônicos) os crimes eram imediatamente resolvidos com restituição e punições imediatas.

5-Cumprindo o Oitavo Mandamento

Esse mandamento, assim como os demais, não será cumprido tão somente de forma negativa (não furtando), mas efetivamente e concomitantemente de forma positiva. Em Ef 4:28 Paulo nos fala sobre isso: “Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade”. De modo, que cumpriremos esse mandamento quando:

1-Ajudarmos o nosso próximo nas suas necessidades

2-Agirmos com honestidade na hora de comprar e vender

3-Confiarmos no Senhor e na sua providencia

Aplicação:

Diante do exposto, nos sentimos impotentes frente às exigências de Deus anexas ao cumprimento desse mandamento. E não somente desse, mas de todos os outros! Por isso quero concluir com apenas uma aplicação prática para a nossa vida.

1-Todos nós já quebramos o oitavo mandamento. De modo, que como disse Lutero :“se todos os ladrões do mundo fossem enforcados, o mundo ficaria deserto, pois onde houver uma transação comercial aí existe um ladrão”.
Somos culpados de quebrar o restante da santa lei de Deus (Tg 2:10), mas o nosso consolo reside no fato de que aqueles que são de Cristo tiveram a sua sentença de maldição lançadas sobre Ele (Gl 3:13) e consequentemente, a justiça dEle lançada sobre nós (Rm 5:1). Assim sendo, por meio da justiça de Cristo, Deus nos vê como cumpridores perfeitos da sua santa lei.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

A VONTADE DE DEUS TRAZ VERDADEIRA SATISFAÇÃO E PAZ - GÊNESIS 13: 3 – 18


INTRODUÇÃO:

Na semana anterior nós vimos um pouco sobre as dificuldades enfrentadas por Abrão, que fugindo da fome, agiu sem a orientação de Deus e passou por uma situação complicada no Egito, chegando até mesmo a pecar contra SENHOR.

Mas, Deus foi gracioso com Abraão, observamos que o SENHOR preservou-lhe a vida, bem como a de Sarai e depois de ter sido repreendido por Faraó, Abraão retornou para a região do Neguebe.

EXPOSIÇÃO DO TEXTO:

No texto em apreço, vamos observar os acontecimentos vivenciados por Abraão e aqueles que com ele estavam, e a partir do exame textual extrair algumas lições para nós.

Abraão Retorna a Seu Altar em Betel (vs. 3, 4).

Observamos anteriormente que depois de sair do Egito, Abrão foi para a região do Neguebe, agora o narrador relata de forma sutil, o deslocamento feito por Abraão do Neguebe para Betel e Ai (vs. 3). Foi nesta região onde Abraão havia feito altares ao SENHOR (Gn. 12: 8).

Diz-nos o texto que naquela localidade, Abraão “invocou o nome do SENHOR” (vs. 4) – há um grande significado nesta expressão, o altar que ele havia erigido era um lembrete das promessas divinas e de sua fé inicial, ou seja, Abraão retornou a uma posição de fé.

Torna-se Inviável a Permanência Entre Abraão e Ló (vs. 5 – 7).

Ironicamente, o problema reside no fato de que ambos (Abraão e Ló) são possuidores de um numeroso rebanho, o que causa a dificuldade no relacionamento deles (vs. 5, 6).

Em termos paradoxais, enquanto na cena anterior a tensão do enredo surgiu da severidade da fome, a tensão do enredo desta cena surge da prosperidade de Abraão e seu sobrinho Ló.

Abraão Oferece a Terra e Abre Mão Dos Seus Direitos (vs. 8, 9).

O servo de Deus Abraão trata seu sobrinho Ló como igual. Ele prioriza a paz na família antes da prosperidade (vs. 8).

Abrão coloca a terra fica a disposição de Ló (vs. 9 a). O Pai da Fé nos ensina nesse texto que, às vezes irmãos devem separar-se em prol da paz (vs. 9 b).
A fé de Abraão lhe deu a liberdade de ser generoso (vs. 9 c). O superior social se humilha diante do inferior com o intuito de preservar a paz, ao abrir mão dos seus direitos, Abrão prova ser superior espiritualmente em relação a Ló.

A Escolha Errada de Ló (vs. 10 – 13).

escolheu de acordo com a visualização dos seus olhos, ele observou a planície do Jordão, percebeu que a área era nutrida por correntes de águas, fontes e oásis procedentes da bacia da Fenda Jordaniana.

Em contrapartida, na região em que Abraão se encontrava era escassa de água, a localização de Betel e Hebron depende de o Senhor enviar a chuva.
Porém, a escolha de Ló foi equivocada, conforme o versículo 11, ele escolheu de maneira egoísta, Ló tinha em mente a vantagem pessoal, com a desvantagem do seu tio, Ló deveria entender que sem Deus ali não haveria bênção.

Além disso, Ló foi armando sua tenda nas proximidades de Sodoma (vs. 12), enquanto Abraão está junto ao altar de Betel, o acampamento de Ló aponta para a perversa Sodoma.

Vejamos 4 Aplicações Sobre o Texto Exposto:

1.      A Generosa Providência de Deus é Quem Nos Sustenta Independentemente Das Circunstâncias.

Devemos entender que independentemente das circunstâncias é Deus quem nos sustenta, então, na fome ou na fartura, o importante é fazer a vontade de Deus.

2.      Os Servos de Deus Renunciam Seus Direitos Para Obter Paz Nos Relacionamentos.

A generosidade e pacificação exibidas por Abraão são aplaudidas do começo ao fim das Escrituras. Aqueles que foram reconciliados com Deus através de Cristo devem sempre promover a paz.

3.      As Escolhas Dos Servos de Deus Não Devem Ser Motivadas Pelo Egoísmo, Mas Pela Fé.

Em sua escolha, Ló não considerou seu tio e benfeitor Abraão, ele cuidou apenas dos seus interesses pessoais. Abraão renunciou seu direito e confiou em Deus. Abraão e não Ló prova ser o parceiro pactual que tem fé em Deus. Aliás, a atitude de Abraão prefigura a atitude de Jesus Cristo, pois: “Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus” (Hb. 12: 2).

4.      Somente na Rendição do Coração e da Vontade a Deus é Possível Ter Paz, Não Criando Um Ambiente Externo Favorável.

A verdadeira paz não é alcançada através de um ambiente externo favorável. Neste acontecimento que vimos hoje, numa terra que é “como o jardim do Senhor” (vs. 10) os conflitos aconteceram.

Apenas quando entregamos nossa vida a Jesus Cristo, e submetemos nossa vontade ao querer do SENHOR é que desfrutamos de paz, pois, a paz verdadeira é consequência da união e justificação em Cristo: “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm. 5:1).

CONCLUSÃO:

A vontade de Deus traz verdadeira paz e satisfação, contudo, vale salientar que somente é possível fazer a vontade de Deus através de uma entrega total a Jesus Cristo, submetendo a sua vontade a vontade de Deus.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Sofrimento, Pecado e Graça Na Peregrinação de Abraão - Gn 12: 10 – 13: 2


INTRODUÇÃO:

 (Resumo do Livro: O Peregrino. Autor: John Bunyan).

O jovem peregrino chamado simplesmente Cristão, atormentado pelo desejo de se ver livre do fardo pesado que carrega nas costas, segue sua jornada por um caminho estreito, indicado por um homem chamado Evangelista, pelo qual se pode alcançar a Cidade Celestial. Na narrativa, todas as personagens e lugares que o peregrino depara levam nomes de estereótipos (como: Hipocrisia, Boa-Vontade, Sr. Intérprete, gigante Desespero, A Cidade da Destruição, O Castelo das Dúvidas, etc.) consoante os seus estilos, características e personalidades.

No ínterim, surgem-lhe várias adversidades, nas quais ele padece sofrimentos, chegando a perder-se, ser torturado e quase afogar-se. Apesar de tudo, o protagonista mantém-se sempre sóbrio, encontrando auxílio no companheiro de viagem Fiel, um concidadão seu. Mais adiante na trama, Fiel é executado pelos infiéis da Feira das Vaidades que se opőem à busca dos dois peregrinos. Contudo, Cristão acha um outro companheiro, chamado Esperançoso, que mais tarde lhe salvará a vida, e eles seguem a dura jornada até chegarem ao destino almejado.

A obra é uma alegoria contada como se fosse um sonho, voltando-se sempre a extrair dos eventos narrados alguns ensinamentos bíblicos de forma simbólica.

EXPOSIÇÃO DO TEXTO:

Abraão Vai ao Egito Por Causa da Fome (vs. 10).

Havia fome na região que Abraão e sua esposa se encontravam, então, eles resolveram se descolacar até o Egito.

Um aspecto que favorecia o Egito no cultivo dos alimentos era sua abundante aguá proviniente do Rio Nilo.

Contudo, percebemos que Abraão não recebeu nenhuma orientação da parte de Deus para descer até o Egito, ele vai por iniciativa própria.

E o objetivo de Abraão era passar muito tempo por lá, pois, o verbo hebraico traduzido por “aí ficar”, pode significar também: “viver” ou “estabelecer-se ali”.

Abraão Pede a Sara que Diga Ser Sua Irmã (vs. 11-13).

Um pouco antes de entrarem no Egito, por medo, Abraão antecipa uma situação: "Bem sei que você é bonita. Quando os egípcios a virem, dirão: ‘Esta é a mulher dele’. E me matarão, mas deixarão você viva. Diga que é minha irmã, para que me tratem bem por amor a você e minha vida seja poupada por sua causa".

Ele não deveria ter antecipado o que os oficiais de Faraó fariam, mesmo por que, Abraão não sabia com certeza o que aconteceria.

O temor de Abraão revela falta de confiança nas promessas recentes de Deus. Embora, o SENHOR tenha prometido tornar a semente de Abrão numerosa e amaldiçoar os que  amaldiçoassem a Abraão, este teme por sua vida.

Então, o pai da Fé pede a Sara que não diga a verdade. Mesmo colocando em risco sua honra e a pureza de sua esposa.

É possível que com isto, Abrão quisesse tirar vantagem material dos Egípcios. Contudo, esta não uma filosofia que estabelece o reino de Deus num mundo pagão.

Faraó Toma Sara e Recompensa Abraão (vs. 14-16).

Então, Sara “foi levada para casa de Faraó” - embora ambiguo, o hebaico aqui não implica necessariamente em relação sexual (Gn. 20: 2, 6).

Apesar do fracasso de Abraão, Deus lhe concede graça e saqueia o criminoso real, fazendo com que Faraó recompense ricamente Abraão (vs. 16).

No versículo 17, vemos Deus punindo Faraó por meio de pragas, então, Faraó reconhece a bênção providencial e proteção sobre Sara.

Posteriormente, Faraó repreende Abraão através dos seus questionamentos, o silêncio do Patriarca é indicativo de sua culpa (vs. 18, 19). Sequenciando, eles saem do Egito e voltam ao Neguebe (Gn. 13: 1, 2).

VEJAMOS 3 LIÇÕES ATUAIS A PARTIR DO TEXTO EM APREÇO:

1.      As Promessas de Deus Aos Seus Peregrinos Não Pretendem Trazer “Vida Mansa”.

O sofrimento é parte necessária no aperfeiçoamento dos peregrinos. O sofrimento deve livrar o povo de Deus do egoísmo e hedonismo (O hedonismo do grego hedonê, "prazer", "vontade" é uma teoria ou doutrina filosófico-moral que afirma ser o prazer o supremo bem da vida humana).
Diante da escolha entre fome e pedra na vontade de Deus ou pão fora dela, Abraão prefere pão fora da vontade de Deus. Ele fracassa no teste, porém não nosso Senhor Jesus, Deus conduz Jesus ao deserto, onde ele suporta fome durante 40 dias. E mesmo tendo poder para transformar as pedras da vontade de Deus em pão, ele resiste a tentação (Lc. 4: 1-4).

2.      Os Peregrinos Com Frequencia se Deparam Com As Dificuldades Das Escolhas Morais.
Abraão teme não escapar da morte e fazendo uso da mentira compromete sua honra e expôs sua esposa ao risco da impureza sexual. Ao exprimir seu medo, ele reprimiu sua fé.

Será que comrromper-se é melhor do que a morte? Além do mais, o covarde nega a Deus diante da oportunidade de se beneficiar o glorificar-se. Jesus disse que, a menos que tomemos sua cruz, o símbolo de morte, não somos dignos de ser seus discípulos (Mt. 16: 24-27).

3.      Ainda Que Seus Peregrinos Fracassem Nas Provas de Fé e Ética, Deus Permanece Fiel a Sua Aliança.

Ainda que sejamos infiéis, Ele permanece fiel (2 Tm. 2: 13). Deus tem compaixão dos seus filhos, Ele intervem de forma sobrenatural a fim de proteger os seus.

Não obstante, Abraão paga certo preço. Ele perde a voz de Deus, não edifica altares e não traz bênçãos a outros. Em vez de bênçãos, ele atrai repreensão sobre si.

CONCLUSÃO:

Tanto o texto que expomos nesta noite quando a história contida no livro de John Bunyan mostram-nos que a nossa peregrinação aqui na terra é composta de sofrimentos, dificuldades em relação o pecado, contudo, é permeado de muita graça de um Deus que é fidelíssimo a sua aliança que firmou conosco.